sábado, 21 de julho de 2012

Façamos igualmente a lição. Para pelo menos emparelhar. by Deise


OS QUATRO PODERES

PARA “COMBATER A CORRUPÇÃO” É NECESSÁRIO FORÇAS SOCIAIS AUTÔNOMAS, SEM VÍNCULOS COM PARTIDOS POLÍTICOS, SINDICATOS E OUTROS ORGANISMOS SOCIAIS.

Por traz de todo corrupto esta um corruptor. A eliminação de um corrupto não resolve por si o problema, porque a corrupção não é um mal incrustado no indivíduo, mas na vida política em razão do modelo empregado. A punição aos envolvidos na corrupção, seja corrupto e corruptor é necessária, porque violam bens públicos. sobretudo numa sociedade que aprendeu a cortejar a autoridade ou o detentor de poder.

Mesmo que se extirpasse o corruptor, outros corruptores surgiriam, num ciclo vicioso que não se esgota. O problema é maior que as personagens do corrupto e do corruptor. É endêmico, resultado de um sistema político que favorece o clientelismo, o apadrinhamento, o favorecimento em razão de apoios políticos e certeza de impunidade.

O impressionante é que os movimentos que exploram o tema, em especial a imprensa, destacam tão somente os corruptos ou noticiam o desvio de verbas públicas e favores, mas não criticam ou questionam os atos dos corruptores. Eliminando o corrupto o corruptor continua ativo e fará novas investidas sobre o próximo administrador ou agente político, buscando sempre seu jeito de permanência nas sombras.

*DFS.
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Vicente de Lima Dutra

É neguinhos, têm almoço grátis não. by Deise


Tem coisas que a gente não precisa explicar. Basta publicar e perguntar. by Deise



Meu blog é democrático e respeitado no tangente à credibilidade.
Se quiseres te explicar, com certeza publicarei o que tiveres para dizer.
Deixo isso escrito, coisa que não é meu hábito,  para evitar que faças disso um porta bandeira da vitimologia.
Se quiseres te explicar, mesmo que eu pessoa nao tivesse vontade,
a ética profissional falari a mais alto.
Evidente que somente o Prefeito terá espaço..
O cidadão,  fale com os amigos.
Alias alguns ambos conhecemos muito bem.
Com a palavra, o "proprietário" e protagonista da Revista do MIGUEL.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

“THAT’S ABSURD. I LOVE IT.


"Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico muda quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes, durante e depois de te encontrar. Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar. Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência.". by Martha Medeiros


Ao rever alguns amigos no RS, um deles me mostrou este poema. E acabei me emocionando, pois lembrei que entre os 12 e 14 anos, eu disse em algum momento esta poesia na Escola Imaculada Conceição, na cidade de Dois Irmãos. Em algum dia festivo, como dos pais, das mães, aniversario do prefeito, do padre ou qualquer outro motivo. Era a declamadora oficial da escola. Cargo de muita importância e motivo de inveja para algumas colegas. Mas também de admiração de outros. Talvez porque os meninos notassem minha presença. Minha memória era responsável por esta tarefa, nem sempre revebida com um tudo de bom. Era menos tempo para fazer o que eu quisesse, dentro do pouco que se tinha para isso. E eu sabia que deixaria para decorar dois dias antes. Era como se eu precisasse desta angústia, pois nem sempre os poemas eram tão curtos. O grande barato, era por que era "decorado". algumas vezes a memoria traia. E aprendi então a ter sangue frio, de olhar para a Irmã Marilene, (a maioria das vezes ela me escalava para tão “importante” missão), tínhamos um código: se eu esquecesse, ela apenas deveria me olhar e calmanete me dizer a próxima palavra. E quando acontecia, pela minha pequena vida que até então não conhecia elogios e incentivos. A mim que tentaram tornar tão insegura, conseguia me manter no controle da situação. Para isso tive que aprender a ignorar que estava sendo assistida pela cidade, pois so tinha aquela escola no centro da cidade. E lotava o pavilhao em dia de festa. Eu precisa pensar que estava sozinha, e precisa fazer o meu erro quase não ser percebido. Aprendi a também que medo é normal. E que coragem é passar por ele, não fugir dele. Foi uma época de três anos no colégio tipo internato. Por mais que eu fizesse por mim mae e pai, jamais poderia pagar esta benção a mim concedida. Estes três anos me salvaram. Foram os anos que me fortificaram. Entre as regras r[igidas que me ensinaram o necessário de disciplina e a maldade das companheiras de problemas familiares, causa principal que nos proporcionou o encontro, aprendi que ser sózinha seria a única forma de sobreviver naquela pequena selva. Conheci o deboche, a inveja, a perda. Foram anos de muito aprendizado. Aprendi a ficar forte, aprendi que se eu caisse, ninguem me levantaria, aprendi que saudade dá e saudade passa. E vontade também. Que ha pessoas e coisas que as vezes vão e nao voltam mais. Agradeço todos os dias esta parte de minha vida. Foi quando eu comecei a andar com minhas pernas. Com o passar do tempo aprendi a direção e a ir polindo minha vontade. A paciência não foi adquirida por vontade. Sempre me foi imposta a exigência. Aprendi então a me adaptar as situações ou momentos. E fui vendo que bancar a Cinderela assustada, jamais me faria menos vítima. Aprendi a me impor. Viver no meio de 70 crianças e adolescentes, todas com problemas de uma lado, a rigidez imposta pela época )e não foi demais, foi na medida) aliada as exigências familiares (ótimo era a nota exigida. Bom, o castigo era aplicado), foi meu treinamento para a guerra. Eu pensava: se sobreviver a esta batalha, sobrevivo a qualquer coisa. Eu não estava errada. A minha determinação em ser feliz apesar de, é prova cabal disso. by Deise




Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.
Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.
Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,

resignado, tornar ao ponto de partida.
De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.
Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!

E a gente vai continuar assistindo de camarote, nos iludindo que NAO nos diz respeito? Vamos continuar engolindo o que nos empurram feito primatas domesticados, que por uma migalha nos ajoelhamos e nos anulamos? Basta da banalização da vida humana. Neste momento, falo nao da fome do mundo. Mas da fome do povo brasileiro. Fome, cujo genocidio emocional, psicologico e financeiro, está sendo o agente esmagador de milhões de brasileiros. Crime hediondo praticado contra a populução brasileira pelos atuais govenantes. Chega de manipulação. Chega de descaso. Chega de omissão. Chega de discursos vazios e de representantes que é já sabemos pelas andanças serem como "túmulos caiados". Basta da conivência com o errado, o torto e o inverso. Cadeia aos oportunistas e corruptos na falta de permissão legal para a forca. O quadro atual brasileiro nos mostra, que é preciso passar a borracha. E começar do começo. Dando igualmente basta aos remendos e as juntada de cacos. by Deise



Depois de ser liberado três vezes, jovem volta a hospital e morre de gripe A no RS
Publicado em 20 de julho de 2012 por Wagner Andrade


Estão sob análise no Rio Grande do Sul os boletins médicos de um adolescente de 15 anos que buscou atendimento hospitalar quatro vezes, mas acabou morrendo vítima da gripe A (H1N1). O caso ocorreu na cidade gaúcha de Montenegro (a 81 quilômetros de Porto Alegre), no Vale do Caí. O jovem morreu na madrugada do dia 17, poucas horas depois de ter sido diagnosticado como portador do vírus H1N1.

Em um intervalo de uma semana, o estudante procurou os médicos se queixando de tosse e falta de ar, porém, em três ocasiões foi liberado. Em nenhum dos atendimentos lhe foi administrado o antiviral Tamiflu, indicado para o tratamento da gripe A.

Conforme a responsável pela Vigilância Epidemiológica de Montenegro, a enfermeira Katia Regina Kern de Jesus, a coleta de secreção do paciente, assim como seu encaminhamento para o Lacen (Laboratório Central do Estado) para comprovar a infecção, ocorreu apenas na segunda-feira (16), dia da última entrada do jovem no hospital. Na ocasião, ele já se apresentava muito debilitado e morreu de parada cardiorrespiratória poucas horas depois.

