Shows acontecem em Belo Horizonte, Goiânia e Fortaleza, em maio. Informações sobre ingressos vão ser divulgadas na próxima semana.
Do G1, em São Paulo
Paul McCartney se apresenta no concerto final do Jubileu da rainha em Londres (Foto: Joel Ryan/AP)
ex-Beatle Paul McCartney vai fazer três shows no Brasil em maio, informa a assessoria de imprensa da produtora Planmusic Entretenimento nesta sexta-feira (22). As apresentações acontecem em Belo Horizonte, Goiânia e Fortaleza.
De acordo com a nota, informações sobre preços de ingressos e início das vendas vão ser divulgadas na próxima semana. Ainda não há confirmação das datas da turnê.
A apresentação estaria marcada para o dia 3 de maio no Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão. "Ele virá falar uai. Confirmado! 1º show da nova turnê de Paul McCartney, dia 03/05 no Mineirão", escreveu o secretário no post .
Em 1327 William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk (Christian Slater), um noviço que o acompanha, chegam a um remoto mosteiro no norte da Itália. William de Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários assassinatos que acontecem no mosteiro. William de Baskerville começa a investigar o caso, que se mostra bastante intrincando, além dos mais religiosos acreditarem que é obra do Demônio. William de Baskerville não partilha desta opinião, mas antes que ele conclua as investigações Bernardo Gui (F. Murray Abraham), o Grão-Inquisidor, chega no local e está pronto para torturar qualquer suspeito de heresia que tenha cometido assassinatos em nome do Diabo. Considerando que ele não gosta de Baskerville, ele é inclinado a colocá-lo no topo da lista dos que são diabolicamente influenciados. Esta batalha, junto com uma guerra ideológica entre franciscanos e dominicanos, é travada enquanto o motivo dos assassinatos é lentamente solucionado.
Estranhas mortes começam a ocorrer num mosteiro beneditino localizado na Itália durante a baixa idade média, onde as vítimas aparecem sempre com os dedos e a língua roxos. O mosteiro guarda uma imensa biblioteca, onde poucos monges tem acesso às publicações sacras e profanas. A chegada de um monge franciscano (Sean Conery), incumbido de investigar os casos, irá mostrar o verdadeiro motivo dos crimes, resultando na instalação do tribunal da santa inquisição.
INTRODUÇÃO
A Baixa Idade Média (século XI ao XV) é marcada pela desintegração do feudalismo e formação do capitalismo na Europa Ocidental. Ocorrem assim, nesse período, transformações na esfera econômica (crescimento do comércio monetário), social (projeção da burguesia e sua aliança com o rei), política (formação das monarquias nacionais representadas pelos reis absolutistas) e até religiosas, que culminarão com o cisma do ocidente, através do protestantismo iniciado por Martinho Lutero na Alemanha em 1517.
Culturalmente, destaca-se o movimento renascentista que surgiu em Florença no século XIV e se propagou pela Itália e Europa, entre os séculos XV e XVI. O renascimento, enquanto movimento cultural, resgatou da antigüidade greco-romana os valores antropocêntricos e racionais, que adaptados ao período, entraram em choque com o teocentrismo e dogmatismo medievais sustentados pela Igreja.
No filme, o monge franciscano representa o intelectual renascentista, que com uma postura humanista e racional, consegue desvendar a verdade por trás dos crimes cometidos no mosteiro.
1. Contextualização
Discussão dos elementos formadores da cultura moderna, o surgimento do pensamento moderno, no período da transição da Idade Média para a Modernidade.
O Filme
O Nome da Rosa pode ser interpretado como tendo um caráter filosófico, quase metafísico, já que nele também se busca a verdade, a explicação, a solução do mistério, a partir de um novo método de investigação. E Guilherme de Bascerville, o frade fransciscano detetive, é também o filósofo, que investiga, examina, interroga, duvida, questiona e, por fim, com seu método empírico e analítico, desvenda o mistério, ainda que para isso seja pago um alto preço.
O Tempo
Trata-se do ano 1327, ou seja, a Alta Idade Média. Lá se retoma o pensamento de Santo Agostinho (354-430), um dos últimos filósofos antigos e o primeiro dos medievais, que fará a mediação da filosofia grega e do pensamento do início do cristianismo com a cultura ocidental que dará origem à filosofia medieval, a partir da interpretação de Platão e o neoplatonismo do cristianismo. As teses de Agostinho nos ajudarão a entender o que se passa na biblioteca secreta do mosteiro em que se situa o filme.
