sábado, 13 de setembro de 2025

Ressonância Schumann: O “pulso da Terra” segue ativo — o que mostram os dados reais

  Entre rumores de “apagão” e gráficos fora do ar, o fenômeno eletromagnético que conecta relâmpagos e a ionosfera continua medido ao vivo em estações internacionais.   


by Deise Brandão

O que é a Ressonância Schumann

Chamado popularmente de “pulso da Terra”, a Ressonância Schumann é um conjunto de frequências eletromagnéticas que vibram naturalmente na cavidade entre a superfície do planeta e a ionosfera.
O modo fundamental está por volta de 7,83 Hz, com harmônicos em 14 Hz, 20 Hz, 26 Hz etc. Esses sinais são gerados principalmente pelas descargas elétricas dos raios, circulando o globo milhares de vezes por dia.

De onde vem o boato do “apagão”

Nos últimos dias, redes sociais e grupos de mensagens compartilharam gráficos com manchas brancas ou faixas verticais, afirmando que a Ressonância Schumann “parou”.
Esses “whiteouts” normalmente significam falhas temporárias de transmissão de dados, saturação dos sensores ou manutenção do servidor — não a extinção do fenômeno físico.

Por que a frequência varia (sem “desligar”)

A intensidade do sinal oscila conforme:

- atividade elétrica atmosférica (mais tempestades = sinal mais forte);
- condições da ionosfera influenciadas pelo Sol (flares, tempestades geomagnéticas);
 - interferências técnicas ou ruídos locais.

Isso significa que o gráfico pode parecer estranho — mas o “pulso” permanece.

Como ler os gráficos sem cair em alarmes falsos

- Manchas brancas não são apagão cósmico: indicam perda ou saturação de dados.
- Linhas horizontais fracas ≠ fim da ressonância: apenas amplitude baixa naquele momento.
- Olhe múltiplas fontes: se um site caiu, outros continuam operando.

Conexão com espiritualidade e ciência

Nada impede quem associa a Ressonância Schumann a aspectos simbólicos ou espirituais, mas é importante separar fenômeno físico mensurável de interpretações pessoais.
A ciência observa um sinal eletromagnético global; efeitos diretos no corpo humano ou “saltos quânticos” de consciência são hipóteses sem comprovação.

O pulso continua

Enquanto os posts circulam, os instrumentos continuam funcionando:

  • Estação de Tomsk (Rússia): espectrogramas atualizados com frequências, amplitudes e fator-Q. As curvas seguem ativas.

  • Estação de Cumiana (Itália): monitoração contínua em 0–50 Hz, com gráficos explicados pelo próprio operador.

  • Rede Global GCMS (HeartMath): magnetômetros em seis países exibindo hora a hora o “Schumann Resonances Power”.

Em todas elas, as linhas correspondentes ao modo fundamental e aos harmônicos aparecem — ora mais fortes, ora mais fracas, mas presentes.

Mesmo em tempos de incerteza, a física do planeta não para. Relâmpagos continuam a riscar o céu, a ionosfera permanece refletindo ondas e a Ressonância Schumann segue vibrando, como sempre — apenas os gráficos às vezes falham. Na prática: o “pulso da Terra” não desligou.

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Se tudo é urgente, nada é prioridade

 


by Deise Brandão

Setembro sempre chega com cara de recomeço, de florescimento, mas tb nosmostra a contagem regressiva: prazos apertados, projetos acumulados e a sensação de que o ano inteiro precisa caber em poucas semanas. É nesse ritmo acelerado que muitas pessoas acabam colocando na agenda a etiqueta “urgente” em tudo, como se isso fosse resolver o problema. Mas será que funciona?

A verdade é simples e incômoda: quando tudo é urgente, nada é urgente de fato. Essa confusão de prioridades não só nos estressa, como compromete a qualidade do que entregamos e até nossa saúde mental.

A armadilha da urgência permanente

Viver em modo “emergência” é viver no automático. A cada nova tarefa marcada como urgente, perdemos um pouco da clareza sobre o que realmente importa. E, sem clareza, qualquer meta parece inalcançável — ou, pior, se transforma em mais uma cobrança.

Planejar é, antes de tudo, reconhecer limites. É escolher, conscientemente, onde colocar energia. Não é sobre fazer tudo, mas sobre fazer o que é essencial com presença e qualidade.

Como sair do ciclo de correria

*    Revisite suas metas. Antes de aceitar uma tarefa como urgente, pergunte: ela me leva mais perto do meu objetivo?

