Mesmo condenado no processo do mensalão, ex-presidente do PT assumiu
vaga ao lado de outros 13 suplentes nesta quinta-feira
"Respeito e cumpro as decisões dos poderes constituídos, concordando ou discordando", disse Genoino, afirmando não ter uma previsão de quanto tempo permanecerá no mandato.
Embora tenha evitado tecer comentários sobre o julgamento no STF, o deputado insistiu, em pouco mais de 30 minutos de coletiva, em citar mais de uma vez cláusula pétrea da Constituição segundo a qual uma pessoa não pode ser considerada culpada até o trânsito em julgado da ação penal, ou seja, até que todo o processo esteja encerrado.
"Esse processo (do mensalão) ainda não terminou e sobre esse processo quem fala é o meu advogado."
Em dezembro do ano passado, a maioria dos ministros do STF decidiu que os parlamentares envolvidos no mensalão, esquema de compra de apoio político no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deveriam perder seus mandatos assim que o processo for encerrado.
O julgamento da ação penal foi concluído, mas ainda falta a publicação do acórdão e recursos podem ser apresentados. Entre os condenados, estão o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
Além de Genoino, a decisão da Suprema Corte afeta os mandatos dos deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT), todos condenados no julgamento.
Genoino foi condenado pelo STF a 6 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. Ele poderá cumprir a sentença em regime semiaberto.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
Nenhum comentário:
Postar um comentário