Doutrina Cristã
Neste tratado, Santo Agostinho estabelece precisamente que os cristãos podem e devem tomar da filosofia grega pagã tudo aquilo que for importante e útil para o desenvolvimento da doutrina cristã, desde que seja compatível com a fé (Livro II, B, Cap. 41). Isto vai constituir o critério para a relação entre o cristianismo (teologia e doutrina cristã) e a filosofia e a ciência dos antigos. Por isso é que a biblioteca tem que ser secreta, porque ela inclui obras que não estão devidamente interpretadas no contexto do cristianismo medieval. O acesso à biblioteca é restrito, porque há ali um saber que é ainda estritamente pagão (especialmente os textos de Aristóteles), e que pode ameaçar a doutrina cristã. Como diz ao final Jorge de Burgos, o velho bibliotecário, acerca do texto de Aristóteles – a comédia pode fazer com que as pessoas percam o temor a Deus e, portanto, faz desmoronar todo esse mundo.
2. Disputa de Filosofia
Entre os séculos XII e XIII temos o surgimento da escolástica, que constitui o contexto filosófico-teológico das disputas que se dão na abadia em que se situa O Nome da Rosa. A escolástica significa literalmente "o saber da escola", ou seja, um saber que se estrutura em torno de teses básicas e de um método básico que é compartilhado pelos principais pensadores da época.
2.1 Influência aos Pensamentos
A influência desse saber corresponde ao pensamento de Aristóteles, trazido pelos árabes (mulçumanos), que traduziram muitas de suas obras para o latim. Essas obras continham saberes filosóficos e científicos da Antigüidade que despertariam imediatamente interesses pelas inovações científicas decorrentes.
2.2 Consolidação Política
A consolidação política e econômica do mundo europeu fazia com que houvesse uma maior necessidade de desenvolvimento científico e tecnológico: na arquitetura e construção civil, com o crescimento das cidades e fortificações; nas técnicas empregadas nas manufaturas e atividades artesanais, que começam a se desenvolver; e na medicina e ciências correlatas.
2.3 Pensamento Aristotélico
O saber técnico-científico do mundo europeu era nesta época extremamente restrito e a contribuição dos árabes será fundamental para este desenvolvimento pelos conhecimentos de que dispunham de matemática, de ciências (física, química, astronomia, medicina) e de filosofia. O pensamento agora (Aristotélico) será marcado pelo empirismo e materialismo.
3. A Época
O enredo desenvolve-se na ultima semana de 1327, num monastério da Itália medieval. A morte de sete monges em sete dias e noites, cada um de maneira mais insólita - um deles, num barril de sangue de porco, é o motor responsável pelo desenvolvimento da ação. A obra é atribuída a um suposto monge, que na juventude teria presenciado os acontecimentos.
Este filme é uma crônica da vida religiosa no século XIV, e relato surpreendente de movimentos heréticos. Para muitos críticos, o nome da rosa é uma parábola sobre a Itália contemporânea. Para outros, é um exercício monumental sobre a mistificação.
4. O Título
A expressão "O nome da Rosa" foi usada na Idade Média significando o infinito poder das palavras. A rosa subsiste seu nome, apenas; mesmo que não esteja presente e nem sequer exista. A " rosa de então" , centro real desse romance, é a antiga biblioteca de um convento beneditino, na qual estavam guardados, em grande número, códigos preciosos: parte importante da sabedoria grega e latina que os monges conservaram através dos séculos.
5. Blibioteca do Mosteiro
Durante a Idade Média umas das práticas mais comuns nas bibliotecas dos mosteiros eram apagar obras antigas escritas em pergaminhos e sobre elas escreve ou copiar novos textos. Eram os chamados palimpsestos, livretes em que textos científicos e filosóficos ma Antigüidade clássica eram raspados das páginas e substituídos por orações rituais litúrgicos.
O nome da rosa é um livro escrito numa linguagem da época, cheio de citações teológicas, muitas delas referidas em latim. É também uma crítica do poder e do esvaziamento dos valores pela demagogia, violências sexuais, os conflitos no seio dos movimentos heréticos, a luta contra a mistificação e o poder. Uma parábola sangrenta patética da história da humanidade
Baseado: No romance de mesmo nome de Umberto Eco.
5.1 - Pensamento
O pensamento dominante, que queria continuar dominante, impedia que o conhecimento fosse acessível a quem quer que seja, salvo os escolhidos. No O nome da Rosa, a biblioteca era um labirinto e quem conseguia chegar no final era morto. Só alguns tinham acesso. É uma alegoria do Umberto Eco, que tem a ver com o pensamento dominante da Idade Média, dominado pela igreja. A informação restrita a alguns poucos representava dominação e poder. Era a idade das trevas, em que se deixava na ignorância todos os outros.
6. História
Em 1327 William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk (Christian Slater), um noviço que o acompanha, chegam a um remoto mosteiro no norte da Itália. William de Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários assassinatos que acontecem no mosteiro. William de Baskerville começa a investigar o caso, que se mostra bastante intrincando, além dos mais religiosos acreditarem que é obra do Demônio. William de Baskerville não partilha desta opinião, mas antes que ele conclua as investigações Bernardo Gui (F. Murray Abraham), o Grão-Inquisidor, chega no local e está pronto para torturar qualquer suspeito de heresia que tenha cometido assassinatos em nome do Diabo. Considerando que ele não gosta de Baskerville, ele é inclinado a colocá-lo no topo da lista dos que são diabolicamente influenciados. Esta batalha, junto com uma guerra ideológica entre franciscanos e dominicanos, é travada enquanto o motivo dos assassinatos é lentamente solucionado.
