sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Incerteza sobre se o presidente vai assumir novo mandato prossegue. Oposição exige que o governo divulgue informações sobre saúde do líder.


A uma semana da posse, cúpula da 




Venezuela está em Cuba com Chávez


Do G1, com agências internacionais


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A cúpula do governo da Venezuelaestava reunida em Havana, Cuba, nesta quinta-feira (3), a uma semana da data em que Hugo Chávez deve assumir seu quarto mandato. O presidente segue convalescendo em Cuba da cirurgia a que se submeteu a quase um mês, em meio à indefinição sobre o que ocorrerá se ele não puder assumir.
A última informação oficial ainda é da véspera, de que o quadro de Chávez é "estável dentro de seu quadro delicado", segundo Jorge Arreaza, ministro de Ciência e Tecnologia e também marido de uma das filhas do presidente.
Adán Chávez, o irmão de Chávez mais envolvido com política, viajou na véspera para Havana, onde também estava o vice-presidente Nicolás Maduro, herdeiro político de Chávez.
Adán Chavez, reeleito em 16 de dezembro governador do Estado de Barinas, oeste do país, foi embaixador em Cuba e ministro da Educação.

Além de Maduro e do irmão mais velho do presidente, estavam em Havana a procuradora geral e mulher de Chávez, Cilia Flores, e o genro do presidente
O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, também foi para Cuba, segundo a imprensa local.
Enquanto isso, em Caracas, a oposição pede que o governo publique um "diagnóstico e um prognóstico médico" sobre a saúde de Chávez, para saber se ele pode assumir seu novo mandato em 10 de janeiro.
Venezuelanos passam por pôster de Chávez nesta quinta-feira (3) em Caracas (Foto: AFP)Venezuelanos passam por pôster de Chávez nesta quinta-feira (3) em Caracas (Foto: AFP)
Ainda se desconhece qual câncer que aflige o líder socialista, a fase da doença, os órgãos afetados e que tipo de intervenção foi realizada na ilha, e Chávez não foi visto nem ouvido em público desde a cirurgia em 11 de dezembro.

"A versão oficial (sobre a saúde de Chávez), essa que oculta mais informações do que fornece e que vai, em partes, reconhecendo a complexidade do estado de saúde do presidente, é insustentável", disse nesta quarta-feira Ramón Guillermo Aveledo, secretário-executivo da coalizão opositora MUD.

O mandatário de 58 anos anunciou no começo de dezembro que um câncer na zona pélvica voltou a surgir e, dias depois, voltou à sala de operações em Cuba para uma delicada intervenção que durou seis horas.

Antes de partir para Havana, Chávez nomeou o vice-presidente Nicolás Maduro seu potencial sucessor, pondo em dúvida sua posse para o novo mandato, até 2019, que obteve em vitória nas urnas em 7 de outubro de 2011.
"Este silêncio é algo difícil de se entender. Dá a impressão que estão se preparando para uma transição, mas ao mesmo tempo obedecendo as tradições cubanas", explicou à France Presse a historiadora Margarita López Maya, em referência ao caráter secreto com o qual o governo de Raúl e Fidel Casto trata a informação oficial na ilha.
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