sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Você sabe o que é Inversão? Saiba identificar uma das técnicas mais comuns dos abusadores emocionais



Unsplash/Odonata Wellnesscenter


Além dos conceitos que têm origem na psicanálise clássica, o termo “inversão” muitas vezes tem sido reconhecido como fator importante para a desestabilização emocional da maioria das pessoas que estão envolvidas em tramas nas quais o abuso emocional impera.

Como acontece e o que significaria, então, o termo “inversão”, nessas tramas?

Antes de mais nada e como sempre, não devemos esquecer de que o abusador narcisista perverso vive em função só e unicamente de si mesmo. Então é bom estar desperto para saber que absolutamente todas as suas ações estão de acordo com os seus desejos de auto prazer, e, ainda nessa mesma vertente, na busca da sensação de magnanimidade. E para que esse intento ocorra, eles literalmente farão uso de todas as artimanhas possíveis para deixar quem estiver ao seu lado, sentindo-se diminuído, invalidado e depreciado. O porquê disso? Para fazer o contraponto e eles sentirem-se sendo os melhores. Observe: todos os abusadores dessa ordem são tão reféns dessa trama quanto as vitimas, ambos em cárceres. Por um lado, existe um abusador comandado por uma rede emocional inconsciente que o obriga a agir do modo que age, e do outro lado, um outro refém que é a vitima e que se encontra presa nessa trama também por questões emocionais, mas que na maioria das vezes não são tão obscuras quanto o estado patológico do abusador.

A inversão na trama abusiva, portanto, funciona como uma manipulação altamente sofisticada na qual todas as verdades explícitas que denunciam que o abusador é de fato um abusador, habilmente são invertidas em meio a argumentos fantasticamente exaustivos, que, por fim, conseguem a proeza de que as vítimas literalmente se acabem num terrível mal-estar emocional. Além de vencidas, chegam a sentir-se culpadas por terem pedido algum tipo de esclarecimento sobre atitudes injustas ou duvidosas. Em outras ocasiões, as vítimas ou se calam ou pedem desculpas, não sabendo o que fazer para atenuar os seus supostos erros, para que o abusador volte a melhorar o seu humor e para que o clima fique mais ameno…

Na inversão, o abusador literalmente inverte verdades no intuito de ficar com as rédeas de uma relação que vai se revelando em termos de controle e punição.

Podemos dizer que as manipulações, em geral, são atuações comandadas por processos inconscientes. Por exemplo, mesmo que o abusador tenha ciência de que não pagou uma conta e que a responsabilidade deveria ser dele pelo fato de ter esquecido, ainda assim poderá ficar furioso acusando esposa, filha, funcionário, ou quem que quer seja, de não tê-lo avisado, de não ter deixado a conta perto de seu campo de visão, criando um clima insuportável até que outros assumam o seu erro e até que as verdades sejam totalmente suprimidas. Se ele faz isso de modo consciente? Não!! Ele se percebe como uma vitima de pessoas “incompetentes” e “burras”, enfim, de pessoas que “não são boas o suficiente”. O abusador é drasticamente irascível exatamente por conta do seu mecanismo frenético e inconsciente de inversão.

123RF/Aleksandr Davydov

Por conta de um histórico de muito sofrimento, em determinado momento de sua existência, como mecanismo de sobrevivência para não surtar ou morrer de tristeza, desamparo, solidão etc.. Seu cérebro fez uso de um mecanismo que damos o nome de dissociação. Os aspectos dele, que percebe como negativos e ameaçadores, em algum momento se tornaram tão insuportáveis que, num processo inconsciente, a sua maquina biológica opta por cindir, jamais entrando em contato novamente com tais sentimentos e crenças. A grande questão é que o que fica escondido e ilhado dentro de si ainda está de algum modo incomodando. Como alivio das tensões, acaba sendo projetado para fora a ponto do abusador querer destruir aquilo que lhe pertence como significado de dor, no outro. A luta é pela sobrevivência de sua autoimagem, do belo e do magnânimo que ele exaustivamente e a todo custo quer e alucina ser.