*    Crie categorias. Nem tudo tem o mesmo peso. Diferencie o que é importante do que é apenas imediato.

*    Delegue ou elimine. Se uma tarefa não traz impacto relevante, talvez ela não precise estar na sua lista — ou pode ser delegada.

*    Defina margens de respiro. Em vez de lotar a agenda, planeje intervalos. Pausas são estratégicas, não perda de tempo.

Usar métodos visuais para organizar prioridades

 A Matriz Esforço x Impacto, por exemplo, cruza o tempo exigido com o resultado esperado e mostra onde vale investir. A Matriz de Eisenhower ajuda a separar urgência de importância e delegar o que não é essencial. Há ainda a Matriz BÁSICO, que classifica tarefas em critérios objetivos (benefícios, abrangência, satisfação do cliente, investimento, operacionalidade) e dá uma pontuação para cada uma.

O método é menos importante que a consciência de uso: ferramentas são bússolas, não grilhões. Elas servem para te dar perspectiva, não para engessar seu dia a dia.

Escolha seu ritmo

Fim de ano não precisa ser sinônimo de caos. Ao rever prioridades e recusar o mito de que tudo é urgente, ganhamos foco, qualidade e tranquilidade. Planejar é um ato de autonomia: tu decide onde colocar seu tempo, seu talento e sua energia.

E lembre-se: a produtividade verdadeira não está em fazer mais, mas em fazer melhor — no tempo certo, pela razão certa. 

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Sete Além: A Cidade que Não Existe (ou Existe Demais)

 

by Deise Brandão

Uma Lenda Digital que Virou Obsessão

Entre os mistérios que circulam na internet, poucos são tão intrigantes quanto o de Sete Além. Descrito como uma espécie de cidade paralela, ou uma versão distorcida da realidade, o nome surgiu em fóruns e blogs no início dos anos 2000. Desde então, relatos de pessoas que afirmam ter “visitado” esse lugar se multiplicaram, criando uma mitologia urbana moderna.

Sete Além não é encontrada em mapas, não tem localização oficial e tampouco existe registro histórico — mas aparece em experiências pessoais narradas com riqueza de detalhes.

Como é Sete Além?

Segundo testemunhos, Sete Além seria uma cidade semelhante às nossas, mas com diferenças perturbadoras:

  • Pessoas estranhas: olhares fixos, semblantes vazios, comportamentos desconexos.

  • Ambiente distorcido: ruas e prédios familiares, mas sempre com algo deslocado — placas inexistentes, cores desbotadas, arquitetura incoerente.

  • Sensação de aprisionamento: quem entra sente dificuldade em sair, como se fosse observado ou “retido” pelo lugar.

Em muitos relatos, os visitantes chegam a Sete Além por acidente — pegando o metrô errado, entrando em um ônibus estranho, ou até atravessando uma rua que de repente “não leva a lugar nenhum conhecido”.

O Primeiro Relato Conhecido

Um dos depoimentos mais famosos é de um usuário que, ao pegar o metrô em São Paulo, percebeu que os passageiros não se pareciam com pessoas comuns. Tinham expressões fixas e olhares penetrantes. Assustado, desceu em uma estação desconhecida, com placas indicando “Sete Além”. Depois disso, nunca conseguiu reencontrar o local.

Esse relato ganhou força nas redes, alimentando fóruns e vídeos, e deu origem ao mito moderno.

Teorias Sobre Sete Além

As explicações para o fenômeno variam, indo do psicológico ao sobrenatural:

  • Dimensão paralela: Sete Além seria uma realidade vizinha à nossa, acessada por acaso em momentos de falha entre os mundos.

  • Experiência psicológica coletiva: memórias falsas, lapsos de percepção ou sonhos lúcidos confundidos com realidade.

  • Teste social: alguns acreditam que tudo começou como uma grande experiência narrativa, criada para ver até onde as pessoas embarcariam.

  • Conexão espiritual: para os mais místicos, Sete Além seria uma “antesala” entre a vida e a morte, um espaço liminal.

Fascínio e Medo

O enigma de Sete Além ganhou documentários, podcasts e até produções literárias. Ele mexe com algo muito humano: a sensação de que o mundo que conhecemos não é tão estável quanto parece.

Talvez Sete Além seja apenas um mito digital. Talvez seja uma metáfora para os lugares estranhos e desconfortáveis que às vezes visitamos dentro de nós mesmos. Mas, para quem afirma ter estado lá, a experiência foi tão real quanto qualquer cidade de verdade.