“É o médico quem verifica o quadro do paciente e solicita a coleta de material”, explicou a enfermeira, cuja responsabilidade é receber o laudo técnico do Lacen e informar a família e ao hospital, além de tomar as medidas básicas de controle de transmissão.

Procurados pela reportagem, o hospital Montenegro e a Secretaria de Saúde informaram, em nota, que os boletins de atendimento e prontuário do estudante estão sendo analisados pela direção técnica da instituição. “Estão sendo ouvidos equipe de enfermagem e médicos envolvidos para posterior encaminhamento para os órgãos de classe, se necessário.”

O documento informa também que a administração do Tamiflu é decorrente “do índice de suspeição do médico quanto à ocorrência de determinados sintomas sugestivos de gripe tipo A durante o exame clínico do paciente”.

Entretanto, segundo o quadro técnico da instituição, estão sendo observadas “apresentações clínicas diversas (atípicas) das pessoas acometidas por esta enfermidade”.

Além da morte do adolescente no dia 16, Montenegro registrou mais uma morte devido ao vírus H1N1, no dia 8. Foi o caso de um homem de 49 anos, residente na cidade vizinha de São Sebastião do Caí.

Nesta quinta-feira (18), a secretaria de Saúde de Montenegro confirmou mais um caso de gripe A. Trata-se de um homem de 63 anos que já estava internado no hospital Montenegro, mas encontra-se em recuperação.

Mortes no Estado

A Secretaria Estadual da Saúde do RS confirmou cinco novas mortes causadas pela gripe A, elevando para 38 o total no Estado. Segundo o boletim divulgado, 262 casos de H1N1 já foram confirmados este ano no Rio Grande do Sul.

As mortes mais recentes ocorreram em Viamão, Ijuí, Montenegro, Santa Maria e Porto Alegre. As vítimas tinham idades entre 15 e 85 anos e não haviam sido vacinadas.

A soma e o resto: um olhar sobre a vida aos 80 anos

OS QUE ESTÃO VIVOS E OS MORTOS


No fundo estamos condenados ao mistério. As pessoas dizem, eu gostaria de sobreviver além da minha materialidade... Eu não acredito que vás obreviver, mas , pelo menos na memória dos outros, você sobrevive.


Vivi intensamente isso com a perda da Ruth. Olhando para trás, é claro que ela estava com um problema grave de saúde. Apesar disso fizemos uma viagem longa e fascinante à China. É como se o problema não existisse. A gente sabe que um dia vai morrer e no entanto vive comose fosse eterno.


Depois da morte de Ruth e, mais recentemente, de outros amigos, como Juarez Brandão Lopes e Paulo Renato, eu me habituei a conversar com os que morreram. Não estou delirando. Os mortos queridos estão vivos dentro da gente. A memória que temos deles é real.


À medida que vamos ficando mais velhos, convivemos cada vez mais com a memória. Conversamos com os mortos. Por intermédio da Ruth, passei a lembrar mais dos outros que morreram, dos meus pais, meus avós. Os que morreram e nos foram queridos continuam a nos influenciar. O que não
há mais é o contrário. Não podemos mais influenciá-los.


Eu não penso na morte. Sei que ela vem. Já senti a morte de perto. Não em mim. Senti a morte de perto nos meus. E procuro conviver com ela através da memória Os que se foram continuam na minha memória e eu converso com eles. Minha mãe, meu pai, minha avó, minha mulher, meu irmão, meus amigos que se foram são meus referentes íntimos. Tudo isso constitui uma comunidade – posso usar a palavra – espiritual, que transcende o dia a dia.Então, a morte existe, ela é parte da vida, é angustiante, não se sabe nunca quando ela vai ocorrer. Eu só peço que ela seja indolor. Não sei se será.Ninguém sabe como e quando vai morrer. Pessoalmente, tenho mais medo do sofrimento que leva à morte do que da morte propriamente dita.


Se não é possível ter a pretensão utópica de sobreviver como pessoa física, é possível ter a aspiração de viver na memória, começando por conviver com a memória dos que se foram. Isso tem alguma
materialidade? Nenhuma. Isso é científico? Não é. Mas é uma maneira de você acalmar sua angústia existencial.


"Os mortos queridos vivem dentro de nós. Os que morreram continuam anos influenciar. Nós é que não podemos mais influenciá-los."


SENTIDO DA VIDA


Aos 80 anos creio que cada um cria o sentido de sua vida. Não há um único sentido. Isso é muito dramático. Cada um tem que tentar criar o seu sentido. Nesse ponto os existencialistas têm razão. É muito angustiante. Tem uma dimensão da existência que é inexplicável. Ou você consegue conviver com isso no dia a dia sem apelar para a transcendência – digo no dia a dia porque, de vez em quando, todo mundo apela... – ou você tem que criar algum sentido para justificar, se não explicar, o sentido das coisas.


Eu criei, imagino que sim. Achei que devia ter uma ação intelectual para entender e para mudar o Brasil.
Na verdade é isso que eu queria, mudar as condições de vida no Brasil. A literatura me influenciou muito, sobretudo a nordestina, José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Jorge Amado. Depois as Vinhas da Ira, de John Steinbeck, sobre a revolta social na América da Grande Depressão.


Ou mesmo Roger Martin Du Gard com Os Thibault e, já noutra direção, André Gide e, também, a metafísica de A montanha mágica, de Thomas Mann. Esse caminho da literatura me contagiou e me levou à política.Passei a vida inteira tentando entender melhor a sociedade, os mecanismos que podem levar a uma sociedade mais decente, como digo hoje, não apenas mais rica, e sim mais decente.


Tem que haver, é claro, algum grau de riqueza, senão a miséria, a escassez, predomina e então não se tem nem liberdade nem igualdade. A escassez é a luta, a guerra pela sobrevivência. Tem que haver um certo bem-estar material. Além disso, porém, é preciso criar uma condição humana de dignidade, de decência, de aceitação e respeito pelo outro.


Tentei entender isso do ponto de vista intelectual e fazer a mesma coisa do ponto de vista político. Então acho que dei um certo sentido à minha vida. Esse sentido tem que ser dado por cada um. Não está dado que todos tenham que ter o mesmo sentido e haverá quem nunca encontre sentido na vida e fique batendo cabeça."Quando se vai ficando velho e, portanto, mais maduro, você tem que valorizar mais a felicidade, a amizade, essas coisas que, no começo da vida, parecem secundárias."


Essa angústia vai ser permanente. Não tem solução. É parte da condição humana. Não sabemos de onde viemos, não sabemos para onde vamos.Tampouco sabemos por que e para que estamos aqui. O que não podemos é deixar que essa angústia da morte e da ausência de um destino claro nos paralise.


Cada um tem que inventar sua resposta. Cada um tem que dar sentido à sua vida. Ela não tem sentido em si. Esse sentido não está dado. Cada um tem que construir o seu sentido. E vai sofrer para encontrar. Uma resposta está no próprio convívio com os outros. Inclusive com os mortos. Talvez isso arrefeça um pouco a angústia. Não se vive sem amizade, sem amor, sem adversidade.


Quando se vai ficando velho e, portanto, mais maduro, você tem que valorizar mais a felicidade, a amizade, essas coisas que, no começo da vida, parecem secundárias. Você continua querendo mudar o mundo, mas sabe que as pessoas contam Embora eu tenha sempre me definido como mais intelectual do que como político, na verdade minha vida foi muito mais dedicada ao público. Isso vem da minha ancestralidade, da minha convivência familiar.


O sentido, para mim, sempre consistiu em buscar fazer alguma coisa que mude a situação mais ampla do que a minha própria Nunca fui uma pessoa voltada em primeiro lugar para alcançar o meu bem-estar. Eu tenho bem-estar. Diria que quase sempre tive bem-estar. Mas esse não foi o meu valor.


