sábado, 4 de março de 2023

Bolsonaro e Michelle entregaram refinaria da Petrobrás a fundo árabe após receberem joias de R$ 16 milhões

Além dos crimes de contrabando e sonegação, há indícios também de propina e corrupção

4 de março de 2023 

Petrobras e Bolsonaro (Foto: Reuters)

247 — Em 30 de novembro de 2021, um mês após a comitiva do então presidente Jair Bolsonaro viajar para o Oriente Médio, o governo brasileiro a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada em São Francisco do Conde, na Bahia e seus ativos logísticos associados. A venda foi realizada para o Mubadala Capital, um fundo árabe dos Emirados Árabes Unidos, pelo valor de US$ 1,8 bilhão.

No entanto, cálculos estimados pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) indicam que a refinaria valia entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões.

Em outubro, um assessor do ex-ministro Bento Albuquerque, das Minas e Energia, tentou trazer ilegalmente para o Brasil joias avaliadas em 3 milhões de euros, o equivalente a R$ 16,5 milhões. O colar, anel, relógio e um par de brincos foram um presente do governo da Arábia Saudita para Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama.

As joias foram apreendidas por agentes da Receita Federal no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, uma vez que é obrigação declarar ao órgão qualquer bem que entre no Brasil que passe de US$ 1 mil. A apreensão ocorreu no dia 26 de outubro de 2021.

Houve quatro tentativas frustradas de reaver os produtos, envolvendo três ministérios (Economia, Minas e Energia e Relações Exteriores) e militares. No dia 28 de dezembro de 2022, o próprio Bolsonaro enviou um ofício ao gabinete da Receita Federal para solicitar que os bens fossem destinados à Presidência da República.

O Ministério da Justiça, comandado por Flávio Dino, determinará na segunda-feira a abertura de inquérito para investigar Jair e Michelle Bolsonaro pelos crimes de corrupção, contrabando e lavagem de dinheiro no caso das joias de R$ 16,5 milhões recebidas ilegalmente da monarquia saudita, que temnegócios no Brasil.

quinta-feira, 2 de março de 2023

Brasileiro suspeito de canibalismo é preso no Aeroporto de Lisboa com carne estranha na mala


CARLOS MARTINS
1 DE MARÇO DE 2023


Um brasileiro foi preso no Aeroporto de Lisboa com possível carne humana quando tentava embarcar para Belo Horizonte.Foto por Clément Alloing

Na noite de segunda-feira (27), foi preso no aeroporto de Lisboa um mineiro da cidade de Matipó, na Zona da Mata, suspeito de falsificação de documentos e porte de pedaços de carne em uma mala. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) confirmou que o suspeito, de 26 anos, pretendia voar para a sua cidade natal.

Ao realizar a abordagem, os agentes do SEF encontraram em sua posse documentos de identificação em nome de terceiros, além de um cartão de identidade italiano, o que levantou suspeitas.

Após contato com as autoridades holandesas, foi confirmado que o homem é suspeito de praticar um homicídio, ocorrido no último domingo (26), na cidade de Amsterdã. Além disso, o suspeito é apontado como autor de um crime de canibalismo, de acordo com o jornal Correio de Manhã. Na mala do brasileiro, foram encontradas roupas sujas de sangue, uma amarra e uma embalagem plástica com “pedaços suspeitos de carne”.

Após análise, o material encontrado na mala foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Lisboa para que sejam realizados exames. O suspeito é acusado de matar Alan Lopes, também brasileiro, que trabalhava como açougueiro na Holanda.

A motivação do crime poderia ser relacionada a uma dívida. O homem foi detido no aeroporto de Lisboa e encaminhado ao Tribunal da Relação da cidade para prestar depoimento. O SEF informou que o suspeito está sendo julgado pela Justiça portuguesa.


terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

CNJ decide afastar Marcelo Bretas do cargo por desvio de conduta

O plenário ainda decidiu instaurar PAD contra o magistrado.

Nesta terça-feira, 28, o CNJ decidiu afastar o juiz Federal Marcelo Bretas do cargo por desvio de conduta. O plenário ainda decidiu instaurar PAD contra o magistrado.

    CNJ afasta Marcelo Bretas do cargo.(Imagem: Ricardo Borges/Folhapress)

    O CNJ analisou três ações contra o juiz.

A primeira foi um pedido do Conselho Federal da OAB, em reclamação disciplinar, em razão de acusação do advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho, em colaboração premiada com a PGR, de que Bretas é parcial e realizou diversas práticas ilegais enquanto magistrado. Segundo Nythalmar, o Bretas seria "policial, promotor e juiz ao mesmo tempo".

Outro caso analisado foi uma reclamação disciplinar instaurada pela própria corregedoria. Em novembro do ano passado, o corregedor, ministro Luis Felipe Salomão, instaurou correição extraordinária, na 7ª vara Federal Criminal da SJ/RJ, local em que atua Marcelo Bretas.

