sábado, 5 de janeiro de 2013

Lula, o filho de dona Lindu, as enchentes e o SUS!



Lula, o Filho do Brasil - Um Asno

Quando votei em lula nas eleições de 2002, não o fiz porque a eficiente campanha deDuda Mendonça me convenceu da trajetória quase messiânica de sua vida. Votei porque não queria nenhum dos outros candidatos no comando do país e porque acreditei que, tendo Lula uma origem parecida com a de milhões de brasileiros, isso poderia influenciar na maneira como governaria o país. Nunca tinha assistido o filme de Fábio Barreto, "Lula, o filho do Brasil". Devo confessar, até mesmo por um mero capricho do preconceito, mas ao fazê-lo confirmei minhas razões. Comparando com as entrevistas do próprio Lula, o filme é uma tremenda e descarada ferramenta de marketing. Mas há algo de revelador nesse filme.

Dona Lindu e Aristides, pais de Lula - Um Asno
Dona Lindu e Aristides
O título do filme deveria, por justiça, ser mudado para "Dona Lindu, a mãe de Lula", tendo em vista que a verdadeira heroína da história é ela. Dona Eurídice Ferreira de Melo, a dona Lindu, que, como centenas de milhares de mães no Brasil, transformou cada uma de suas vicissitudes e limitações para garantir que seus oito filhos tivessem o melhor dela, padeceu sob várias circunstâncias de nosso país "nunca antes" e ainda subdesenvolvido. Lula, o filho que mais se destacou, como ele próprio afirma, herdou a bondade da mãe e a maldade do pai, Aristides Inácio da Silva que ainda cooperou para o crescimento demográfico em nosso país com mais dez filhos além dos oito com dona Lindu.

Um talento Lula sempre teve: a capacidade de falar às massas da maneira como ela quer ouvir! Mas, sua origem só aumentaria a responsabilidade de, ao menos, minimizar os problemas pelos quais ele próprio passou, enquanto escalava sua própria colina sob os ombros de trabalhadores sonhadores e famintos por um país mais justo. Falar de enchentes pelo país no início do ano é redundância! A própria dona Lindu teve de lamentar a perda de suas conquistas com uma... Falar de pessoas mal atendidas e mortas nos corredores dos SUS, nosso eterno Auschiwitz, é desperdiçar retórica, pois, uma vez no poder e com atendimento singularizado, governante nenhum volta a pensar no problema.

O país que Lula governou por oito anos ainda tem milhares de pessoas morrendo nos hospitais por falta de atendimento ou de precariedade, tal como a esposa e o filho que Lula perdeu... O país que Lula não ajudou a melhorar ainda perde centenas de pessoas e amarga vultosos prejuízos com enchentes país afora, tal como dona Lindu. O país, que durante 10 anos do "projeto de poder" de Lula, e que não avançou uma linha na direção do desenvolvimento concreto, ainda assiste imóvel ao desmoronamento de centenas de milhares de sonhos e planos dos brasileiros. Milhões de brasileiros continuam sendo humilhados em entrevistas torturantes para manter um ralo benefício oriundo do INSS... Raramente vencem a disputa com o DOI-CODI do Instituto Nacional do Seguro Social. A maioria volta pra casa em prantos devido ao bloqueio do benefício auferido. A indenização que ALGUNS! conquistam ao perder algum membro em decorrência do ofício não supri nem os cuidados necessários, quanto mais serviriam para comprar uma "casinha" como a que Lula conseguiu. Mérito do seu sindicato! Fora a aposentadoria por ter sido preso por um mês durante o regime ditatorial (como agitador, não perseguido político!).

Não vi mérito algum em se usar a trajetória de Lula como algo que o eleve acima dos cumpridores comuns do dever... Conheço centenas de brasileiros anônimos com história semelhante ou pior, mas que nunca deixaram o desejo de ser importante ser maior do que sua grandeza individual. Nenhum desses brasileiros aceitou acordos espúrios justificando ser a única maneira de realizar prodígios e conquistas. As maiores conquistas de Lula foram pessoais. A categoria que Lula defendeu nos tempos de sindicato prosperou um pouco (não porque seu líder promoveu as melhorias, mas porque foram unidos), mas ainda se obriga a ganhar a vida distante de um palanque; os trabalhadores braçais, cujo ofício Lula conheceu, enquanto esteve desempregado, ainda espremem suor de seus corpos; muitos brasileiros ainda morrem em hospitais por negligência e falta de estrutura suficiente e, por fim, as mães que, como dona Lindu, sacrificam suas vidas para amparar os filhos, continuam oprimidas pelos Aristides da vida... Só que esses não são seus maridos de fato! São as condições impostas pela ausência do governo na criação de oportunidades reais e desenvolvimento verdadeiro.

by umasno.com.br

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