O Som Misterioso da Terra: Fenômeno Real ou Lenda Urbana?

 

by Dei8se Brandão

O Enigma que Ecoa pelo Mundo

Nos últimos anos, relatos vindos de diferentes partes do planeta chamaram a atenção de cientistas, jornalistas e curiosos: um som grave, metálico, quase como um trompete, teria sido ouvido em várias cidades, muitas vezes durante a madrugada ou o amanhecer. O fenômeno ficou conhecido como The Hum (“o zumbido”) ou simplesmente como o som misterioso da Terra.

Vídeos gravados por moradores em países como Canadá, Rússia, Alemanha, Ucrânia, Estados Unidos e até no interior do Brasil mostram ruídos inexplicáveis, descritos como um “ronco profundo”, um “sopro metálico” ou um “eco de trombeta vindo do céu”.

O Que Diz a Ciência

Apesar de parecer coisa de lenda urbana, os registros existem e dividem a opinião de especialistas. Algumas hipóteses levantadas incluem:

  • Atividade geológica: vibrações no subsolo, tremores de baixa intensidade ou movimentação de placas tectônicas.

  • Fenômenos atmosféricos: ventos de grande altitude que geram ressonâncias incomuns.

  • Infra-som industrial: máquinas pesadas, mineração ou até tráfego aéreo podem produzir sons abaixo da frequência da audição humana, mas perceptíveis em determinadas condições.

  • Efeito psicológico/coletivo: alguns pesquisadores sugerem que pode ser um caso de histeria coletiva ou de percepção auditiva seletiva.

Ainda assim, nenhum estudo conseguiu explicar todos os casos registrados — especialmente aqueles gravados em áreas afastadas, sem indústrias ou movimentações urbanas.

O Som no Imaginário Popular

Enquanto a ciência busca respostas, a cultura popular abraçou o mistério:

  • Muitos associam o som ao Apocalipse bíblico, lembrando as “trombetas dos anjos” descritas no Livro de Apocalipse.

  • Outros falam em sinais de extraterrestres, um tipo de comunicação ou teste de tecnologia avançada.

  • Há quem veja como aviso da própria Terra, um grito simbólico diante das mudanças climáticas e da exploração desenfreada.

O fenômeno se tornou material para documentários, canais de mistério no YouTube e até obras de ficção.

Casos no Brasil

No Brasil, há registros em estados como Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.
Moradores relataram um som semelhante a um “trem que nunca chega” ou a um “avião parado no céu”. Em Santa Catarina, um caso de 2022 chegou a ser investigado por autoridades, mas terminou sem explicação oficial.

Mistério em Aberto

O som misterioso da Terra permanece sem uma resposta definitiva. É um fenômeno atmosférico natural? Uma ilusão coletiva? Ou algo que foge do nosso entendimento científico atual?

Seja qual for a explicação, a verdade é que esses sons — reais ou imaginados — tocam em um ponto profundo do ser humano: o medo do inexplicável e a fascinação pelo desconhecido.

Os Arquivos Secretos do Vaticano: O Cofre do Conhecimento Proibido

 

by Deise Brandão

O Que São os Arquivos Secretos?

No coração de Roma, sob os domínios da Santa Sé, existe uma das coleções mais enigmáticas do mundo: os chamados Arquivos Secretos do Vaticano (Archivum Secretum Apostolicum Vaticanum).
Apesar do nome, “secreto” não significa “proibido”, mas sim “privado”. Ainda assim, o mistério em torno do que é guardado ali alimenta teorias há séculos.

Com mais de 80 km de prateleiras subterrâneas e milhares de documentos, trata-se de uma das maiores concentrações de manuscritos históricos do planeta, cobrindo mais de 12 séculos.

O Que Está Guardado Lá Dentro

Entre os documentos conhecidos, estão:

  • Cartas de reis, imperadores e cientistas para os papas.

  • O pedido de anulação do casamento de Henrique VIII (que levou à criação da Igreja Anglicana).

  • O processo da Inquisição contra Galileu Galilei.

  • Correspondências sobre a escravidão nas Américas e as Grandes Guerras.

Mas o que chama mais atenção é aquilo que não sabemos: registros ainda inacessíveis ao público, trancados por regras rígidas de confidencialidade.

Por Que Tanto Segredo?

