sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Assim caminha a humanidade. by Deise




Ontem à noite comi o sushi mais caro da minha vida. Fui jantar com minha mãe no Restaurante Nirai, aquele que fica no mesmo casarão do Macunaíma. Chegamos por volta das 18h50, entreguei o carro ao manobrista da empresa Souza Park. Assim que fiz meu primeiro prato, me dei conta que havia esquecido o celular dentro do carro, para o meu azar. Da mesa mesmo comecei a ligar para ele, que já estava desligado. Não fiz nem alarde, apenas fui pedir a chave do carro dizendo que queria pegar algo que havia esquecido. Me entregaram e fui na rua ao lado da padaria onde eles costumam estacionar o carro. Olhei de trás para frente e, óbvio, meu celular não estava mais.

Chamei o gerente do Nirai e ele disse que não era responsabilidade da casa, que eu procurasse o gerente do Souza Park, chamado Itamar. Fui procurá-lo, ele me atendeu e eu expliquei a situação para ele, que verificou no recibo o nome do manobrista, Ricardo, e o chamou. Ele disse que não viu celular nenhum, e ainda disse que não foi ele que pegou a chave do carro comigo. Segundo ele, a chave do carro já estava do lado de fora no pára-brisa.

Eu disse ao gerente que iria me manter calma e que não ia fazer alarde,como em nenhuma hora fiz. O próprio Itamar reconheceu minha postura e comentou que eu realmente estava mantendo a calma que e que reconhecia que minha intenção era apenas resolver o caso. Ele pediu para que eu entrasse no restaurante e voltasse a comer enquanto ele conversaria com a equipe, um por um. Eu concordei e disse mais uma vez que não queria confusão, que nem queria saber quem havia pegado, queria só o meu celular de volta.

Voltei para o restaurante e o gerente do Nirai continuou despreocupado e não veio falar comigo em nenhum momento, nem para saber se havia resolvido, se podia ajudar, ou se eu precisava de alguma coisa. Nada.

Após pagar a conta do rodízio, bagatela de R$ 66,00, fui ao estacionamento e, lógico, a resposta que obtive foi a de “ninguém” pegou. Itamar, o gerente, me disse que estava tentando falar com um dos sócios que, segundo ele, se chama Bruno. Não conseguiu contatá-lo e me pediu 24 horas para resolver. Opa, 24 horas para resolver? Vocês acham que eu deveria dar esse prazo? Claro que não, né?

Chamei a policia e veio uma viatura com duas mulheres e um homem. A equipe foi muito solícita e se mostraram dispostos a me ajudar a todo instante. A policial Emilia me disse que ia conversar também com o gerente do Nirai (aquele que me ignorou a noite toda), porque o restaurante tem sim responsabilidade também, já que contratou a Souza Park.


Todos nós fomos discretos, inclusive os policiais, mas para a surpresa da policial também, o gerente do Nirai disse que tinha muitos clientes (ele resolveu aparecer). Ah , isso foi depois da policial sugerir um acordo, dizendo que o restaurante tinha um nome a zelar, que podia ser que eu jogasse isso na imprensa e que iria prejudicar o restaurante. Diante da policial, o gerente Itamar, do Souza Park, argumentou que naquele recibo consta “ Não nos responsabilizamos por objetos e acessórios deixados dentro do carro, blá blá blá”. Então pera aí!! Quer dizer que se o carro for arrombado e levarem um banco, a empresa, que você está pagando CARO R$ 5,00, não se responsabiliza por isso? E o estabelecimento Nirai,onde você pagou CARO R$ 32,99(valor do rodízio por pessoa), também não se responsabiliza pelo seu prestador de serviço?

A policial me perguntou se eu queria levar adiante o caso e me levou para a delegacia. Fomos em duas e nada. Depois da segunda tentativa, o comissário disse que tenho que esperar até amanhã (sexta, 04) para ir à delegacia do Cordeiro prestar queixa, ai todos serão ouvidos, um a um.

O desgaste foi tão grande, que talvez eu deixasse pra lá, mas dessa vez não vou fazer, principalmente por conta do valor do celular, um Galaxy SII. Quero o meu dinheiro de volta, seja do Nirai ou do Souza Park, vou sim à delegacia agora à tarde e irei levar adiante, cabe a investigação decidir quem deve me ressarcir.

Bom, conto com a ajuda de vocês para que me ajudem a divulgar esse desrespeito humano e ao consumidor – vou à Delegacia do Consumidor também!. Não só isso. Compartilho para que vocês não sejam vítimas também.

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