sexta-feira, 17 de março de 2023

A era do smartphone chega ao fim: a lente de contato inteligente já é uma realidade

Dispositivo oferece um "sistema de realidade aumentada que pode fornecer acesso discreto às informações de que você precisa ao longo do dia"

POR HISTORY CHANNEL BRASIL 


A companhia Mojo Vision anunciou que a primeira lente de contato inteligente já está em funcionamento. Os fabricantes afirmam que o Mojo Lens oferece um "sistema de realidade aumentada que pode fornecer acesso discreto às informações de que você precisa ao longo do dia". Segundo especialistas, esse dispositivo é a mais séria ameaça ao reinado dos smartphones.

Rastreamento ocular

O Mojo Lens é controlado por meio de uma interface intuitiva baseada em rastreamento ocular que permite aos usuários acessar conteúdo e selecionar itens apenas usando o movimento natural dos olhos. As lentes inteligentes possuem uma tela MicroLED com resolução de 14 mil pontos por polegada. Medindo menos de 0,5 mm de diâmetro, trata-se da menor e mais densa tela do mundo já criada para conteúdo dinâmico.

A primeira pessoa a usar as lentes foi o CEO da empresa, Drew Perkins. “O futuro já está aqui. Eu o vi. Eu o usei. Funciona” disse ele. “Tudo aconteceu nos laboratórios da Mojo Vision, em Saratoga, Califórnia, em 23 de junho de 2022, e foi a primeira demonstração ocular de uma lente de contato inteligente de Realidade Aumentada completa”, afirmou.

Ainda não há previsão para comercialização do aparelho. Após as fases de testes, a empresa enviará uma solicitação de aprovação aos órgãos reguladores dos Estados Unidos para que as lentes cheguem ao mercado. Enquanto isso, a empresa está trabalhando com desenvolvedores de aplicativos para criar funcionalidades para o dispositivo quando ele for lançado.

Operação Habeas Pater': saiba quem são desembargador do DF e filho envolvidos em investigação da PF


Pai e filho podem pegar até 12 anos de prisão por supostos crimes de corrupção ativa e passiva. Em nota, gabinete de Cândido Ribeiro disse que juiz não tem nada a declarar; g1 tenta contato com Ravik Ribeiro.


Por Fábio Amato e Iana Caramori, TV Globo
14/03/2023 09h31 Atualizado há 2 dias


Advogado Ribeiro e o pai, o desembargador do TRF-1 Cândido Ribeiro — Foto: OAB e TRF-1/Reprodução

O desembargador federal Cândido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, e o filho, o advogado Ravik de Barros Bello Ribeiro, são investigados na "Operação Habeas Pater", deflagrada nesta terça-feira (14) pela Polícia Federal.

O magistrado é suspeito de vender sentenças judiciais a traficantes. O g1 tentou entrar em contato com Ravik, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria. Em nota, o gabinete de Cândido Ribeiro disse que a operação corre em sigilo e que o desembargador não tem nada a declarar.
Cândido Ribeiro é natural de São Luís, no Maranhão, e foi nomeado juiz do TRF-1 em 1996, "após ter sido indicado, em lista tríplice, por merecimento", de acordo com o site do tribunal. Entre 2014 e 2016, foi presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Ravik é sócio de um escritório de advocacia na capital. De acordo com o site do escritório, o advogado tem inscrições ativas no DF, Rio de Janeiro e Maranhão. Foi servidor concursado do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do INSS; trabalhou como assistente Parlamentar no Senado; e foi representante do governo no Conselho de Recursos da Previdência Social.
A operação policial desta terça-feira combate possíveis crimes de corrupção ativa e passiva, e cumpre nove mandados de busca e apreensão, determinados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Pai e filho podem responder pelos crimes citados acima e, se condenados, ficar presos por até 12 anos.

Operação Flight Level 2

Ravik e Cândido são suspeitos de ligação com investigados da "Operação Flight Level 2", deflagrada pela PF também nesta terça. Os mandados são cumpridos em Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina.

De acordo com as investigações, os suspeitos na primeira fase da operação seriam uma “célula” de uma organização criminosa maior voltada ao tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e crimes financeiros.