O ano é 1327. Representantes da Ordem Franciscana e a Delegação Papal se reúnem num monastério Beneditino para uma conferência. Mas a missão deles é subitamente ofuscada por uma série de assassinatos. Utilizando sua brilhante capacidade de dedução, o monge franciscano William de Baskerville (Sean Connery), auxiliado pelo seu noviço Adso de Melk (Christian Slater), se empenha para desvendar o mistério. Mas antes que William possa completar sua investigação, o monastério é visitado pelo seu antigo desafeto, o Inquisidor Bernardo Gui (F. Murray Abraham). O poderoso Inquisidor está determinado a erradicar a heresia através da tortura e se William, o caçador, persistir na sua busca, também se tornará caça. Mas à medida que Bernardo Gui se prepara para acender a fogueira da Inquisição, William e Adso voltam à biblioteca labirintesca e descobrem uma verdade extraordinária ...
Do ponto de vista do filme que hoje está sendo abordado, notamos que a história passa em um mosteiro na Itália Medieval. A idade média assistiu, em sua agonia um grande debate Filosófico Religioso. Perdido o equilíbrio do tomismo, o homem medieval caiu em dois extremos opostos.
De um lado os humanistas racionalistas Frei Guilherme de Ockham, um édito moderno. Tais humanistas cultivaram o antropocentismo julgaram que graças Pa ciências e a técnica, o homem seria capaz de vencer todas as misérias do mundo, até criar uma era de grande prosperidade material e de completa felicidade natural.
De outro lado místicos com visão extremamente pessimista da realidade. Para eles o mundo era intrinsecamente mau e irredimível por ser obra de um DEUS perverso, distinto da divindade. Acreditavam que a razão humana era má e só seria desejável perder-se no nada divino.
No mosteiro, sete monges morrem estranhamente, isto aborda muito a violência.
Há também uma violência sexual, no qual mulheres se vendem aos monges em troca de comida e muitas vezes depois são mortas.
Movimentos ecléticos do século XIV, a luta contra a mistificação, o poder, o esvaziamento de valores pela demagogia, são mostrados em um cenário sangrento sobre a política da historia da humanidade. BIBLIOGRAFIA
Filme O Nome da Rosa , Globo Filmes e Produçoes Livro O Nome da Rosa, Autor.: Umberto Eco
Na história das epidemias, até salmonela já foi grande vilã
Peste negra devastou um terço da população europeia na Idade Média.
Conheça algumas das principais epidemias já enfrentadas pelo homem.
Imagem da época mostra padre abençoando doentes de peste (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons)
Epidemias, como a recente gripe suína , causam pânico, preocupação e mortes. Sempre foi assim, desde que o homem começou a conviver com as bactérias, as formas de vida mais antigas do planeta. As doenças têm formas variadas, e as mortes podem ser provocadas tanto por uma enfermidade antiga quanto por um novo vírus.
Uma definição de epidemia é dada pelo infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e autor de "A Historia e Suas Epidemias", Stefan Cunha Ujvari: " são ocorrências de casos de uma doença em número superior ao esperado – esperado com base em cálculos, não em adivinhação."
Em muitos momentos da história, populações foram arrasadas por mortes em grande escala. A diferença em relação às epidemias atuais é que, antigamente, não eram conhecidas as causas de muitas doenças e não era possível, como hoje, fazer um trabalho preventivo.
"Hoje, com um mundo globalizado e grande acesso a informação e tecnologia, podemos controlar mais facilmente o desenvolvimento dos casos", explicou Ujvari em entrevista ao G1por telefone.
Doenças como cólera, varíola, sarampo e gripe mataram milhões de pessoas em diferentes épocas e lugares. Confira algumas das piores epidemias da história:
Praga de Atenas
No verão de 430 AC, uma epidemia assolou a cidade grega de Atenas. O historiador Tucidides, que sofreu ele próprio da doença, descreveu na época os sintomas como 'calores na cabeça, inflamação nos olhos, dores na garganta e na língua'. A epidemia ocorreu durante o começo da guerra do Peloponeso, entre Atenas e Esparta, e afetou o exército ateniense. De 25% a 35% da população de Atenas morreu vítima da doença.
Segundo o infectologista Stefan Ujvari, o que favoreceu as mortes foi a aglomeração de pessoas nos muros de Atenas por causa da guerra. "Isso funcionou como um caldeirão para a epidemia." Ele conta que a doença que provocou a praga ficou por muitos anos sendo um mistério. "Até que, há cinco anos mais ou menos, uma cova com corpos dessa época foi descoberta e, dentro dos dentes dos cadáveres, foi encontrado o material genético da salmonela."