Mesmo em termos subjetivos, a ideia de felicidade, nunca busquei com de nodo a felicidade pessoal. Eu a tive de alguma forma, nunca me senti infeliz. Eu me dediquei muito mais a ver a situação dos outros. De uma maneira modesta, sem proclamar. Nunca andei proclamando, sou solidário, sou do bem. Mas levei a vida inteira pensando no mundo, pensando na sociedade, pensando nas pessoas, nos outros. O sentido que dei à minha vida foi construir isso.


by MM
Fonte: CARDOSO, Fernando Henrique Cardoso


Comentário de MM:

Leiam e reflitam!!!!


O Fernando Henrique é sensacional em seus textos, gostaria muito de ter tido aula com ele.
Aliás não poderíamos esperar menos de alguém que foi professor da USP aos 28 anos já doutorado.

Abraços,

Viu como pregam mentiras para manterem o gado no cabresto???? Alguem alem dos moradores das duas cidades, sabia disso???? CLARO QUE NAO. Manter o povo sob o dominio, sempre vai prevalecer. Uma população educada e conhecedora dos deveres e direitos impostos pela lei e sociedade, se tornará exigente demais quanto a seus governantes. E isso é tudo que os politicos nao precisam. by Deise



No Rio, eleições de Bom Jesus e Santo Antônio são anuladas

Durante visita a Campos dos Goytacazes, neste sábado (25), o presidente do TRE-RJ, Tribunal Regional Eleitoral do Rio, desembargador Alberto Motta Moraes, informou que as eleições de primeiro turno em Bom Jesus do Itabapoana e Santo Antônio de Pádua foram anuladas. Os dois municípios do Noroeste Fluminense terão novas eleições, em data ainda a ser definida pelo tribunal, porque a presença de irregularidades eleitorais nas principais candidaturas levou a que a de votos nulos e anuláveis fosse superior a metade do total.
"Em Bom Jesus do Itabapoana, já está definido que haverá eleição suplementar. Em Santo Antônio de Pádua, dependemos de definição do TSE, mas tudo indica que vai haver nova eleição. Em Bom Jesus, os votos nulos e os anuláveis foram de 80%. Se os votos anuláveis somarem mais de 50%, tenho de fazer nova eleição", declarou o desembargador, à imprensa.
Dentre os 26,8 mil eleitores registrados em Bom Jesus, o candidato João José Pimentel (PTB) recebeu apenas 1.492 votos, mas foi declarado vencedor do primeiro turno. Isso, porque os votos dados a Branca (PMDB) e Paulo Sérgio Cyrillo (PSB), que tiveram problemas com seus registros de candidatura, foram computados entre os nulos, que chegaram ao total de 89% dos votos.
Já em Santo Antônio de Pádua, 60% dos votos foram contabilizados como nulos. Neles foram incluídos os resultados de José Renato Padilha (PMDB) e Zequinha do Sebrae (PT), que também tiveram as candidaturas impugnadas. O município tem 31,2 mil eleitores registrados, mas a candidata Maria dib Mansur (PP) foi considerada eleita, com 10.074 votos válidos.


Thyago Mathias
Especial para o UOL
Do Rio de Janeiro 
26/10/2008 - 07h27 
UOL Celular

Site do TRE/RJ:http://www.tse.jus.br/internet/eleicoes/estatistica2008/est_result/suplementares.htm

 página da web não está disponível


O servidor em chimera.tse.gov.br não pôde ser encontrado porque a busca DNS falhou. DNS é o serviço da web que converte o nome de um website em seu endereço na Internet. Na maioria dos casos, este erro é causado quando não há conexão à Internet ou quando a rede é mal configurada. O erro também pode ser causado por ausência de resposta do servidor DNS ou por um firewall que impeça Google Chrome de acessar a rede.
Veja algumas sugestões:
Recarregue esta página da web mais tarde.
Verifique sua conexão com a Internet. Reinicie qualquer roteador, modem ou outro dispositivo de rede que você esteja usando.
Verifique suas configurações de DNS. Entre em contato com seu administrador de rede se não souber o que isso significa.
Tente desativar a previsão da rede seguindo estas etapas: acesse o menu de ferramentas > "Configurações" > "Mostrar configurações avançadas..." e desmarque "Prever ações da rede para aprimorar o desempenho do carregamento da página". Se o problema não for resolvido, recomendamos selecionar essa opção novamente para melhorar o desempenho.
Adicione o Google Chrome como um programa permitido nas configurações de seu software de firewall ou antivírus. Se o programa já for permitido, tente excluí-lo da lista de programas permitidos e adicioná-lo novamente.
Se usar um servidor proxy, verifique suas configurações de proxy ou entre em contato com o administrador de rede para verificar se o servidor proxy está funcionando. Se você acredita que não deve usar um servidor proxy, ajuste as configurações de proxy: Acesse o menu de ferramentas > "Configurações" > "Mostrar configurações avançadas..." > "Alterar configurações de proxy..." > "Configurações da LAN" e desmarque a caixa de seleção "Usar um servidor proxy para a rede local".

Como a Delta e Cacheira pagaram propina a Marconi Perillo







No dia 27 de junho, o Núcleo de Inteligência da Polícia Federal remeteu à Procuradoria-Geral da República um relatório sigiloso, contendo todas as evidências de envolvimento do governador Marconi Perillo com o esquema da construtora Delta e do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Como governador de Estado, Perillo só pode ser investigado pelo procurador-geral da República – e processado no Superior Tribunal de Justiça. O relatório, a que ÉPOCA teve acesso com exclusividade, tem 73 páginas, 169 diálogos telefônicos e um tema: corrupção.

O documento está sob os cuidados da subprocuradora Lindora de Araújo, uma das investigadoras mais experientes do Ministério Público. Ela analisará que providências tomar e terá trabalho: são contundentes os indícios de que a Delta deu dinheiro a Perillo.

Alguns desses 169 diálogos já vieram a público; a vasta maioria ainda não. Encontram-se nesses trechos inéditos as provas que faltavam para confirmar a simbiose entre os interesses comerciais da Delta em Goiás e os interesses financeiros de Perillo. Explica-se, finalmente, o estranho episódio da venda da casa de Perillo para Cachoeira, que não foi bem entendido. Perillo nega até hoje que tenha vendido o imóvel a Cachoeira; diz apenas que vendeu a um amigo. O exame dos diálogos interceptados fez a Polícia Federal, baseada em fortes evidências, concluir que:

1) assim que assumiu o governo de Goiás, no ano passado, Perillo e a Delta fecharam, diz a PF, um “compromisso”, com a intermediação do bicheiro Carlinhos Cachoeira: para que a Delta recebesse em dia o que o governo de Goiás lhe devia, a construtora teria de pagar Perillo;

2) o primeiro acerto envolveu a casa onde Perillo morava. Ele queria vender o imóvel e receber uma “diferença” de R$ 500 mil. Houve regateio, mas Cachoei¬ra e a Delta toparam. Pagariam com cheques de laranjas, em três parcelas;

3) Perillo recebeu os cheques de Cachoeira. O dinheiro para os pagamentos – efetuados entre março e maio do ano passado – saía das contas da Delta, era lavado por empresas fantasmas de Cachoeira e, em seguida, repassado a Perillo. Ato contínuo, o governo de Goiás pagava as faturas devidas à Delta;

4) a Delta entregou a um assessor de Perillo a “diferença” de R$ 500 mil;

5) a direção nacional da Delta tinha conhecimento do acerto e autorizou os pagamentos.

