sábado, 22 de novembro de 2025
Quatro Presidentes presos: o sintoma de um ESTADO apodrecido
sexta-feira, 21 de novembro de 2025
Coisas que só existem de verdade quando ninguém está olhando
by Deise Brandão
Há coisas que só existem de verdade quando ninguém está olhando.
Um gesto simples, um passo tranquilo, minha Berê de cia e a filha que fez a foto e um tapete vermelho que nasceu não do luxo, mas da liberdade de passar — e ser.
Numa noite qualquer de 2022, eu caminhei pela cidade assim.
Sem palco, sem anúncio, sem texto celebrando elegância urbana.
Era só espontâneo. Era só real. Era só bom. Era só Eu sendo Eu.
Curioso como certas ideias só ganham “valor” quando são embaladas, plastificadas e vendidas como novidade por quem nunca teve sensibilidade de enxergar quando elas nasceram.
O mesmo tapete que ontem era detalhe, hoje rende likes, discursos e autoelogios.
Ontem ninguém viu. Ninguém sentiu. Ninguém viu a diferença.
Hoje virou conceito.
E qual é o problema de repetir uma ideia boa?”
Nenhum.
O problema não é repetir.
É fazer parecer que nasceu ali, quando não nasceu.
Autoria importa. Criatividade importa.
O que nasce verdadeiro permanece, mesmo quando imitado.
Deixo o palco para quem precisa dele.
Eu fico com a autoria — e com a data registrada.
Porque tapete vermelho, eu não piso.
Eu inauguro. 😉
quarta-feira, 19 de novembro de 2025
POR QUE APENAS EM PORTUGUÊS O “VERMELHO” VEM DE UM VERME
Quando pensamos em cores, imaginamos fogo, sangue, paixão, calor. Mas, em português, a palavra que nomeia tudo isso — vermelho — não nasceu do fogo nem do sangue.
terça-feira, 18 de novembro de 2025
FUNGOS “MUTANTES” DE CHERNOBYL? A VERDADE POR TRÁS DO SENSACIONALISMO SOBRE A VIDA NA RADIAÇÃO
by Deise Brandão
A verdade, como quase sempre, é muito mais interessante — e muito menos apocalíptica — do que o sensacionalismo sugere.
O QUE É REAL: SIM, EXISTEM FUNGOS MELANIZADOS QUE SOBREVIVEM À RADIAÇÃO
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Cladosporium sphaerospermum
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Cryptococcus neoformans
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Wangiella dermatitidis
O QUE É MITO: NÃO, NÃO EXISTE “BESTA MUTANTE” EM CHERNOBYL
A parte inventada começa quando transformam uma descoberta científica séria em roteiro de filme:
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“nova criatura”
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“fungo mutante que se alimenta de radiação”
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“ameaça desconhecida”
Nada disso existe.
Trata-se de um mecanismo biológico, não de um novo ser vivo ameaçador.
O QUE É EXAGERO: PRAZOS DE 3 MIL ANOS A 20 MIL ANOS
Outro clássico das narrativas sobre Chernobyl: estimativas aleatórias sobre quanto tempo a região ficará inabitável.
A área de exclusão tem bolsões muito diferentes entre si:
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algumas partes já recebem turistas
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outras seguem altamente contaminadas
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algumas podem levar séculos para ficar seguras
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não existe consenso sobre “3 mil anos” ou “20 mil anos”
São números usados para criar impacto emocional e aumentar o drama.
O QUE É FAKE: A CITAÇÃO DE “SCOTT TRAVERS, DA FORBES”
POR QUE ESSE TIPO DE CONTEÚDO CIRCULA TANTO?
Porque mexe com três gatilhos perfeitos:
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Medo
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Mistério científico
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Desconfiança do Estado e das instituições
E Chernobyl, por si só, é um terreno fértil para imaginação coletiva — especialmente quando misturam eventos reais (desastre nuclear) com elementos de fantasia (mutação, radiação, monstros, “terra proibida”).
O resultado é sempre o mesmo: uma história que parece plausível, mas que não resiste a 30 segundos de pesquisa séria.
O QUE DE FATO MERECE ATENÇÃO
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novas formas de blindagem contra radiação
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biotecnologia aplicada
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compreensão da adaptabilidade da vida em ambientes extremos
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projetos de exploração espacial
CONCLUSÃO: NÃO TEM BICHO MUTANTE. TEM CIÊNCIA.
Aqui, ficamos com a segunda opção.
segunda-feira, 17 de novembro de 2025
China inicia era dos humanoides industriais — e o que isso realmente significa para nós
Imagem criada pela IA Gemini para o blog
by Deise Brandão
A responsável é a UBTECH Robotics, e o modelo chama-se Walker S2 — um humanoide capaz de:
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carregar peças,
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montar componentes,
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realizar inspeções,
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trabalhar lado a lado com humanos,
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e até trocar a própria bateria sem intervenção humana.
É aqui que a ficção científica perde o brilho e a realidade começa.
O que está acontecendo de verdade
Enquanto o Ocidente discute “futuro do trabalho”, “ética da IA” e “como será o mundo daqui a 30 anos”, a China age: automatiza, testa, produz e entrega.
Hoje o país:
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é o maior usuário de robôs do mundo;
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é líder em automação industrial;
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vê robôs como política de Estado, não como moda;
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e agora inaugura a fase dos humanoides funcionalmente úteis.
E isso muda tudo.
A nova fronteira: humano + máquina no mesmo chão de fábrica
Especialistas estão dizendo o óbvio que ninguém queria admitir: Entramos oficialmente na era em que robôs humanoides são força de trabalho.
E o Brasil? Onde isso bate?
Aqui, enquanto discutimos:
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polarização,
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memes políticos,
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promessas de governo,
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e burocracias que travam até o básico,
o mundo está avançando para um cenário em que:
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fábricas terão equipes mistas (humanos + robôs),
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cidades inteligentes serão operadas por IA,
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e países inteiros reorganizarão sua economia interna em torno da automação.
A pergunta não deveria ser “isso é bom ou ruim?”, mas: O Brasil está pronto para competir num mundo onde trabalhadores podem ser máquinas?
Porque a resposta, infelizmente, é quase sempre a mesma: não estamos sequer discutindo isso.
Humanoides são tecnologia. O problema — ou solução — é humano.
Enquanto isso, por aqui:
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a educação patina,
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a inovação é punida,
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a burocracia engole quem tenta empreender,
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e a automação ainda é vista como ameaça, não como oportunidade.
Quem não se preparar, vai competir com máquinas… com as piores condições possíveis.
Talvez o futuro não tenha chegado cedo demais.
Talvez tenhamos demorado demais para percebê-lo.
A diferença — como sempre — será feita pelos países que souberem pensar, se adaptar e agir. E pelos que continuarão discutindo nada enquanto o futuro passa na frente.
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