Peste dos Antônios
Uma grande epidemia começou em 165 e no ano seguinte atingiu Roma, durando 15 anos. O nome era uma alusão à família que governava o império na época. Cerca de um terço da população morreu. No auge da epidemia, eram registradas quase duas mil mortes diárias em Roma.
Em 180, o próprio imperador Marco Aurélio foi morto pela doença. O médico Claudio Galeno descreveu na época a peste como tendo sintomas de febre, diarréia e erupções cutâneas.
Lepra na Europa medieval
Entre os anos 1000 e 1350, a lepra se desenvolveu na Europa. As vítimas sofriam lesões na pele, deformações e perda das extremidades. As pessoas eram isoladas e sofriam muito preconceito. Nessa época, muitos centros para leprosos foram criados, e a Igreja Católica controlava os doentes, sustentando que as lesões eram sinais de impureza religiosa. O doente identificado recebia uma cerimônia religiosa, a ‘missa dos leprosos’, em que ganhava trajes especiais e um instrumento sonoro para anunciar sua chegada a lugares públicos.
"Uma verdadeira perseguição aos leprosos ocorreu na época. Como a lepra não é uma doença altamente contagiosa, achamos que muita gente que tinha doenças de pele foi rotulada como tendo lepra", explicou Stefan Ujvari.
A pior de todos os tempos: a peste negra
Pior epidemia da história da humanidade segundo o infectologista, a peste bubônica matou um terço da população europeia. Com início em 1347, a doença se espalhou rapidamente, seguindo as rotas marítimas.
Em 1348, a doença já havia atingido as áreas mais densas dos mundos cristão e muçulmano. A peste chegou num momento de crise agrária e fome. Por volta de 1350, toda a Europa central e ocidental tinha sido afetada. Após essa grande epidemia, a doença não desapareceu e continuou provocando surtos de tempos em tempos.
Os sintomas da peste bubônica são mal-estar, febre, dores no corpo e inchaços do tamanho de um ovo, conhecidos como bubões. A coloração azulada que dá o nome à doença, ocorre pela falta de oxigenação da pele, pela insuficiência pulmonar.
Ratos com pulgas contaminadas pelo bacilo foram um grande fator de disseminação da peste na época. Segundo escreveu Ujvari em seu livro "A História e suas epidemias", "as epidemias encontram terreno propício nas regiões com aglomerações populacionais e condições precárias de higiene, em que ocorre grande proliferação de ratos dividindo espaço com os homens.”
Suor inglês: a doença misteriosa
A cidade de Londres foi alvo de uma epidemia no século XV. As características da doença eram febre intensa e calafrios. Em poucas horas, o paciente podia ter convulsões, entrar em coma e morrer. De cada três pessoas que apresentavam o sintoma, uma morria. A doença teve grandes surtos e chegou a atingir boa parte da corte de Henrique VIII. Cidades perderam quase a metade da população.
O ultimo surto da doença, em 1529, atingiu outros países, como Holanda, Rússia e Alemanha. Depois de um quinto surto, em 1551, quando matou 900 pessoas nos primeiros dias, a doença desapareceu completamente e permanece como um mistério ate hoje.
Cólera na era das máquinas
Em 1817, a cólera começou a se espalhar por áreas da Índia, onde já era endêmica. Alguns anos depois, atingiu o leste da Ásia e o Japão. Em 1820, Bangcoc, capital da Tailândia, reportou 30 mil mortes (numa população de 150 mil habitantes).
Hospital improvisado no Kansas, durante a gripe espanhola (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons)
Dez anos mais tarde, em 1831, a doença chegou à Europa pela Inglaterra e atingiu os principais centros industriais e locais de moradia lotados, como cortiços. Durante a epidemia, quase 30 mil pessoas morreram no Reino Unido, a maioria pessoas pobres.
Gripe espanhola
Os soldados que lutavam nas trincheiras durante a Primeira Guerra Mundial em 1918 enfrentavam não apenas o frio, a chuva, a lama e o inimigo. Nessa época, uma gripe mortal acometeu tropas inteiras e logo se espalhou para a população civil, matando de 40 milhões a 50 milhões de pessoas, primeiro na Europa e nos EUA, depois na Ásia e nas Américas Central e do Sul. Há relatos de pessoas que acordavam bem e, no final da noite, estavam morrendo – tão rápido era o avanço da doença.
No Brasil, a gripe espanhola, como ficou conhecida, apareceu no final do ano, quando marinheiros desembarcaram doentes após uma ida à África. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, 65% da população adoeceu. “Só no Rio de Janeiro, foram registradas 14.348 mortes. Em São Paulo, outras 2.000 pessoas morreram”, diz o site da Fiocruz.