Para compreender as negociações, é necessário conhecer dois personagens, que chegaram a ser presos pela PF. Um é o tucano Wladmir Garcez, amigo de Perillo e ex-presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia. Garcez atua como uma espécie de embaixador de Perillo junto à Delta e à turma de Cachoeira: faz pedidos, cobra valores, entrega recados. O segundo personagem é Cláudio Abreu, diretor da Delta no Centro-Oeste e parceiro de Cachoeira no ataque aos cofres públicos de Goiás. Na hierarquia da Delta, Abreu detinha a responsabilidade de obter contratos públicos para a construtora e – o mais difícil, custoso – assegurar que os governantes liberassem os pagamentos em dia. A corrupção neste caso, como em tantos outros, nasce na oportunidade que o Poder Público oferece: um detém a caneta que pode liberar o dinheiro; outro detém o dinheiro que pode mover a caneta. Na simbiose entre a Delta e o governo de Goiás, Garcez e Abreu eram os sujeitos que se dedicavam a fazer o dinheiro girar, multiplicar-se. Não há caixa de campanha ou questiúncula política nessa história. O objetivo era ganhar dinheiro.

A mensagem
Para a Justiça


O relatório da PF traz indícios de que a Delta transferiu dinheiro a Perillo, e eles devem ser investigados

Para o eleitor

A investigação pode dar um novo norte à CPI do Cachoeira

A PF começou a monitorar as atividades ilegais das duas turmas, de Perillo e da Delta, em 27 de fevereiro do ano passado. Naquele momento, Perillo cobrava o pagamento do “compromisso” da Delta. Num diálogo interceptado pela PF às 20h06, Cachoeira pede pressa a Abreu. Disse Cachoeira: “E aquele trem (dinheiro) do Marconi(governador), hein? Marconi já falou com o Wladmir (Garcez), viu”. Abreu chora miséria, como bom negociante. “Vou falar amanhã que não tem jeito”, diz Cachoeira. “Mas não é 2 milhões e meio, não. Ele (Marconi) quer só a diferença.” Cachoeira refere-se, aqui, à operação de venda da casa, o assunto mais urgente naquele momento. Abreu faz jogo duro: “Pois é, doutor, eu não tenho como. Do mesmo jeito que o Estado tá com o orçamento fechado, eu também tô”. O jogo é simples: uma parte quer que a outra aja antes. Perillo quer o dinheiro antes de liberar a fatura; Abreu, da Delta, quer a fatura paga antes de liberar o dinheiro para Perillo.



Ouça o áudio




As negociações prosseguem, emperradas em alguns momentos por desconfianças mútuas. Numa ligação na mesma noite, Cachoeira certifica Abreu de que Garcez, o interlocutor de Perillo, não está pressionando a Delta sem motivos. “Não é o Wladmir, não. É ele(Marconi) que tem esse trem na cabeça, da diferença e não sei o quê, viu?”, diz. No dia seguinte, preocupado com a demora da Delta em liberar o dinheiro, Cachoeira pede a Garcez que dê “um aperto” em Abreu, de modo a garantir o negócio. Garcez liga para Abreu e reforça que a Delta deve pagar logo o “compromisso” com Perillo. Garcez explicara a Perillo que a Delta não conseguiria quitar o acerto logo. Diz Garcez, no diálogo com Abreu: “Tive lá no Palácio, conversei com o governador lá. Falei… ‘Olha, o compromisso que ele (Abreu) tinha feito com o senhor faltava 1 milhão e meio. (…) Ele (Abreu) vai ver se cumpre aquele compromisso com o senhor”. Diante da pressão, Abreu diz que tem “outros compromissos” em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul. Pede tempo.

Nervoso com a lentidão de Abreu, Cachoeira resolve dar prosseguimento ao negócio com Perillo – e cobrar depois da Delta. A partir daí, o acerto realiza-se com rapidez. Ainda no dia 28, Garcez informa a Cachoeira que Perillo quer cheques nominais. Combinam a entrega de três cheques para o dia seguinte, às 14 horas: dois de R$ 500 mil e um de R$ 400 mil, depositados no dia 1o de cada mês. Em seguida, no dia 1o de março, Cachoeira faz a operação: pede ao sobrinho que assine os cheques, avisa a Delta e manda entregar os cheques no Palácio das Esmeraldas, sede do governo de Goiás. Às 14h53, Garcez, que estava no Palácio, confirma a Cachoeira que os cheques foram entregues e avisa que levará a escritura do imóvel no dia seguinte. Doze minutos depois, Cachoei-ra já pede a contrapartida a Garcez: “O trem da Delta, aqueles 9 milhões que o Estado tem de pagar… Você levou para mostrar para ele (Perillo)?”. Garcez confirma: “Tá comigo aqui. Oito milhões, quinhentos e noventa e dois, zero quarenta e três”. Às 16h37, Garcez informa a Cachoeira que está no gabinete do governador, entregando os cheques. Em seguida, Garcez comunica a Abreu que os problemas da Delta acabaram. “(Perillo)falou que vai resolver: ‘Não, pode deixar que isso aqui eu resolvo’”. E resolveu: ainda no dia 1o de março, o governo de Goiás liberou R$ 3,2 milhões para a conta da Delta. No dia seguinte, o cheque de R$ 500 mil foi depositado na conta de Perillo.

No dia 3 de março, Cachoeira comemora com Abreu a “porta aberta” com Perillo. “Ele (Perillo)engoliu aqueles 500 mil… Ele (Perillo) responde em tudo, deu as contas para pagar”, afirma Cachoeira. Cachoeira pediu a seu sobrinho Leonardo Ramos, que costuma assessorá-lo, para que preparasse um contrato de compra e venda no nome de um laranja – e começou a chamar amigos para conhecer a linda casa que comprara de Perillo. No dia 25 de março, o governo de Goiás liberou mais um pagamento de R$ 3,2 milhões para a conta da Delta. Enquanto os pagamentos caíam nas contas da Delta, a Delta cobria, por meio de uma empresa laranja, os cheques dados por Cachoeira.


Ouça o áudio

O segundo cheque de R$ 500 mil foi compensado no dia 4 de abril. Cachoeira, sempre zeloso, checava tudo com seu contador. No dia 29 de abril, antes da compensação do último cheque, no valor de R$ 400 mil, Abreu voltou a reclamar com Cachoeira que as faturas da Delta haviam sido retidas novamente. Abreu foi claríssimo na contrapartida necessária para pagar o último cheque: “Deixa eu te contar uma amarelada que eu dei aqui. Wladmir (Garcez) tá me rodeando aqui. Eu falei: ‘Wladmir, tá bom: que dia vai me pagar? Tá prometido até sexta que vem, tá? Então vamos fazer o seguinte: eu pago os 400. Se ele (Perillo) não me pagar até sexta (…) você me devolve os 400’. Aí ele amarelou aqui”. Os dois reclamaram da demora de Perillo. Cachoeira disse: “Agora tem de tolerar porque nós já pusemos o pé na jaca”. Eles reclamam, reclamam, reclamam… mas no fim pagam. No dia 2 de maio, Cachoeira ordenou a seu contador que contatasse o pessoal de Perillo e descontasse o último cheque. “Aquele lá (o cheque) não podia falhar de jeito nenhum, né?”, diz o contador. O cheque foi descontado. E o que aconteceu? O governo de Goiás liberou mais uma parcela de R$ 3,2 milhões para a conta da Delta.

Não demorou para Cachoeira perceber que morar na antiga casa do governador de Goiás lhe traria problemas. Num diálogo com sua mulher, Andressa Mendonça, em 17 de maio (leia na página ao lado), Cachoeira compartilhou seu temor por telefone: “Esse trem não vai dar certo (da casa). Vão acabar sabendo que é minha”. Cachoeira começou, então, a procurar um modo de se desfazer do imóvel, apesar dos protestos de Andressa, que já decorara a casa e adorava o lugar. As conversas interceptadas pela PF mostram em detalhes como Cachoeira repassou a casa para um terceiro, o empresário Walter Santiago, sem aparecer. Para isso, recorreu à ajuda de Garcez, que coordenou a transação. Garcez assegurou ao empresário que a casa era de Perillo. No dia 12 de julho, Walter Santiago, rodando num carro blindado, encontrou-se com Garcez e lhe entregou R$ 2,1 milhões em dinheiro vivo. Cachoeira orientou Garcez pelo telefone: “Manda trazer o dinheiro aqui no Excalibur (prédio onde mora Cachoeira), entendeu? Manda o professor(Walter Santiago) trazer no Excalibur, porque ele tá com carro blindado”.