Existe um ódio e um desdém que, em vez de ser direcionado a si mesmo, é invertido de todas as formas e maneiras no outro, sendo esse mecanismo totalmente inconsciente. O abusador não sente culpa e nem remorso, porque o mal está invertido para fora de si, e direcionado no outro.

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Violência contra a Mulher na Era Digital




Hoje, mais do que nunca, a violência digital avança em suas mais diversas formas de assédio e, dependendo da amplitude da persuasão, ela tem poder suficiente para persuadir mulheres de todas as idades, podendo levá-las a um triste final quando são ludibriadas por conversas que nada mais são do que meras articulações.

Outros tipos de violência na internet também surgem quando as vítimas passam pelos mais audaciosos tipos de humilhações e exposições. Abusadores ameaçam e chegam a postar fotos íntimas, muitas vezes tiradas sem que a própria vítima saiba, e por vezes ainda manipulam para que tais fotos apareçam em situações que nunca existiram.

A princípio, isso é exposto como manobra de chantagem juntamente com ameaças que literalmente podem ser cumpridas.

No universo virtual, assim como na vida externa a ele, existe muita má-fé e busca de dinheiro a qualquer custo, as linhas de ação pertencem exclusivamente a esse tipo de frequência, inclusive contando com aqueles que funcionam como verdadeiros psicopatas da internet, ocasionando incomensuráveis estragos em suas vítimas.

Muitas chantagens, extorsões, humilhações e agressões acontecem nesses bastidores ainda antes das ações se estenderem tela afora.

Devido aos tempos de confinamento em virtude do isolamento, da carência de afeto e do contato humano de muitos, infelizmente esse tipo de violência tem tido mais expressão e chances de acontecer. Vítimas seduzidas acabam indo a encontros físicos, colocando seriamente a vida em risco.

Todo o cuidado, portanto, é pouco e quanto mais se conhece sobre as possíveis manipulações, os tipos de encantamentos e seduções, mais fácil fica de se proteger.
Alex Green / Pexels

A dica geral é a de não entregar a história da própria vida nos primeiros, nem nos seguidos contatos. Por isso ouça antes, faça reflexões e perceba os sinais que a sua máquina biológica lhe envia, sempre levando a sério os avisos, pois eles podem evitar que danos maiores ocorram.

A era da internet pode ser excelente, mas jamais devemos nos esquecer de que ela também é morada de pessoas de má-fé. O perigo está muito mais próximo do que se pode imaginar e isso é uma situação alarmante que há poucos anos seria impensada.

As ameaças e as ações ainda incluem a propagação de imagens, ataques e exposições de privacidade quando internautas atuam como hackers ao invadir diálogos e demais situações pessoais.

As invasões vêm de pessoas mal-intencionadas, que agem como se pudessem entrar na casa das pessoas, abrindo à força portas íntimas e pessoais e fazendo todo tipo de trapaça.

Como medida de precaução, a mulher atual, antes de qualquer tipo de conversa mais íntima, deve ser cautelosa e buscar conhecer os perigosos caminhos que podem levar uma conversa que, incialmente, parecia ingênua. Além disso, a mulher deveria sempre evitar a exposição de qualquer tipo de intimidade.

Numa conversa online, aprender a ouvir mais, observar o que se ouve de modo mais crítico do que o usual e falar o menos possível sobre si mesma são atitudes valiosas.

Ao perceber que está sendo vítima de violência psicológica, de violência cibernética e por mais difícil que seja organizar provas, busque imediatamente por ajuda, denuncie o que está acontecendo e enfrente os desafios que, inicial e certamente, serão menos prejudiciais do que tentar resolver a situação sozinha.

Quanto mais despertos, melhor!


Quem são e como agem os psicopatas





Psicopatas são portadores de um transtorno emocional grave, com possíveis ações desmedidas chegando facilmente à violência física e, nos casos de maior adoecimento do psiquismo, em morte. O facilitador dessas condutas violentas é a ausência total de empatia, culpa ou remorso em tudo o que podem fazer que possa prejudicar os seus supostos semelhantes.