Gripe asiática
A doença atingiu a China nos anos de 1957 e 58 e chegou aos EUA matando mais de 70 mil pessoas. Diferente do tipo de vírus que causou a epidemia de 1918, esse era rapidamente identificado principalmente devido aos avanços da tecnologia médica. A Organização Mundial da Saúde estima que até 50% da população foi afetada, e a taxa de mortalidade era de uma pessoa a cada 4 mil. O numero de mortes no mundo passou de um milhão.
Gripe de Hong Kong
Nos anos de 1968 e 69, um outro tipo de gripe matou de 1 milhão a 3 milhões de pessoas - quase 34 mil só nos EUA e 30 mil na Inglaterra. Transmitida por aves, a doença matou em muito pouco tempo. Meio milhão de casos foram reportados em Hong Kong apenas nas duas primeiras semanas. A doença chegou nos EUA em setembro de 1968, por meio de soldados vindos do Vietnã. A vacina começou a ser fabricada dois meses após o surto.
Sars
A doença respiratória viral Sars (sigla em inglês para Síndrome Respiratória Aguda Grave) foi detectada pela primeira vez em fevereiro de 2003, na Ásia. Nos meses seguintes, se espalhou para mais de 12 países na América do Norte, na América do Sul, na Europa e na Ásia. A doença começa com uma febre alta e pode ter dores de cabeça, no corpo e mal-estar. A transmissão ocorre por contato próximo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um total de 8.098 pessoas ficaram doentes no mundo, das quais 774 morreram. No mesmo ano a epidemia foi controlada.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um total de 8.098 pessoas ficaram doentes no mundo, das quais 774 morreram. No mesmo ano a epidemia foi controlada.
Abaixo você confere a última parte da série “A Fotografia Perfeita” que foi um sucesso! Veja as 10 fotografias que conseguiram preencher os 3 requisitos acima e, além disso, com algumas delas você poderá dar muitas risadas.
Marco Feliciano, cuja presidência na Comissão de Direitos Humanos e Minorias se tornou "insustentável", na opinião do presidente da Câmara (Foto: Divulgação)
Brasília - O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse hoje (21) que o impasse em torno da eleição do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir da Comissão de Direitos Humanos e Minorias se tornou e “insustentável” e que vai tomar uma decisão definitiva até a próxima terça-feira (26).
Ontem (20), Alves fez um apelo ao pastor Feliciano para que renunciasse ao cargo. O presidente da Câmara também se reuniu com o líder do PSC, deputado André Moura (SE) e o primeiro-vice-presidente do partido, pastor Everaldo Pereira, para tratar do assunto.
“Criou-se um clima de radicalização que esta Casa não pode aceitar. Esta Casa tem que primar pelo equilíbrio, pela serenidade, objetividade e pelo trabalho parlamentar e, do jeito que está, se tornou insustentável. Eu asseguro que [isso] será resolvido até terça-feira da semana que vem”, disse Henrique Alves.
Segundo ele, o assunto, agora, passou a ser de responsabilidade não apenas da própria comissão como também do presidente da Câmara. “A Comissão de Direitos Humanos, pela sua importância, não pode ficar nesse impasse. Espero que, até no máximo terça-feira, nós tenhamos uma decisão sim. Agora, passou a ser também a responsabilidade do presidente da Câmara dos Deputados”, enfatizou.
Ontem, na segunda reunião da comissão sob o comando do pastor Marco Feliciano, os manifestantes intensificaram os protestos e conseguiram impedir os trabalhos. Feliciano é alvo de protestos de grupos defensores dos direitos dos homossexuais e dos negros por ter publicado nas redes sociais comentários ofensivos contra gays e negros.
As manifestações contrárias ao pastor começaram desde que o nome do deputado foi cotado para presidir a comissão, uma vez que caberia ao PSC a indicação do comando do colegiado.
José Mujica mandou o seu vice representar o país no Vaticano
O presidente José Mujica (foto), do Uruguai, não foi hoje a primeira missa do papa Francisco porque é ateu, informou a primeira-dama e senadora Lucía Topolansky. “Temos grande respeito pela liberdade religiosa, mas nós [Mujica e Lucía] não acreditamos [em Deus]”, disse ela em entrevista à radio Vorterix. Quem representou o país no Vaticano foi o vice-presidente Danilo Astori, que é católico. “O Uruguai é um país absolutamente laico”, disse Lucía. “A Igreja está separada do Estado desde o século passado, e isso é um diferencial em relação aos demais países da América Latina.”
Carro de Mujica é um Fusquinha
Apesar da ausência de Mujica no Vaticano, ele foi lembrado pela imprensa italiana por suas semelhanças de comportamento com o papa Francisco.
Ambos dão prioridade aos pobres e têm horror à ostentação. Mujica anda em seu próprio carro, Fusca azul-celeste; e Francisco, como cardeal em Buenos Aires, costumava usar o transporte coletivo. O presidente uruguaio doa 90% do seu salário; e Francisco pediu que os argentinos não fossem ao Vaticano para torcer por ele no conclave, para doar o dinheiro da viagem aos pobres. Mujica e Francisco gostam de futebol, e ambos são acusados de populistas.