Em seguida, Garcez informou a Cachoeira que Lúcio Fiúza, então assessor especial de Perillo, estava com eles no carro. Responde Cachoeira: “Então pega tudo e vem para casa. Dá só os quinhentos na viagem para o doutor Lúcio. (…) Já fala para o doutor Lúcio pegar os cem também (parte do assessor de Perillo). É dois e cem, viu (R$ 2,1 milhões, o dinheiro a ser entregue)? Pega os cem logo e já mata ele, ou então já fala a data que ele tem de entregar”. Não fica claro se os R$ 500 mil para Fiúza referem-se à parte de Perillo nessa segunda operação – ou se era um pagamento pendente por outra razão. Também nessa segunda operação, Cachoeira recebeu – e distribuiu a gente próxima a Perillo – mais dinheiro do que valia o imóvel.

Cachoeira confirma isso num diálogo com Andressa, ainda no dia 12. Andressa pergunta por quanto ele vendeu a casa. “Dois e cem”, diz Cachoeira. “Esse trem é do Marconi e não ia dar certo, não. Tem de passar logo esse trem para o nome dele (possivelmente o empresário Walter). Porque eu vou perder um trem de bilhões por causa de um negócio à toa.” Andressa não quer saber de negócios ou dinheiro. Quer saber da prataria da casa e das coisas bonitas e caras que comprou para decorá-la. “Você explicou para ele (empresário Walter) que roupa de cama, coisa pessoal, acessório de banheiro, nada disso vai, né?”, diz Andressa. Cachoeira se irrita: “Deixa a roupa de cama do jeito que tá lá. Não faça isso, não. Pega as pratarias que o Wladmir escondeu lá dentro”. “Eu não vou deixar roupa de cama de 400 fios para ele, não. Cê tá louco?”, diz Andressa. Cachoeira, então, confessa o preço real da casa e revela a existência da “diferença”. “Deixa do jeito que tá. Aquilo lá custou quanto? Afinal, eu comprei ela (a casa) por mil(R$ 1 milhão), vendi por mil e quinhentos (R$ 1,5 milhão). Tá bom, me ajudou a vender.” A conta é a seguinte, segundo a PF: o empresário Walter Santiago pagou R$ 2,1 milhões pela casa. Destes, R$ 100 mil foram para Fiúza, o assessor de Perillo, R$ 500 mil para Perillo, levados por Fiúza – e o restante, R$ 1,5 milhão, para Cachoeira.

Segundo Perillo, a Receita Federal atestou que seu patrimônio é compatível com seus rendimentos

O que Cachoeira fez depois de receber o R$ 1,5 milhão? Ligou para a Delta. Confirmou o recebimento do dinheiro e perguntou a Abreu se o contador da Delta já fora avisado. Abreu disse que estava ao lado de Carlos Pacheco, principal executivo da Delta, a quem Abreu chama de “chefe”. Abreu disse: “Eu falei com o chefe aqui, viu, amigo? Ele falou que era para você guardar esse dinheiro, era para você aplicar lá no entorno (entre Brasília e Goiás), no projeto. Que o projeto lá vai exigir uns 4 milhões e meio, mas eu falo com você pessoalmente”. A PF não descobriu que projeto seria esse. Mas a fala de Abreu deixa claro o que outros diálogos confirmam: a direção da Delta nacional não só sabia das operações de Cachoeira no Centro-Oeste, como coordenava algumas negociações. Até agora, a Delta insiste na versão segundo a qual Abreu agia sozinho.

E manteve sua linha de defesa, após ÉPOCA questionar a empresa sobre as novas evidências. Por meio de uma nota, a Delta afirma não ter conhecimento da apresentação de uma fatura da empresa ao governador Marconi Perillo, nem da visita de Wladmir Garcez ao Palácio de governo para resolver um assunto da empreiteira. A nota também afirma: “Empresas de construção civil que atuam no setor público, como a Delta, precisam zelar e velar pelo recebimento pontual e em dia dos compromissos assumidos a fim de não ocorrer solução de descontinuidade nas obras”. A empresa diz ainda que o ex-presidente Carlos Pacheco nunca teve relação comercial com Cachoeira e que a empresa tem prestado esclarecimentos necessários aos órgãos instituídos.

Perillo também preferiu não prestar esclarecimentos a ÉPOCA. Não respondeu às perguntas sobre eventuais conversas para discutir pagamentos da Delta e sobre a relação desses pagamentos com a venda da casa. Em nota, limitou-se a dizer que “prestou, por meses a fio, todos os esclarecimentos solicitados pela imprensa, pela sociedade e pela CPI”. Perillo criticou ainda o deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI do Cachoeira. Disse que o deputado quer transformar a CPI numa “comissão de investigação do governador Marconi Perillo”. Diz ainda a nota: “No exaustivo crivo a que foi submetido, nenhum fato se encontrou que possa desabonar sua biografia (de Marconi Perillo) de cidadão ou de homem público. Ao contrário, a Receita Federal, por exemplo, emitiu nota técnica na qual atesta que o patrimônio do governador é compatível com seus rendimentos. Portanto, o governador Marconi Perillo informa que, considerando já devidamente esclarecidos os assuntos de fato relevantes, não se pronunciará mais a respeito de questões atinentes a sua vida privada, reservando essa providência, como é natural, unicamente para os assuntos relacionados a suas atividades como governador do Estado”.

Perillo depôs na CPI do Cachoeira há um mês, quando começavam a se acumular evidências de que ele mantinha relações com a empreiteira Delta e com Cachoeira. Na ocasião, foi claro: “O senhor Carlos Cachoeira não teve a menor participação na venda da casa. (A venda da casa) foi feita de forma transparente ao atual empresário Walter Paulo. (…) Os valores (da venda da casa)foram de acordo com o mercado”. Até agora, desconfiava-se que as três afirmações não eram verdadeiras. Agora, com o relatório da PF, sabe-se que são falsas: Cachoeira participou da compra da casa, a operação aconteceu na sombra e o valor da venda foi superior ao de mercado.

Perillo também disse à CPI: “De forma desavisada ou maldosa, vejo, aqui ou acolá, afirmações de que o senhor Carlos Augusto, o Cachoeira, teria influência em meu governo”. Os diálogos interceptados pela PF e a cronologia do pagamento das faturas à Delta revelam que Cachoeira tinha, sim, influência. Outra frase de Perillo: “Falaram (nos diálogos até então divulgados) sobre seus planos (da turma de Cachoeira), mas nada se concretizou. Nada! Reafirmo: nada se concretizou”. Aqui, mais uma vez, as cobranças da Delta ao amigo de Perillo, os cheques compensados nas contas de Perillo e o consequente pagamento das faturas da Delta apontam o contrário. Por fim, Perillo bradou na CPI: “Não tem propina no meu Estado”. É uma afirmação ousada. Os delegados da Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República, ao que parece, discordam.

by Blog do Pannunzio
Leia a íntegra no site de Época

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Juristas veem com perplexidade retorno de Demóstenes ao MP


Ao reassumir o cargo de procurador do Ministério Público de Goiás, o ex-senador Demóstenes Torres causou perplexidade entre alguns juristas e representantes da sociedade. A coordenadora do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Jovita Rosa, lembrou que ele foi um importante articulador da aprovação da Lei da Ficha Limpa, motivo suficiente para constrangê-lo a assumir o papel de investigador, depois de perder o mandato pelo envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
— Ele foi um dos principais incentivadores na difícil tarefa de fazer a Ficha Limpa virar lei. Se ainda resta algum pingo de dignidade, Demóstenes deveria ser o primeiro a pedir licença da função de procurador — afirmou Jovita.
A coordenadora do MCCE considera que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) tem o dever de adotar medidas que impeçam o exercício da função pelo ex-senador. E lembrou que, no caso do ex-procurador geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, acusado de envolvimento no escândalo do mensalão do DEM, em 2009, o CNMP agiu para tentar impedi-lo de atuar no MP do DF.
— Agora, o CNMP deve agir e reagir a esse tipo de coisa. É inadmissível que alguém que enganou tanta gente, durante tanto tempo, agora exerça a função de investigador.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio de Janeiro, Wadih Damous, avaliou que o processo disciplinar contra Demóstenes no MP será mais técnico que no Senado.
— No Ministério Público haverá uma predominância de questões técnico-jurídicas, mas a situação do senhor Demóstenes é muito complicada lá, porque as imputações contra ele são muito graves. Talvez mais difícil, porque como é que alguém com acusações contra si tão graves como o ex-senador Demóstenes vai exercer exatamente essas funções de investigação, de abertura de inquérito, de persecução criminal? — questionou.