Foram identificadas compras de imóveis, veículos de luxo, joias e criptoativos sem que os rendimentos declarados fossem sOs suspeitos poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro com penas que, somadas, podem chegar a 38 anos de prisão.

CAVERNA DE PLATÃO: A ÁRDUA JORNADA EM BUSCA DO CONHECIMENTO PLENO

Descrito no capítulo 6 do livro A República, originalmente por Platão no século IV a.C., o "mito da caverna" foi registrado como um dos pilares da filosofia antiga, entregando as bases para a evolução da história humana e sua relação com a importância de se obter conhecimento. Através de um diálogo entre Glauco e Sócrates, o autor revela as projeções distorcidas pelo aprisionamento, de forma a mostrar ao homem apenas o que seus olhos são capazes — ou querem — enxergar.

(Fonte: Shutterstock)

A alegoria da caverna usa a metáfora dos prisioneiros acorrentados no escuro para explicar as dificuldades de alcançar e manter um espírito justo e intelectual, baseando-se em condutas e conjunturas sociais. Como resultado, pessoas presas na caverna tendem a confundir o conhecimento sensorial com a verdade, estabelecendo convicções muitas vezes equivocadas sobre uma realidade que difere significativamente do que de fato ocorre no mundo exterior.

Durante a conversa, Sócrates pede para Glauco imaginar uma caverna subterrânea que contém presos acorrentados desde seu nascimento, capazes de observar apenas paredes. A única luz na sala seria uma pequena chama estrategicamente posicionada atrás dos prisioneiros e fora de suas vistas, que exibe apenas sombras de gestos, corpos e objetos projetados por pessoas que passam por uma passarela elevada, ao lado de sons inconclusivos e gritos representados por ecos abafados.

(Fonte: Getty Images / Reprodução)

A partir disso, os prisioneiros passam a brincar de um jogo de adivinhação onde devem dar palpites sobre o que estaria por trás de cada uma das sombras; quem adivinhasse corretamente — baseado em critérios aleatórios e subjetivos — seria eleito como o mais inteligente do grupo e considerado "mestre da natureza".

Certo dia, um prisioneiro conseguiu escapar e foi capaz de ver, pela primeira vez na vida, a luz em si e o exterior. Após dias de exploração do mundo e de aquisição de conhecimento sobre a vida para além da caverna, quando aceita enfrentar uma jornada intelectual para alcançar a verdade, o fugitivo retorna para sua antiga clausura e decide contar o que aprendeu para seus colegas, mas é desacreditado por todos e passa a ser ameaçado de morte caso não os liberte.
A metáfora por trás da história

A caverna de Platão surge como uma poderosa metáfora sobre a aquisição e compartilhamento de conhecimento, já que ensina que a sabedoria individualizada em um único ser não corresponde ao alcance da verdade. Para isso, o narrador da história afirma que o prisioneiro liberto teve que retornar para as trevas — a caverna — para aplicar a bondade e justiça, espalhando a representação do mundo identificada no meio exterior mesmo que não seja bem aceita pelas pessoas "aprisionadas".

Na tese de Platão, a caverna representaria o corpo humano, fonte de engano e dúvida que se restringe ao conhecimento relacionado apenas ao que é visto ou escutado, resultando na ignorância. Enquanto isso, as sombras seriam as percepções daqueles que acreditam que as evidências empíricas são os únicos fundamentos de um conhecimento genuíno; se você acredita que o que vê deve ser considerado verdade, então você está apenas vendo uma sombra da verdade.