Em dezembro de 2012, Mujica participou de uma missa celebrada pela saúde do então presidente Hugo Chávez, da Venezuela.
Tarso Genro contraria a lógica e empurra a culpa pela tragédia de Santa Maria para a prefeitura
(Foto: UOL)
Jogo rasteiro – A covardia deTarso Genro, governador do Rio Grande do Sul, é conhecida dos gaúchos desde os tempos da ditadura militar, quando ele, dizendo-se reacionário e perseguido, fugiu para o Uruguai atravessando uma avenida. Obediente ao pai, Tarso voltou ao Brasil debaixo da asa de um oficial do Exército, com quem ficou sob proteção em Porto Alegre.
Tarso Genro é dono de covardia e incompetência tão previsíveis, que errar a mão quando se escreve uma matéria sobre ele seria burrice. Horas depois do trágico acidente ocorrido na cidade do interior gaúcho, em que 235 pessoas morreram na esteira de um incêndio provocado por show pirotécnico em uma casa noturna, o ucho.info alertou os leitores para o fato de que Tarso Genro transferiria a culpa para Cezar Schirmer, prefeito de Santa Maria.
Schirmer é filiado ao PMDB, partido que na esfera federal é um dos mais importantes da base de sustentação do governo Dilma, mas há em seu currículo um detalhe que havia caído no esquecimento da opinião pública e que prontamente foi lembrado por este site. O detalhe, que não macula sua história, pelo contrário, é que Cezar Schirmer foi o relator do processo de cassação do deputado federal João Paulo Cunha no Conselho de Ética da Câmara. Em seu relatório, Schirmer concluiu pela cassação do mandato do petista, o que não foi conformado em plenário porque as reticências financeiras do Mensalão do PT ainda estavam dentro do prazo de validade.
Em entrevista à Rádio Estadão, na manhã desta quinta-feira (31), Tarso Genro disse que a prefeitura não deveria ter concedido o alvará de funcionamento à casa noturna que acabou consumida pelo fogo.
“Mesmo que (a boate) estivesse dentro de normas legais de engenharia, qualquer leigo olharia aquele local e não daria alvará. Não tinha portas laterais, era uma espécie de alçapão, uma estrutura predatória da vida humana. E era visível que a casa não estava preparada para receber mais gente do que o autorizado, cerca de 600 pessoas”, disse Tarso Genro.
Se Tarso Genro foi um leigo no Ministério da Educação e uma anomalia no Ministério da Justiça, apenas porque é companheiro de Lula, não será um néscio e ignaro que decidirá se uma casa noturna pode ou não funcionar. Cabe a cada autoridade, nas diversas instâncias do poder público, cumprir o papel que lhe cabe. Se a causa das mortes foi o incêndio, a responsabilidade compete às autoridades que liberaram o local, nesse caso o Corpo de Bombeiros.
Não há como a prefeitura negar o alvará de funcionamento de um empreendimento que, estando de acordo com o que determina a legislação municipal, conta com autorização do Corpo de Bombeiros. Caso a prefeitura negue o alvará sem justificativa plausível,o que no momento não existia, corre o risco de ser processada judicialmente e condenada a indenizar os donos do negócio.
Os Poderes do Estado são constituídos à sombra da Constituição Federal, cabendo a eles o respeito mútuo, mesmo que na mesma esfera, não sendo permitido o atropelamento de leis que regem a União, estados e municípios, em detrimento de ou de outro. Se o governador é covarde a ponto de não reconhecer a culpa do seu governo e precisa tirar o seu partido do olho do furacão, a história é outra.
Tarso Genro sabe que o Corpo de Bombeiros errou ao vistoriar e liberar pela primeira vez o local onde funcionava a boate Kiss. Os jovens que lá estavam morreram porque não tiveram como escapar do incêndio, pois o imóvel não tinha as saídas de emergência necessárias e muito menos rota de fuga. E isso compete ao Corpo de Bombeiros verificar e aprovar, ou não.
Pela história inconteste e importância como unidade da federação, o Rio Grande do Sul é grande demais para a pequenez de Tarso Genro como homem público e ser humano. O povo gaúcho, que ainda molha o chimarrão do cotidiano com as lágrimas da tristeza advinda de Santa Maria, não merece um governador desse naipe.
Ao transitar pelos corredores do fórum, o advogado (e professor) foi chamado por um dos juízes:
- Olha só que erro ortográfico grosseiro temos nesta petição.
Estampado logo na primeira linha do petitório lia-se: "Esselentíssimo Juiz".
Gargalhando, o magistrado lhe perguntou :
- Por acaso esse advogado foi seu aluno na Faculdade?