Desembargador é suspeito de privilegiar frigorífico


Investigação da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça aponta “evidências” de que um desembargador e um juiz federal usaram seus cargos para favorecer um frigorífico acusado de sonegação e crimes tributários estimados em R$ 184 milhões.

O desembargador citado é Nery da Costa Júnior, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (sede em SP). Ele é suspeito de interferir no processo para desbloqueio de bens do frigorífico Torlim -decidido em 2011 pelo juiz Gilberto Rodrigues Jordan.

O relatório assinado pela corregedora do CNJ, a ministra Eliana Calmon, deve ser votado no próximo dia 30. Ele diz que o desembargador e o juiz podem “de fato ter agido com violação dos deveres impostos aos magistrados” e “de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro de suas funções”.

A sindicância do CNJ foi aberta em maio de 2011, depois de o Ministério Público Federal pedir investigação. Ela solicitou informações dos tribunais, ouviu investigados e juntou a apuração da Corregedoria do próprio TRF.

Documentos da sindicância sigilosa obtidos pela Folha revelam relações entre Nery Júnior e Sandro Pissini, dono do escritório de advocacia contratado em 2008 pelo Grupo Torlim para defesa em processo em Ponta Porã (MS).

Pissini foi assessor dele no TRF entre 1999 e 2001. O desembargador já vendeu uma fazenda ao advogado. E, desde 2011, um ex-funcionário do escritório de Pissini é chefe de gabinete de Nery Júnior.

Google Voice já funciona — bem! — para usuários brasileiros


Quem acha que o Skype é a única alternativa para chamadas VOIP pela Internet precisa conhecer o Google Voice, o novo seriço de telefonia por IP da Google. Ele já está funcionando, com algumas restrições, para usuários brasileiros.

O serviço, que concorre diretamente com o Skype, permite fazer ligações para telefone convencionais mediante o pagamento de uma tarifa que, não raro, representa metade do preço pelo seu principal concorrente. O minuto para os Estados Unidos, sem distinção para celulares e linhas fixas, sai por US$ 0,01 — um centavinho de dolar. Com o depósito inicial de US$ 10 dá pra falar mil minutos com alguém nos EUA — o equivalente a mais de 16 horas.

Chamadas para celulares no Brasil são tarifadas com US$ 0,15 — ou R$ 0,30 –, o que as torna vantajosas inclusive para ligações entre diferentes operadoras locais de telefonia móvel ou de fixo para celular.Ligações para telefones fixos no Brasil custam US$ 0,02 para o Rio de Janeiro e São Paulo e US$ 0,03 para as demais localidades. A tabela completa com todas as tarifas internacionais pode ser encontrada aqui.

Mas o cardápio de serviços oferecido ao consumidor brasileiro ainda não está completo. O Google ainda não liberou o One Pho Service, por meio do qual o usuário pode adquirir um número fixo e centralizar as chamadas para vários telefones diferentes.

O Blog testou o Google Voice e aprovou. A qualidade das chamadas é melhor do que a do Skype. Não houve a intercorrência de eco nem interrupção das ligações, como é comum no Skype. Os interlocutores declararam que a qualidade das chamadas era equivalente à proporcionada por um telefone fixo.

Para realizar as chamadas é preciso ter uma conta do Gmail. A interface para o comunicador é acessada do lado direito da página. Ao acionar o dialer você recebe instruções para a aquisição de créditos.

Há um aplicativo gratuito disponível para quem tem smartphone ou tablet. É um utilitário recomendável porque pode auxiliar na redução da conta do telefone. O serviço funciona bem sob redes wifi. Mas pode-se esperar dificuldades para conexões 3G, que têm banda estreita e baixa eficiência no Brasil.

Por outro lado, ha coisas que nao mudam em Elizabethtoow. by Deise

Quem não pode mais ser leviano é V.Sa, caro Ministro da Justiça, “Não sei o que Cardozo” . Em um País onde a corrupção impera, não é estranho que o Ministro da Justiça raramente apareça nos noticiários? Alguem sabe o que pensa o Ministro da Justiça sobre o Mensalão? Ou o Mega esquema “Cachoeira”? Onde estava eu quando o Ministro Cardozo, situou a nação de qual a posição do Ministério, e obviamente da Presidente, sobre estes escândalos que envolve zilhões de pessoas aliada ao próprio governo? (E o Magri caiu, por admitir que “cachorro também é gente” . E cometeu o crime hediondo de usar o carro oficial para levar a cadelinha no veterinário. My Good!) 


Se V.Sa. considera leviano dizer algo que o defunto deixou escrito, saberemos o que afinal? A população inteira sabe o que aconteceu. E V.Sa como ministro considera leviano admitir o que está escrito. Que corregedoria ele acionou? Que medidas protetivas foram tomadas? Tá bom, quem pode manda. Quem não pode obedece. Grande parte da população lhe conheceu hoje Ministro, viu seu rosto hoje depois de seu status no governo. Com certeza, não sabermos seu rosto é fruto de seu trabalho nada atuante. Aliás eu nunca senti tanta a falta dos Ministros na Mídia. Eles nunca têm nada a dizer? A explicar? Quantos brasileiros conhecem o Ministério em vigor? Quem são? Qual nome? Qual a história? A que partido pertencem? 

Não saber seu nome é coisa comum no País, Ministro. Finalmente vimos sua cara, mesmo que novamente em noticias que envolve violência, descaso, negligencia. Que corregedoria ele comunicou? A sua frase ao dizer "não poder ser leviano quanto à execução do Policial Federal", dá a exata dimensão de seu desconhecimento total do que acontece dentro de sua Pasta e de seu País. Mais um papagaio de pirata. V.Sa. demonstrou total desconhecimento do assunto, cuja pasta é seu nome que está à frente. Da mesma forma que tal policial alertou, eu e varias pessoas que conheço que de alguma forma incomoda quem esta no comando, somos ameaçados, processados, coagidos, intimidados e humilhados diariamente. E as autoridades responsáveis se omitem, nos entregando aos algozes. Isso por exercermos nossa profissão ou ao nos posicionarmos como cidadãos. E o nada continua acontecendo com quem abusa, usurpa, consume e destrói. Vamos reinventar a era do “olho por olho, dente por dente”? Não há mais proteção a pedir, alertas a dar ou Justiça a esperar? Ou fazemos nós, ou fazemos nós? E tudo que o Ministro da Justiça tem a dizer é que falar qualquer coisa neste momento seria leviano? Em que momento não seria Ministro? Vou lajudar V.Sa. As ações governamentais é que vem sido levianas. Compreendo seu problema, uma vez que recentemente ao ligar para seu gabinete, tentando ver como um grupo de pessoas ameaçadas, coagidas, abusadas pela Justiça Brasileira, quais os requisitos deveria preencher o grupo para merecer um tempo em sua agenda. Para lhe situar do que ocorre no País que V.Sa. ajuda a governar. Realmente: sua equipe deixa muito a desejar. Se o que vi é o seu melhor, meus pêsames. Passei por cinco pessoas, para saber exatamente isso: como agendar uma hora com o o Ministro. Direito de qualquer cidadão. Eu apenas estava tentando obedecer ao protocolo exigido. Sem benéfices alguma. Sem deixar de passar por pessoas mal educadas, com voz preguiçosa e uma má vontade que ultrapassa o entojamento. Logo, comece trocando toda a sua equipe. Ah, sim desculpe. Esqueci que eu era a operária e os terceirizados, as autoridades. Mas quem paga as mordomias é a plebe. 