As inspeções e correições serviram para apurar fatos relacionados ao conhecimento e à verificação do funcionamento dos serviços judiciais e auxiliares, havendo ou não evidências de irregularidades.

Na terceira ação analisada, o prefeito do RJ Eduardo Paes alegou que Bretas teve atuação política na eleição de 2018 em favor de Wilson Witzel.

Beba na Fonte

domingo, 26 de fevereiro de 2023

“Estamos nos aproximando do ponto mais perigoso da história humana”, diz famoso linguista


O ativista político de 93 anos discorreu sobre a catástrofe climática e a grande ameaça de uma guerra nuclear que representa o ponto mais perigoso. (Crédito: Reprodução/Divulgação)

O linguista e professor norte-americano de 93 anos Noam Chomsky discorreu em uma entrevista concedida ao News Stateman sobre a catástrofe climática e a grande ameaça de uma guerra nuclear iminente que representa o ponto mais perigoso da humanidade.

“Estamos agora enfrentando a perspectiva de destruição da vida humana organizada na Terra”, relata o professor. Noam é conhecido como o estudioso vivo mais citado do mundo, que apesar da idade, ainda está ativo e com o fervor moral de um jovem radical que está mais preocupado com a mortalidade do mundo do que com a própria.

Guerra na Ucrânia e a democracia liberal

Chomsky possui uma ligação familiar com a Ucrânia. Seu pai nasceu no país, mas emigrou para os Estados Unidos em 1913 a fim de evitar o serviço militar no exército czarista. Vendo a guerra acontecendo no país, Noam não tem hesitação em denunciar a agressão criminosa de Vladimir Putin contra uma população inteira de civis.

Segundo ele, há duas maneiras de olhar para essa questão. A primeira é realizar a sondagem dos recessos da mente distorcida de Putin para determinar o que está acontecendo na sua psique profunda.

A segunda, é olhar para os fatos. “Em setembro de 2021, os Estados Unidos saíram com uma forte declaração política, pedindo uma cooperação militar maior com a Ucrânia, promovendo o envio adicional de armas militares avançadas, tudo parte do aprimoramento do programa de adesão da Ucrânia à OTAN. […] O que sabemos é que a Ucrânia será ainda mais devastada. E podemos passar para uma guerra nuclear terminal se não buscarmos oportunidades que existem para um acordo negociado.”

Noam ainda disse que o maior medo do líder russo não é o cerco da Otan, mas sim a possibilidade de disseminação da democracia liberal na Ucrânia e em outras regiões próximas à Rússia. “Putin está tão preocupado com a democracia quanto nós.”

Ao falar sobre Donald Trump e seu possível retorno, Noam Chomsky se recorda dos anos 1930, onde o que lhe vem à mente são as memórias dos discursos de Hitler no rádio. “Eu não entendia as palavras, eu tinha seis anos. Mas eu entendi o clima. E foi assustador e aterrorizante. E quando você assiste a um dos comícios de Trump, isso não pode deixar de vir à mente. É isso que estamos enfrentando.”

Noam disse que o fanatismo de Trump fez com que a base culta do Partido Republicano mal considerasse a mudança do clima como um problema sério. “Isso é uma sentença de morte para a espécie”.

Agora, Noam Chomsky acredita que os jovens são a esperança para um futuro melhor. Ele relata que os mais novos estão horrorizados com o comportamento da geração mais velha, e que eles estão mais dedicados a mudar os rumos da história antes que ela consuma todos nós.

As terríveis 10 estratégias de manipulação massiva, reveladas por Noam Chomsky


Noam Chomsky é um dos intelectuais mais respeitados do mundo. Este pensador americano foi considerado o mais importante da era contemporânea pelo The New York Times. Uma de suas principais contribuições é ter proposto e analisado as estratégias de manipulação de massa que existem no mundo hoje.

Noam Chomsky ficou conhecido como lingüista, mas também é filósofo e cientista político. Ao mesmo tempo, ele se tornou um dos principais ativistas das causas libertárias. Seus escritos circularam pelo mundo e não param de surpreender os leitores.

Chomsky elaborou um texto didático no qual ele sintetiza as estratégias de manipulação maciça. Suas reflexões sobre isso são profundas e complexas. No entanto, para fins didáticos, ele resumiu tudo em princípios simples e acessíveis a todos.



1. A distração das estratégias de manipulação maciça
Segundo Chomsky, a mais recorrente das estratégias de manipulação massiva é a distração. Consiste basicamente em direcionar a atenção do público para tópicos irrelevantes ou banais. Desta forma, eles mantêm as mentes das pessoas ocupadas.

Para distrair as pessoas, abarrotam-lhes de informações. Muita importância é dada, por exemplo, a eventos esportivos. Também ao show, às curiosidades, etc. Isso faz com que as pessoas percam de vista quais são seus reais problemas.