O Vaticano autoriza consultas, mas apenas para pesquisadores credenciados, com pedidos específicos e aprovados. Não existe acesso livre.
Essa seletividade alimenta o imaginário popular: o que a Igreja não quer que o mundo veja?

As Teorias Mais Chamativas

As hipóteses sobre o conteúdo “oculto” dos arquivos variam entre o histórico e o conspiratório:

  • Documentos apócrifos: evangelhos nunca revelados ao público.

  • Provas de contato extraterrestre: registros de objetos e fenômenos celestes interpretados pela Igreja.

  • Segredos políticos: informações que poderiam abalar governos e alianças.

  • Revelações espirituais: textos que alterariam a compreensão do cristianismo.

Até hoje, nada disso foi confirmado — mas o mistério cresce justamente porque quase ninguém tem acesso completo ao acervo.

Fascínio e Desconfiança

Os Arquivos Secretos do Vaticano representam o ponto exato onde história documentada e mistério conspiratório se encontram.
São um lembrete de que a Igreja Católica, além de instituição religiosa, é também uma das maiores guardiãs de conhecimento da humanidade.

Se o que está lá dentro é apenas burocracia e história comum, ou se há manuscritos capazes de reescrever o passado, talvez nunca saibamos.
E é esse limite entre o possível e o proibido que faz dos Arquivos do Vaticano um dos maiores mistérios do nosso tempo.

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Quando o Estado Queima as Vítimas em Vida: O Caso dos Pais Injustamente Presos em Passo Fundo

 

Tatiele Goulart Guimarães e Luan dos Santos foram inocentados da morte do filho, Arthur
Imagem: Reprodução/RBSTV

O Julgamento que Virou Reparação

Na última sexta-feira (22), um júri em Passo Fundo absolveu Luan dos Santos e Tatiele Goulart Guimarães, pais do bebê Arthur Goulart dos Santos, morto em 2023 após um engasgo em casa. O casal passou dois anos atrás das grades, acusado injustamente de homicídio qualificado, até que a Justiça finalmente reconheceu: a morte do bebê foi consequência de falhas médicas, não de um crime cometido pelos pais.

A decisão, embora tardia, expôs mais uma vez um modus operandi recorrente no Rio Grande do Sul: transformar vítimas em culpados, queimando-as em vida antes que a verdade venha à tona.

Do Desespero à Prisão

Na madrugada de 31 de maio de 2023, Arthur, com apenas 44 dias de vida, engasgou.
O pai, Luan, entrou em desespero: tentou respiração boca a boca, aplicou tapas nas costas do bebê e chamou o Samu. O socorro, segundo ele, demorou horas para chegar.

Arthur foi reanimado e levado ao Hospital São Vicente de Paulo, mas dias depois não resistiu. Lesões no corpo, associadas às manobras de socorro, levantaram suspeitas — e rapidamente os pais passaram de desesperados a acusados.

O Conselho Tutelar foi acionado, a Polícia Civil abriu investigação e o Ministério Público denunciou o casal por homicídio qualificado. Em julho, eles foram presos preventivamente.

A Falha Médica Reconhecida

Durante o julgamento, a defesa apresentou contradições nos prontuários e denunciou a negligência hospitalar:

  • Demora no atendimento: Arthur ficou da meia-noite ao meio-dia sem acesso a uma vaga de UTI.

  • Evolução do quadro: quando finalmente entrou na UTI, já estava com morte encefálica.

A Defensoria Pública foi incisiva: não se tratava de violência familiar, mas de uma sucessão de erros médicos e institucionais. O próprio Ministério Público recuou, pedindo a desclassificação para homicídio culposo. Ao final, os jurados absolveram os pais.

Dois Anos Arrancados

Enquanto aguardavam pelo julgamento, Luan foi enviado para a Penitenciária de Canoas e Tatiele para a de Guaíba. Ela, mãe de outras duas crianças, ficou dois anos sem ver os filhos. O reencontro aconteceu apenas na sala do júri — marcado por lágrimas, dor e alívio.

Luan, recém-libertado, já conseguiu emprego. Sua fala após o julgamento ecoa como denúncia e resistência:

“Isso mostra que somos trabalhadores, cidadãos de bem. Não fizemos mal algum, principalmente ao nosso filho.”

O Padrão Gaúcho: Vítimas Como Réus

Este caso não é isolado. Ele reflete um padrão de violência institucional no Rio Grande do Sul:

  • Falhas médicas ou institucionais se transformam em acusação contra cidadãos comuns.