Voltando a vaca fria, não seriam o caso da lei começar a responsabilizar por homicídio DOLOSO, os responsáveis, cujas denuncias são sabedores? Se a denuncia chega até eles e nada é feito para proteger, e os assassinatos acabam acontecendo? È a única forma que encontro de e proteger é ir juntando documentos e mandando adiante. Se algo me acontecer, um por um dos nomes das pessoas que são conhecedores dos assuntos por mim relatados virá a tona. Um dia a casa cai. Se comprovo que houve clara intenção de não coibir ou impedir os crimes, são responsáveis sim. Por isso na Justiça, o que não está escrito, não foi dito. Eu digo, escrevo e assino. É o que estou fazendo neste momento, em realação a um perseguição implacável do Estado de Santa Catarina sobre minha pessoa. E o Tribunal de Justiça do estado envia um não, mas três pareceres FALSOS, devolvidos por mim, por TROTE. V.Sa. não sabe disso? Cobre de algum subalterno. A denuncia lhe foi enviada há bem mais de trinta dias. Com isso vou amarrando uma ação na outra. E uma pessoa na outra. E concluo que o crime organizado esta também na sociedade chamada de civil, organizada e livre. No caso denunciado por mim, vai envolvendo desde a meirinha. E recebe o abraço amoroso do Tribunal de Justiça, que supera todos os outros crimes, ao enviar documentação falsa, sem assinatura de quem emitiu parecer e o acolheu. Jamais por tanto insano teor, vou entender ou aceitar que aquele horror foi digitado por um juiz corregedor e relator e acolhido pelo corregedor geral. Até mesmo, caro Ministro, porque teríamos que admitir, segundo o documento, que o corregedor geral do TJSC, não só é desembargador, como vidente. Ele acolhe o parecer, 5 (CINCO) dias antes, dele ser emitido. 

Logo, fica clara aqui, não so omissão, negligencia, descaso , mas a imomoralalidade e ousadia, além de crime cometido por algum funcionário do TJSC, de assinar e emitir documentação falsa em nome dos juízes. No entanto, quando devolvo para o TJ por três vezes, faço BO sobre a documentação falsa e o comunico a casa máxima de justiça e o surto continua, começo a ter duvidas quanto onde começa a ficção e termina a realidade. Ou vice verso. 

Está havendo a intenção de. São agentes facilitado res do crime sim. Independente se esta parte de criminosos possui diploma universitário. Não existe meia grávida Ministro. Logo, não existe meio certo. Está na hora da população começar a cobrar da União o que não nos é assegurado pela constiuioção. Está na hora de começarmos a entupir a União de processos por conivência. Antes que os atuais governantes sequem a fonte e não sobre nada. Vamos garantir a aposentadoria dos filhos pelo menos. Uma vez que os canalhas nos impediram de viver a vida plenamente com eles. Que sejam indenizados como nossa Presidente o foi, por ter escolhido por livre espontânea vontade violar as regras do jogo em 64 (como esta fazendo agora novamente) e pediu indenização pelos danos sofridos. Ela escolheu seu passado. Como escolheu seu Presente. A Presidente cobrou pagamento pela própria ideologia. Chegou a hora de a população processar a Pessoa, não somente o sujeito. Quem sabe com isso algum dos defeitos de caráter do atual governo e do governo Luiz Inácio, sejam estancadas. Se não for a negligencia, que seja a conivência. Ou em ultimo caso a omissão. Pois são estas as três regras básicas que norteia o povo brasileiro ha uma década. Ministro Cardozo, Se V.Sa. Não sabe, existem vários pedidos de proteção a testemunhas por parte de jornalistas.Alguns mesmo dando aviso e nomes, foram assassinados e ninguem foi preso ou indiciado. Se V.Sa. continua não sabendo de nada, foi uma 51, abrir a boca e dizer que nada sabe do que acontece no seu País, (admitamos que V.Sa. não disse nada). Ao invés de ficar irritada, tive que aceitar que alguém ainda consegue admitir, a própria leviandade e irresponsabilidade, de aceitar cargos, do qual pouco entende ou nada conheçam. A imagem que me veio foi de um marceneiro operando um abdômen. Temos que admitir, que falar a verdade e admitir ignorâncias, é um ato heroico no governo Petralha. Só pelo fato do Ministro admitir que nada sabe e nada viu, (novas...) sem ficar com vergonha, já merece aplausos. Ele oPTou em nos deixar "achar" que ele é um ignorante no que diz respeito à seu trabalho. Foi muito melhor do que abrir a boca como muitos fazem, e nos atestar a certeza.

Comento: Idéia, projeção, execução e herança do Deus  Hébrius 

quarta-feira, 18 de julho de 2012

O Caminho de Volta




Já estou voltando.
Só tenho 37 anos e já estou fazendo o caminho de volta.
Até o ano passado eu ainda estava indo.
Indo morar no apartamento mais
alto do prédio mais alto do bairro mais nobre.
Indo comprar o carro do
ano, a bolsa de marca, a roupa da moda.
Claro que para isso, durante o caminho de ida,
eu fazia hora extra,
fazia serão, fazia dos fins de semana
eternas segundas-feiras.
Até que um dia, meu filho quase chamou a babá de mãe!
Mas, com quase 40 eu estava chegando lá.
Onde mesmo?
No que ninguém conseguiu responder, eu imaginei que
quando chegasse lá
ia ter uma placa com a palavra FIM. Antes dela,
avistei a placa de
RETORNO e nela mesmo dei meia volta.
Comprei uma casa no campo (maneira chique de falar,
mas ela é no meio
do mato mesmo), É longe que só a gota serena.
Longe do prédio mais
alto, do bairro mais chique, do carro mais novo,
da hora extra, da
babá quase mãe.
Agora tenho menos dinheiro e mais filho.
Menos marca e mais tempo.
E num é que meus pais (que quando eu morava no
bairro nobre me
visitaram 4 vezes em quatro anos) agora vêm pra cá
todo fim de semana?
E meu filho anda de bicicleta e eu rego as plantas
e meu marido
descobriu que gosta de cozinhar (principalmente
quando os ingredientes
vêm da horta que ele mesmo plantou).
Por aqui, quando chove, a Internet não chega.
Fico torcendo que chova,
porque é quando meu filho, espontaneamente
(por falta do que fazer
mesmo) abre um livro e, pasmem, lê. E no que
alguém diz
“a internet
voltou!” já é tarde demais porque o livro já está
melhor que o
Facebook, o Twitter e o Orkut juntos.
Aqui se chama ALDEIA e tal qual uma aldeia indígena,
vira e mexe eu
faço a dança da chuva, o chá com a planta, a
rede de cama.
No São João, assamos milho na fogueira.
Nos domingos converso
com os
vizinhos. Nas segundas vou trabalhar contando
as horas
para voltar.
Aí eu lembro da placa RETORNO e acho que nela
deveria
ter um subtítulo
que diz assim:
RETORNO – ÚLTIMA CHANCE DE
VOCÊ SALVAR SUA VIDA!
Você provavelmente ainda está indo.
Não é culpa sua.
É culpa do
comercial que disse: “Compre um e leve dois”.
Nós, da banda de cá, esperamos sua visita.
Porque sim, mais dia menos
dia, você também vai querer fazer o caminho de volta.

Téta Barbosa

A idade nos ensina a fazer as melhores escolhas!!







UMA QUESTÃO DE PRIORIDADE 



Uma senhora bem idosa estava no convés de um navio de cruzeiro segurando seu chapéu firmemente 

com as duas mãos para não ser levado pelo vento. Um cavalheiro se aproxima e diz: 


- Me perdoe, senhora...não pretendo incomodar, mas a senhora já notou que o vento está levantando bem alto o seu vestido? 