(Fonte: Getty Images / Reprodução)

Em relação às ações, o jogo seria uma espécie de ferramenta de admiração de um mestre que joga verdades sem justificativa, baseadas apenas em suas próprias experiências e em achismos. Já a fuga da caverna indicaria o ofício real de um filósofo em si, com o Sol — a iluminação natural — sendo a verdade e o mundo das ideias, para além do empirismo, e a jornada como a busca pela sabedoria.
Assim, Platão sugere que os seres humanos atravessem um árduo e doloroso caminho em busca da iluminação, passando pelo estágio da prisão da caverna (mundo imaginário) para escapar das correntes (mundo real), encontrar o exterior (mundo das ideias) e retornar para ajudar os outros com os novos conhecimentos.

quarta-feira, 15 de março de 2023

Túmulo de Lázaro Barbosa é violado em Cocalzinho de Goiá


Apontado como assassino de uma famlia, Lázaro foi morto pela polícia após dias de perseguição, em 2021. Polícia investiga o caso.

g1 Goiás


Túmulo de Lázaro Barbosa é violado em Cocalzinho de Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil
O túmulo de Lázaro Barbosa, que passou 20 dias fugindo da polícia depois de ter matado uma família no Distrito Federal em junho de 2021, foi violado em Cocalzinho de Goiás, no noroeste do estado, nesta quarta-feira (15). Inicialmente, a polícia suspeitou que tivessem levado o crânio durante a violação, mas após perícia viu-se que o corpo estava intacto.

De acordo com o delegado Rafhael Barboza, a violação do túmulo foi denunciada à polícia pelo coveiro do cemitério local. A polícia não divulgou se o crime foi realizado por uma única pessoa ou por um grupo de pessoas.

Os nomes dos possíveis suspeitos, que devem responder pelos crimes de violação de sepultura e subtração de cadáver, também não foi divulgado pela polícia, por isso, o g1 não conseguiu localizar a defesa deles para um posicionamento

A Prefeitura de Cocalzinho, responsável pelo cemitério, foi procurada, mas não havia respondido até a última atualização desta reportagem.

VÍDEO: Lázaro Barbosa é levado para ambulância após ser capturado

Crimes e buscas por Lázaro Barbosa

Segundo as investigações, Lázaro, que tinha 32 anos, matou quatro pessoas de uma família em Ceilândia no dia 9 de junho de 2021. Ele fugiu para Cocalzinho de Goiás em um carro roubado.
 Desde então, ficava escondido na mata. A polícia disse que durante esse período, ele recebeu ajuda de familiares e um fazendeiro.

A Polícia Civil divulgou que concluiu todos os casos em que ele era investigado e eles foram arquivados. As buscas envolveram uma força-tarefa com mais de 200 agentes da segurança pública. A polícia divulgou que o fugitivo era suspeito de mais de 30 crimes em Goiás, Bahia e Distrito Federal. Entre eles estavam homicídio, estupro e roubo.

Durante as buscas a Lázaro, policias chegaram a trocar tiros com ele. Uma família foi feita refém e resgatada sem ferimentos da mata. No dia 28, após uma longa operação, ele entrou novamente em confronto com policiais em Águas Lindas de Goiás e acabou morrendo baleado.

Um vídeo mostra quando Lázaro chega em um carro da polícia à base da operação, em Cocalzinho de Goiás, é carregado até uma ambulância dos bombeiros e levado ao hospital (veja acima). Os militares comemoram o fim da operação.

Buscas por Lázaro Barbosa são feitas por mais de 200 policiais do DF e Goiás — Foto: TV Globo / Reprodução

Apoio ao fugitivo

O então secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, chegou a dizer que Lázaro agir como um jagunço para fazendeiros da região. A polícia também afirmou que havia uma organização criminosa agindo na região, com pessoas importantes, como empresários, fazendeiros e políticos. Porém, a polícia não conseguiu comprovar a existência desse grupo organizado ligado aos crimes cometidos por Lázaro.

Porém, durante a fuga, a polícia identificou uma rede de ajuda ao fugitivo. O grupo era composto pela ex-mulher dele, a mãe dela, a viúva de Lázaro e por um fazendeiro.

Elas tiveram contato com o procurado dias antes dele ser encontrado pela polícia e não o denunciaram. Elas falaram com ele pessoalmente ou por telefone, inclusive no dia do cerco final, horas antes dele ser baleado e morto.

Já o fazendeiro Elmi Caetano, de 74 anos, chegou a ser preso por abrigar Lázaro em sua fazenda, dando comida e local para que ele dormisse. Além disso, segundo as investigações, ele deu informações falsas à polícia para atrapalhar a operação. O fazendeiro morreu em março desse ano, vítima de câncer.

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