- Foi sim - reconheceu o mestre. Mas onde está o erro ortográfico a que o senhor se refere?
O juiz pareceu surpreso:
- Ora, meu caro, acaso você não sabe como se escreve a palavra Excelentíssimo?
Então explicou o catedrático:
- Acredito que a expressão pode significar duas coisas diferentes.
Se o colega desejava se referir a excelência dos seus serviços, o erro ortográfico efetivamente é grosseiro. Entretanto, se fazia alusão à morosidade da prestação jurisdicional, o equívoco reside apenas na junção inapropriada de duas palavras.
O certo então seria dizer:
" Esse lentíssimo juiz ".
Depois disso, aquele magistrado nunca mais aceitou o tratamento de "Excelentíssimo Juiz", sem antes perguntar:
- Devo receber a expressão como extremo de excelência ou como superlativo de lento ?
22.mar.2013 - Mulher chora durante a apresentação das conclusões do inquérito policial sobre o incêndio na boate Kiss, que matou 241 pessoas em janeiro, na cidade de Santa Maria (RS). Parentes e amigos das vítimas acompanharam a apresentação do delegado Marcelo Arigony, que responsabilizou 28 pessoas pela tragédia Rafael Happke/Futura Press
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul apresentou nesta sexta-feira (22) a conclusão do inquérito sobre o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), que deixou 241 mortos no último dia 27 de janeiro, e responsabilizou 28 pessoas pela tragédia. Deste total, 16 pessoas foram indiciadas de forma direta, 10 nomes foram apontados por indícios de crime, mas não podem ser indiciados pela Polícia Civil (9 serão encaminhados à Justiça Militar e 1 ao Tribunal de Justiça) e 9 pessoas foram responsabilizadas por improbidade administrativa (alguns nomes se repetem entre as diferentes responsabilidades).
Entre os indiciados estão os sócios da boate Kiss, Elissandro Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffman, e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos, que já estavam presos preventivamente na penitenciária estadual de Santa Maria. Os quatro são acusados de homicídio com dolo eventual triplamente qualificado.
DELEGADO MOSTRA VÍDEOS DO MOMENTO DO INCÊNDIO NA BOATE KISS
Na apresentação do inquérito, o delegado Marcelo Arigony --que presidiu a investigação-- falou que são "35 pessoas apontadas pela Polícia Civil". Ele se enganou: no total, foram 28 pessoas responsabilizadas --sete delas aparecem como indiciadas e como indício de crime de improbidade administrativa, daí o número "35". Arigony exibiu dois vídeos que mostram o momento do incêndio na boate Kiss.
Além dos sócios da boate Kiss, foram indiciados pelo mesmo crime Ângela Aurelia Callegaro, irmã de Kiko, sua mãe, Marlene Callegaro, o gerente da boate, Ricardo de Castro Pasche, e os bombeiros Gilson Martins Dias e Vagner Guimarães Coelho, responsáveis pela fiscalização.
Foram indiciados por homicídio culposo (sem intenção de matar) Miguel Caetano Passini, atual secretário de Mobilidade Urbana, Luiz Alberto Carvalho Junior, secretário do Meio Ambiente, Beloyannes Orengo de Pietro Júnior, chefe da fiscalização da Secretaria de Mobilidade Urbana, e Marcus Vinicius Bittencourt Biermann, funcionário da Secretaria de Finanças que emitiu o alvará de localização da boate Kiss.
NÚMEROS DO INQUÉRITO
52 volumes
13 mil folhas
810 oitivas
O major Gerson da Rosa Pereira e o sargento Renan Severo Berleze, ambos do Corpo de Bombeiros e acusados de incluir documentos na pasta do alvará da boate, foram indiciados por fraude processual. O ex-sócio da Kiss Eltron Cristiano Uroda foi indiciado por falso testemunho.
Segundo o inquérito, há indícios de prática de crime de homicídio culposo na conduta dos bombeiros Moisés da Silva Fuchs (comandante regional do Corpo de Bombeiros de Santa Maria), Alex da Rocha Camillo, Robson Viegas Müller, Sergio Rogério Chaves Gulart, Dilmar Antônio Pinheiro Lopes, Luciano Vargas Pontes, Eric Samir Mello de Souza, Nilton Rafael Rodrigues Bauer e Tiago Godoy de Oliveira. Os nove serão investigados pela Justiça Militar.
A polícia também apontou indícios de prática de homicídio culposo por parte do prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer. A acusação será apurada pelo Tribunal de Justiça já que o mandatário tem foro privilegiado. "Concluímos aqui nosso papel. Cabe agora ao MP e à Justiça", afirmou o delegado que presidiu o inquérito, Marcelo Arigony.
Neste momento, os cinco indiciados que ainda não haviam sido presos permanecerão em liberdade. "Havia diversas circunstâncias desfavoráveis. Era uma casa que funcionava na ilegalidade", avaliou Arigony.