- Já, sim, mas é que eu preciso de ambas as mãos para segurar o chapéu. 

- Mas, senhora....a senhora deve saber que suas partes íntimas estão sendo expostas! - disse o cavalheiro. 

A senhora olhou para baixo, depois para cima, e respondeu: 

- Cavalheiro, qualquer coisa que o Sr. esteja vendo aqui em baixo tem 85 anos.   
   O chapéu eu comprei ontem!


                                                                                                                             by MM

Mandela celebra 94 anos com centenas de atos por toda a África do Sul





EFE

Mandela celebra 94 anos com centenas de atos por toda a África do Sul

Johanesburgo, 18 jul (EFE).- O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela completa 94 anos nesta quarta-feira, um evento para o qual estão previstos centenas de atos solidários por todo o país e que desde 2010 é celebrado no mundo todo como o Dia Internacional de Mandela.

O ex-líder sul-africano passará seu aniversário acompanhado de sua família na intimidade de sua residência em Qunu, localidade onde viveu durante sua infância e à qual se transferiu em maio após uma breve internação em Johanesburgo para submeter-se a uma laparoscopia devido a uma dor abdominal.

Sob vigilância médica desde 2011, Mandela 'goza de boa saúde', assegurou em maio passado o atual presidente da África do Sul, Jacob Zuma.

Embora o carismático ex-mandatário complete 94 anos na intimidade, o mundo celebra o Dia Internacional de Mandela, uma iniciativa da ONU para estimular todos os cidadãos a dedicarem 67 minutos a causas sociais, um minuto por cada ano que o líder sul-africano dedicou a lutar pela igualdade racial e o fim do apartheid.

Na África do Sul, o Centro da Memória de Nelson Mandela contou pelo menos 80 eventos organizados por ocasião do aniversário, indo desde a recuperação de escolas e a construção de casas até uma expedição ao Kilimanjaro, o monte mais alto da África.

A jornada começou com uma canção de aniversário a Madiba - nome do clã de Mandela em língua xhosa - entoada por 20 milhões de pessoas em diversas localidades do país. Estudantes em suas escolas e empregados em seus ambientes de trabalho se somaram a esta iniciativa para desejar-lhe um dia feliz.

Mandela se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul após vencer as primeiras eleições multirraciais do país, em 1994, ano em que chegou ao fim o regime segregacionista do apartheid, imposto pela minoria branca sul-africana.

Sua mensagem de reconciliação e convivência entre as diferentes raças, que possibilitou a transição rumo a uma África do Sul democrática, lhe valeu o Nobel da Paz em 1993, prêmio que recebeu junto ao então presidente, Frederik Willem de Klerk.

Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados




Ah! Se todos fossem iguais a voce....The BEst. by Deise


terça-feira, 17 de julho de 2012

Decisões judiciais contra blogueiros pautam a discussão da blogosfera nacional


Começo as férias interrompendo as férias para publicar esta reportagem do Portal Imprensa:

Em 2010, uma medida liminar da Justiça do Paraná proibiu o repórter e apresentador da Band, Fábio Pannunzio, de fazer qualquer referência a uma quadrilha de estelionatários, com  atuação internacional, que vinha denunciando em seu blog pessoal. Meses depois, com o grupo desbaratado pela mídia formal, e devidamente preso, a liminar seria revogada pelo TJ do estado e arquivada por unanimidade.
Durante o período de restrição, Pannunzio uniu-se à jornalista Adriana Vandoni, do blog “Prosa e Política”, que estava – e continua – impedida de comentar ou emitir opinião de juízo sobre as inúmeras ações de improbidade administrativa envolvendo o presidente da Assembleia do MT, José Riva. “Como nós dois estávamos censurados, passei a veicular as denúncias do Riva, e ela, as denúncias da quadrilha. Isso chama permuta de censura”, explica Pannunzio.
Segundo Adriana, as decisões judiciais que vêm legitimando sua mordaça, como a negativa de um agravo de instrumento no TJ de MT, teriam forte influência da atuação de Riva nos bastidores da Justiça local. “A Justiça de MT é absolutamente comprometida com ele. Para você ter ideia, a alegação de um dos desembargadores que me negou o agravo é que eu estava ferindo o direito de privacidade do político ao falar dos processos que ele responde.”
A situação é apenas um exemplo do quadro de crescente judicialização da censura a que a blogosfera brasileira vem sendo submetida e que levou figuras como o ministro Carlos Ayres Britto, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a manifestar recentemente sua preocupação com o assunto, recorrendo ao pensador francês Alexis de Tocqueville, para defender que “os excessos da liberdade se corrigem com mais liberdade”.
Os fatos e os números mostram a facilidade de se remover conteúdos da internet brasileira. Segundo o Committee to Protect Journalists (CPJ), no primeiro semestre de 2011, o Brasil foi o campeão mundial de remoção de conteúdo, com 224 ordens da Justiça remetidas ao Google. Para Thiago Tavares, diretor-presidente da ONG SaferNet Brasil, a situação exige a criação de um observatório para as decisões judiciais da blogosfera. “Em alguns segmentos do Judiciário, me parece que há certa interpretação exacerbada da legislação em que se invertem um pouco o direito à informação e o ferimento da honra e imagem da pessoa. Em ano de eleição, a remoção de conteúdo cresce exponencialmente”, explica.
A experiência de Pannunzio é emblemática para a maior vulnerabilidade do blogueiro no país. “Em 31 anos de profissão na TV, fui processado uma única vez. Já no blog, foram seis processos. A figura do blogueiro é muito mais frágil do que a empresa de comunicação.”
Chapa-branca ou oposição?
Não são apenas os abusos jurídicos que têm aquecido a discussão. No final de maio, a cidade de Salvador recebeu o “3º Encontro dos Blogueiros Progressistas”, grupo de jornalistas e não jornalistas, que vêm reivindicando a liberdade de atuação na blogosfera como alternativa à atuação da grande mídia.
O evento contou com a gravação de um vídeo do ex-presidente Lula, que exaltou a atuação dos blogs como alternativa ao setor de comunicações do país, segundo ele, “concentrado em poucas empresas, poucas famílias e poucos lugares”. Entre os articuladores do evento, Franklin Martins, antigo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Lula e um dos principais defensores do marco regulatório da mídia no país. O grupo tem o apoio dos jornalistas Paulo Henrique Amorim, Rodrigo Vianna, Luiz Carlos Azenha, Altamiro Borges, entre outros.
Para Borges, que preside o Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, democratizar a rede é um dos principais desafios da blogosfera. “Há, sim, a judicialização da censura, processos que desgastam e levam o profissional à bancarrota, mas há também a dificuldade da democratização da comunicação no Brasil, porque hoje há uma monopolização da mídia brasileira, comandada por sete famílias. É uma aberração democrática”, diz.
Pannunzio rechaça a tese de que os blogs são alternativas essenciais a um suposto “monopólio da grande imprensa”. E ainda critica: “A maioria dos blogueiros que defendem essa tese é da imprensa formal. Começa por aí a contradição deles. Além disso, são parte de um grande projeto de comunicação de pessoas que integravam o governo Lula. Como é que um jornalista de qualquer mídia abre mão de fiscalizar para começar a bajular o poder, a defender a impunidade de gente envolvida com a corrupção, como vem acontecendo?”.
Para Ricardo Noblat, blogueiro político de O Globo, a cisão ideológica dos blogs não é problema – “Sempre vai existir quem é mais próximo do governo e quem é oposição”. A discussão mais delicada, segundo ele, é outra. “O que eu acho complicado é o titular de um blog receber por anúncio veiculado ali. É óbvio que a participação no faturamento publicitário vai implicar conflito de interesse”, afirma. Em meio à asfixia jurídica e às arestas ainda não aparadas da blogosfera brasileira, que a liberdade seja, de fato, a única solução para seus próprios excessos.
Por Guilherme Sardas*
*Com Jéssica de Oliveira

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