2. Problema-reação-solução
Às vezes o poder, deliberadamente, deixa de assistir ou assiste de forma deficiente certas realidades. Eles fazem dessa visão dos cidadãos um problema que exige uma solução externa. E propõem a solução eles mesmos.

Essa é uma das estratégias de manipulação em massa para tomar decisões que são impopulares. Por exemplo, quando eles querem privatizar uma empresa pública, intencionalmente diminuem sua produtividade. No final, isso justifica a venda.

3. Gradualidade
Esta é outra das estratégias de manipulação maciça para introduzir medidas que normalmente as pessoas não aceitariam. Consiste em aplicá-las pouco a pouco, de forma que sejam praticamente imperceptíveis.

Foi o que aconteceu, por exemplo, com a redução dos direitos trabalhistas. Em diferentes sociedades têm implementado medidas, ou formas de trabalho, que acabam fazendo com que o trabalhador não tenha garantia de segurança social normal.

4. Adiar
Esta estratégia consiste em fazer com que os cidadãos pensem que estão tomando uma medida que temporariamente é prejudicial, mas que no futuro pode trazer grandes benefícios para toda a sociedade e, claro, para os indivíduos.

O objetivo é que as pessoas se acostumem com a medida e não a rejeitem, pensando no suposto bem que trará amanhã. No momento, o efeito da “normalização” já operou e as pessoas não protestam porque os benefícios prometidos não chegam.

5. Infantilizar o público
Muitas das mensagens televisivas, especialmente publicidade, tendem a falar ao público como se fossem crianças. Eles usam gestos, palavras e atitudes que são conciliadoras e impregnadas com uma certa aura de ingenuidade.

O objetivo é superar as resistências das pessoas. É uma das estratégias de manipulação massiva que busca neutralizar o senso crítico das pessoas. Os políticos também empregam essas táticas, às vezes se mostrando como figuras paternas.

6. Apelar para as emoções
As mensagens que são projetadas a partir do poder não têm como objetivo a mente reflexiva das pessoas. O que eles procuram principalmente é gerar emoções e atingir o inconsciente dos indivíduos. Por isso, muitas dessas mensagens são cheias de emoção.

O objetivo disso é criar uma espécie de “curto-circuito” com a área mais racional das pessoas. Com emoções, o conteúdo geral da mensagem é capturado, não seus elementos específicos. Desta forma, a capacidade crítica é neutralizada.

7. Criar públicos ignorantes
Manter as pessoas na ignorância é um dos propósitos do poder. Ignorância significa não dar às pessoas as ferramentas para que possam analisar a realidade por si mesmas. Diga-lhe os dados anedóticos, mas não deixe que ele conheça as estruturas internas dos fatos.

Manter-se na ignorância também não dar ênfase à educação. Promover uma ampla lacuna entre a qualidade da educação privada e a educação pública. Adormecer a curiosidade de conhecimento e dá pouco valor aos produtos de inteligência.

8. Promover públicos complacentes
A maioria das modas e tendências não são criadas espontaneamente. Quase sempre são induzidas e promovidas de um centro de poder que exerce sua influência para criar ondas massivas de gostos, interesses ou opiniões.

A mídia geralmente promove certas modas e tendências, a maioria delas em torno de estilos de vida tolos, supérfluos ou mesmo ridículos. Eles convencem as pessoas de que se comportar assim é “o que está na moda”.

9. Reforço da auto-censura
Outra estratégia de manipulação em massa é fazer as pessoas acreditarem que elas, e somente elas, são as culpadas de seus problemas. Qualquer coisa negativa que aconteça a eles, depende apenas delas mesmas. Desta forma, fazem-lhes acreditar que o ambiente é perfeito e que, se ocorrer uma falha, é responsabilidade do indivíduo.

Portanto, as pessoas acabam tentando se encaixar em seu ambiente e se sentindo culpadas por não conseguir. Elas deslocam a indignação que o sistema poderia causar, para uma culpa permanente por si mesmos.

10. Conhecimento profundo do ser humano
Durante as últimas décadas, a ciência conseguiu coletar uma quantidade impressionante de conhecimento sobre a biologia e a psicologia dos seres humanos. No entanto, todo esse patrimônio não está disponível para a maioria das pessoas.

Apenas uma quantidade mínima de informações está disponível ao público. Enquanto isso, as elites têm todo esse conhecimento e usam-no conforme sua conveniência. Mais uma vez, fica claro que a ignorância facilita a ação do poder sobre a sociedade.

Todas essas estratégias de manipulação em massa visam manter o mundo como ele é mais poderoso. Bloqueie a capacidade crítica e a autonomia da maioria das pessoas. No entanto, depende também de nos deixarmos ser passivamente manipulados, ou oferecer resistência tanto quanto possível.

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