Em relação à atuação dos bombeiros socorristas que estiveram no local, a polícia é incisiva: "houve uma falha severa [dos bombeiros]. Sabemos que era um ambiente hostil, mas as pessoas que estavam do lado de fora não poderiam retornar. Homicídio culposo porque eles não poderiam deixar as pessoas retornarem para a boate. Mesmo assim, ficou apontado que os bombeiros poderiam fazer mais e melhor", explicou o delegado Sandro Meinerz.
NÚMEROS DA TRAGÉDIA
241 mortes
623 feridos
864 pessoas na boate
3h17
(hora do incêndio)
Prefeitura
Questionado sobre o papel da prefeitura municipal no auxílio às investigações, a polícia foi enfática: "tivemos certa morosidade no início [durante pedido de auxílio] e recebemos uma denúncia de que alguns documentos estavam sendo sonegados", revela Arigony.
"Conversamos com o Ministério Público e foram dois delegados e um promotor até a prefeitura. Foram encontrados alguns documentos e, entre eles, o mais relevante que existe, e que a prefeitura não tinha nos encaminhado. Um documento que tem 29 apontamentos feitos por um arquiteto de carreira do município dizendo que aquela boate não poderia funcionar", salientou.
Um assessor da Prefeitura de Santa Maria afirmou que o prefeito Cezar Schirmer deve se manifestar nas próximas horas, mas ainda estuda se será por meio de uma nota ou de uma entrevista coletiva.
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Segundo a polícia, as principais conclusões da investigação apontam que o fogo teve início às 3h do dia 27 de janeiro no canto superior esquerdo do palco e começou por uma faísca de fogo de artifício que estava na mão de um integrante da banda Gurizada Fandangueira. Além disso, o extintor de incêndio não funcionou quando foi acionado, a casa noturna estava superlotada e as grades de contenção atrapalharam a saída das vítimas.
A espuma usada como isolamento acústico também foi citada no inquérito como inadequada e irregular, feita de poliuretano, que em contato com o fogo produziu uma fumaça tóxica que matou 234 pessoas por asfixia.
O local também tinha apenas uma porta de entrada e saída, não havia rotas adequadas e sinalizadas para emergências e não havia exaustão de ar adequada, porque as janelas estavam todas obstruídas.
Inquérito
O documento de 52 volumes e 13 mil páginas foi apresentado na tarde de hoje pela Polícia Civil no campus da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). Por 55 dias, cinco dezenas de policiais, peritos e assessores trabalharam em conjunto para colher 800 depoimentos e realizar perícias que sustentam o inquérito.
"O trabalho desenvolvido foi muito complexo. É o maior inquérito da Polícia Civil do Rio Grande do Sul", afirmou o chefe da Polícia Civil do Estado, Ranolfo Vieira Junior, antes da apresentação do inquérito.
O delegado regional, Marcelo Arigony, foi o responsável por detalhar como foram feitas as investigações. Segundo ele, os 234 autos de necropsia assinados pelo IGP (Instituto Geral de Perícias) atestam que 100% das mortes foram causadas por asfixia. "O desprendimento do monóxido de carbono e do cianeto com a queima da espuma do isolamento acústico causaram as mortes", explicou.
Na madrugada de hoje, os volumes do inquérito foram transportados da 1ª Delegacia de Polícia de Santa Maria para a Delegacia Regional. Antes da apresentação na UFSM, o material foi levado ao Fórum de Santa Maria e protocolado na 1ª Vara Criminal. Na semana que vem, o Ministério Público irá analisar o inquérito e, se concordar com a Polícia Civil, irá formalizar a denúncia à Justiça.
A Justiça tem 10 dias para aceitar total ou parcialmente a denúncia e dar encaminhamento ao processo.
Veja vítimas do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS)76 fotos
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Imagem de 12 de janeiro com cinco jovens mortas do incêndio da boate Kiss. Da esquerda para a direita, Fernanda Malheiros, Andrise Nicoletti, Paula Gatto, Júlia Saul e Melissa Correa. A imagem foi feita na mesma casa noturna duas semanas antes da tragédia, e o autor da foto, João Barcellos, também está entre as vítimas. Melissa, Paula e Andrise eram alunas do terceiro semestre de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria, curso que perdeu oito alunos. O total de alunos da UFSM mortos na Kiss até agora é de 102 Leia maisJoão Barcellos/SiteZoom
O documento informa que a queima da espuma liberou três tipos de gases suficientes para asfixiar as pessoas que estavam dentro da Kiss no momento do incêndio. O resultado foi obtido depois que amostras do material foram queimadas com um artefato pirotécnico do mesmo tipo do utilizado no show da banda Gurizada Fandangueira.
Outro ponto levantado pelos técnicos é que a casa comportava no máximo 750 pessoas. De acordo com os delegados que presidem o inquérito, ao menos mil clientes estavam na boate na noite do incêndio, o que indicaria superlotação.