  • Famílias em situação de dor são revitimizadas pelo sistema de justiça.

  • A lógica é inverter papéis: o Estado falha, mas é a vítima quem paga.

É o que muitos chamam de “queimar em vida” — condenar inocentes antes da sentença, destruindo reputações, lares e futuros.

O Que Fica

A absolvição de Luan e Tatiele não apaga os dois anos de cárcere, nem o trauma de perder um filho em circunstâncias trágicas. Mas expõe, mais uma vez, a engrenagem de um sistema que, em vez de proteger, oprime.

Enquanto não houver responsabilização de verdade — de gestores públicos, serviços de saúde e autoridades que alimentam essa máquina de injustiça —, casos como o deles continuarão a se repetir.

E o modus operandi do RS seguirá firme: transformar vítimas em réus, e réus em exemplos de um Estado que pune quem deveria proteger.

Que sejam mais forte do que um Sistema Estatal completamente podre e consigam seguir adiante. 

CICADA 3301: O Maior Mistério da Internet

 


by Deise Brandão

O Início do Enigma

Em janeiro de 2012, um estranho post anônimo apareceu no 4chan. A mensagem dizia:

"Olá. Estamos procurando indivíduos altamente inteligentes. Para encontrá-los, criamos um teste. Há uma mensagem escondida nesta imagem. Encontre-a e você estará no caminho para nos encontrar. Boa sorte."

Assinada apenas como CICADA 3301, a publicação dava início a uma das maiores caçadas digitais da história da internet. O desafio rapidamente chamou a atenção de hackers, criptógrafos, linguistas e curiosos do mundo inteiro.

Quebra-Cabeça Multidisciplinar

O enigma não era apenas um teste de informática. Ele envolvia:

  • Criptografia: mensagens ocultas em imagens (esteganografia), cifras complexas e códigos binários.

  • Literatura e Filosofia: referências a obras de William Blake, filosofia gnóstica e manuscritos medievais.

  • Música e Arte: partituras enigmáticas, runas e símbolos.

  • Cultura Global: pistas escondidas em diferentes países, coordenadas que levavam a cartazes colados em cidades como Paris, Varsóvia, Sydney e Seul.

Era uma espécie de caça ao tesouro global, que misturava mundo físico e digital.

As Edições do CICADA

O enigma não aconteceu apenas uma vez. Houve pelo menos três rodadas conhecidas:

  1. 2012 – O primeiro desafio, que revelou o nome "CICADA 3301" ao mundo.

  2. 2013 – Um segundo conjunto de enigmas ainda mais sofisticado, envolvendo sites na deep web e cifras complexas.

  3. 2014 – A última aparição pública confirmada do grupo.

Depois disso, novos desafios foram atribuídos ao CICADA, mas muitos especialistas acreditam que eram falsificações.

Quem Está por Trás?

Até hoje, ninguém sabe ao certo quem ou o que é o CICADA 3301. Entre as principais teorias:

  • Recrutamento secreto: seria um processo seletivo de agências de inteligência como CIA, NSA ou MI6.

  • Sociedade secreta digital: uma ordem moderna de pensadores, hackers e criptógrafos.

  • Hacktivismo: grupo semelhante ao Anonymous, mas com foco em criptografia e privacidade.

  • Arte enigmática: apenas uma grande performance artística, destinada a provocar reflexão.

Alguns participantes afirmam ter chegado até a etapa final e recebido convites para fóruns privados, mas nunca houve confirmação oficial.

O Legado

Mesmo sem respostas definitivas, o CICADA 3301 deixou sua marca na cultura digital:

  • Tornou-se lenda da deep web e da cultura hacker.

  • Inspirou documentários, livros e inúmeros vídeos no YouTube.

  • Levantou debates sobre anonimato, liberdade digital e o poder da criptografia.

Mais do que um enigma, o CICADA 3301 simboliza o fascínio humano pelo mistério e pela busca de conhecimento oculto.

Conclusão

Mais de uma década depois, o CICADA 3301 continua sem solução definitiva. Ninguém sabe quem estava por trás dos enigmas — se um governo, uma sociedade secreta ou apenas um grupo de mentes brilhantes brincando com a curiosidade global.

O certo é que o CICADA 3301 mostrou o quanto a internet pode ser um terreno fértil para mistérios e para a criação de mitos modernos.

E talvez seja exatamente essa falta de resposta que mantém o enigma vivo até hoje.

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