A Fifa já deu um motivo forte para o Brasil romper relações com a entidade. O secretário-geral Jérome Valcke, provavelmente respaldado pelo presidente Joseph Blatter, sugeriu que o nosso país deveria levar “um chute no traseiro” por conta da morosidade nas obras de infraestrutura. A reação do governo brasileiro veio rapidamente, por meio do ministro do Esporte Aldo Rebelo, que não vai mais aceitar que Jérome seja mantido como interlocutor para tratar dos assuntos relacionados ao Mundial.
Lembrei então de um artigo publicado na Veja e republicado neste blog, em maio de 2011. Nele, do jornalista Roberto Pompeu Toledo dava, já naquela época, pelo menos 10 motivos à presidente Dilma Rousseff para o Brasil cair fora dessa aventura.
Reveja:
- Não foi a senhora que inventou essa história de sediar a Copa do Mundo. Foi o Outro (o ex-presidente Lula).
- Mil desculpas se for engano, mas a senhora aparenta se aborrecer mortalmente diante de um jogo de futebol.
- Por que não desistir? Não seria a primeira vez. A Colômbia, escolhida em 1986, jogou a toalha 3 anos antes.
- Temos colossais problemas de infraestrutura de transportes e não nos sobra dinheiro para erguer estádios já nascidos com a marca de elefantes brancos, como em Natal, Manaus e Cuiabá.
- Os aeroportos já são um caso perdido, segundo estudo do Ipea, um órgão aí da sua cozinha. Nove, entre os treze que servirão ao evento não ficarão prontos a tempo.
- Ser lhe parece humilhante desistir, a sugestão é a seguinte: brigue com a Fifa. Enfrente-a. Como o mundo todo sabe, a Fifa não é flor que se cheire.
- Brigue para que reduza suas incontáveis exigências. Que assumam parte das despesas. Que aceitem reformas de estádios já existentes em vez de pedirem tantos novos.
- Na melhor das hipóteses, eles romperão com o Brasil. A culpa não será da senhora, mas da arrogante inflexibilidade que demonstraram.
- Em paralelo, a senhora trataria de reduzir o absurdo número de doze cidades-sede.
- Senhora presidente, ainda lhe sobra espaço político para agir. Tal qual estão postas as coisas, as alternativas são colapso absoluto, fiasco total ou fiasco parcial
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