Psicopatas agem para a obtenção de prazer, mas são também reféns de seus mais obscuros mandatos, sem saberem que são. São forças do inconsciente malresolvidas e não elaboradas. Para eles as leis não têm importância alguma e não existe um sentido moral em suas.

Pessoas com esse tipo de adoecimento mental literalmente não desenvolvem a capacidade de amar, lidar com leis e com regras. Não aprendem com as experiências da vida e são totalmente autocentradas com seus desejos e pensamentos voltados apenas e tão somente para si mesmas.

Possuem tendência a terem comportamentos desmedidos que facilmente podem chegar tanto à violência física, como a atos delinquentes. Podemos definir alguns tipos de psicopatas, embora muitos dos psicopatas sociais, também perigosos, sejam de difícil detecção.

O psicopata social, ou comunitário, por exemplo, cumpre com poucos critérios de diagnóstico, mas mesmo assim não deixa de ser caracterizado como portador de psicopatia. Estes em sua maioria possuem inteligência acima da média e fazem uso dela para desenvolver suas estratégias de conduta.

Apesar de não terem empatia, conhecem suficientemente bem as leis sociais e as camuflam manipulando sabiamente as situações e ambientes para obterem benefícios em relação ao que desejarem. Podem ser agiotas, trapaceiros e literalmente acabarem com a vida de qualquer um em nome de conquistarem o que desejam.

São capazes de arruinar a vida de parceiros de trabalho, afetivos ou familiares. Podem ser ilícitos, com condutas desonestas e imorais, mas dificilmente são flagrados em suas ações. Se acaso forem parar na cadeia, serão os tais presos exemplares, os mais bem quistos e, em alguns casos, os mais temidos, e mesmo assim, fazendo com que todos duvidem de que possam ter feito algo para estar ali. São frios e insensíveis. Existem casos de alguns ex-cônjuges que decidem não pagar as pensões promulgadas pela lei, e quando têm ordem de prisão, facilmente passam um mês em cela, descansando.

A categoria de psicopata antissocial frequentemente é vista como um psicopata moderado e, como todos, sem empatia, frios e manipuladores. Estes, porém, devido à baixíssima resistência a frustração, abrem espaço para desenvolver seu lado sádico e violento.
Mitchel Lensink / Unsplash

Os serial killers estão neste espectro de psicopatas e as ações chocantemente violentas com animais e com as pessoas podem ficar sem controle, embora na maioria das vezes eles consigam desenvolver estratégias exemplares de enganação sobre as suas perigosas atitudes. Muitos se drogam e também usam sexo para causar sofrimento em suas vítimas. Geralmente são exemplares em sociedade, mostrando nos bastidores os seus aspectos mais obscuros.

Psicopatas narcisistas perversos ou carentes são altamente desleais e costumam usar as pessoas com que se relacionam, a princípio mostrando um ar de normalidade. Sabem como dissimular afeto e outros tipos de ações que envolvem a sedução, usando tudo como ponte para que, após o período da armadilha da sedução, possam explorar suas vítimas escolhidas em nome de terem os benefícios que desejarem.

Têm habilidade em serem manipuladores, inserindo culpas indevidas, diminuindo as suas autoestimas sem culpa ou arrependimento nenhum e sempre no intuito de fazerem com que fiquem como escravas deles. Traem de todas as formas e, se acaso são pegos em suas maldades, usam o fato para aprimorarem-se nas próximas.

Os mais raros de se encontrar são os psicopatas mais graves que matam com requinte de crueldade, são pessoas que agem de modo violento e assassinam com facilidade, os serial killers.

Os mais leves costumam ser os famosos golpistas, os tais sedutores, socialmente desenvoltos e que costumam enlouquecer suas vítimas com suas manipulações coercitivas e torturas psicológicas.

Quanto mais despertos, melhor!

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