Socialismo à cubana
19quinta-feira
abr 2012
Que a ilha-cárcere da dinastia Castro é a Meca do socialismo latinoamericano, todos sabemos. Que os cidadãos cubanos tem negados seus direitos e liberdades fundamentais também, não é segredo para ninguém. O que se consegue esconder um pouco é que o “primeiro país latinoamericano a erradicar a fome” também tem uma incidência de anemia de mais de 50% entre crianças menores de 2 anos e precisa do Word Food Program para alimentar umas 140 mil pessoas.
Mas, o que poucos conhecem é o lado capitalista da menina-dos-olhos comunista. Isso mesmo, o lado capitalista de Cuba.
Quem já estudou a história de Cuba, sabe que o país tinha uma relação muito saudável com os EUA antes da Revolução de 59. A ilha era um paraíso do turismo para os americanos, e contava com linhas de ferryboats para transportar os turistas com carro e tudo para Cuba. A prosperidade da ilha era tanta que havia mais americanos morando em Cuba do que cubanos vivendo nos EUA.
Pois bem, parece que Fidelito e Raulzito são burros, mas nem tanto. Apesar do processo de autodestruição da economia cubana engendrado pelo seu “ministro” da economia (Che Guevara), apesar da ilha praticamente quebrar (o “período especial”) após a dissolução da URSS e apesar de perder mais da metade da sua capacidade de produção na indústria açucareira pelos idos de 2002-2003 e mais recentemente sofrer abalos pelas perdas de produção e consumo do seu tabaco, ela permanece um paraíso para turistas. Para turistas.
Apartheid à cubana
O sistema econômico da ilha é bastante dificil de compreender. Há um sistema nacional, para os cubanos, e um internacional, para turistas e os peixes grandes do Partido Comunista. Há redes de hotéis específicas para turistas, e hotéis onde cubanos podem se hospedar. Há redes de supermercado específicas para turistas, onde se pode comprar com cartão de crédito e pagar em dólar, e as bodegas para os cubanos onde só se compra em peso cubano e com o cartão de racionamento do governo. O mesmo acontece com os tão famosos hospitais cubanos: há uma rede internacional, que conta até com seguros de saúde da Allianz [1][2][3], e uma rede nacional que funciona como o nosso SUS.
O sistema econômico da ilha é bastante dificil de compreender. Há um sistema nacional, para os cubanos, e um internacional, para turistas e os peixes grandes do Partido Comunista. Há redes de hotéis específicas para turistas, e hotéis onde cubanos podem se hospedar. Há redes de supermercado específicas para turistas, onde se pode comprar com cartão de crédito e pagar em dólar, e as bodegas para os cubanos onde só se compra em peso cubano e com o cartão de racionamento do governo. O mesmo acontece com os tão famosos hospitais cubanos: há uma rede internacional, que conta até com seguros de saúde da Allianz [1][2][3], e uma rede nacional que funciona como o nosso SUS.
Primeiramente vamos ter em conta alguns dados.O salário médio de um cubano é em torno dos 400 pesos. Convertido em reais é o equivalente à R$27,75. Em euros são 11,54. Esta cotação é a de 16 de abril de 2012, de acordo com o site XE.
Hoje vamos dar uma olhada no que há para turistas burgueses explorar em Cuba.
Igualdade à cubana
Vamos dar uma rápida olhada nos luxuosos hotéis cubanos da rede Meliá (ou Meliã, conforme a grafia do site). Selecionamos três hotéis.
Vamos dar uma rápida olhada nos luxuosos hotéis cubanos da rede Meliá (ou Meliã, conforme a grafia do site). Selecionamos três hotéis.
434 quartos: 218 suítes junior, 115 suítes junior superior, 27 suítes junior com vista para o mar, 8 suítes Deluxe, 16 suítes Deluxe Romance, 8 suítes Royal Service, 16 suítes Royal Service com vista para o mar, 8 suítes Luxury Royal Service, 16 suítes Luxury Royal Service com vista para o mar, 2 suítes presidenciais Royal Service.
Oito restaurantes continentais, a la carte, casuais e buffet, uma cafeteria e cinco bares. Sem cartão de racionamento, claro.
Também tem pacotes especiais de SPA, academia, serviço de quarto, aluguel de carros, pista de dança, piscina, quadras desportivas, e esportes náuticos.
Mínima diária: 162 euros (R$389,30)
Em pesos cubanos: 5.612,25 (1 ano e 2 meses de trabalho para um cubano)
Em pesos cubanos: 5.612,25 (1 ano e 2 meses de trabalho para um cubano)
510 quartos: 344 suítes junior, 72 suítes junior com vista para o mar, 6 suítes familiares junior com vista para o mar, 6 suítes Deluxe com vista para o mar, 48 suítes Master Junior Royal Service, 26 suíte Master Junior Royal Service com vista para o mar, 6 suítes Master Junior Romance Royal Service, 2 Garden Villa Royal Service.
7 restaurantes (A la Carte, Buffet, churrascaria, Gourmet), 6 bares. Nada de racionamento aqui.
Atividades: SPA, pista de dança, piscina recreativa, piscina desportiva, quadras desportivas e esportes náuticos.
Mínima diária: 172 euros (R$413,44)
Em pesos cubanos: 5.958,68 (1 ano e 3 meses de trabalho para um cubano)
Em pesos cubanos: 5.958,68 (1 ano e 3 meses de trabalho para um cubano)
O mais humilde. Tem água fresca, ar condicionado, banheiro completo, máquina de café, armários no quarto, caixa-forte, controle de temperatura, telefone, terraço, tv a cabo, coquetel de boas vindas, vinho no almoço e na janta, centro de saúde, sauna, academia, piscina, aulas de dança e espanhol, karaoke, golfe, etc.
Mínima diária (promocional): 90 euros (R$216,33)
Em pesos cubanos: 3,118.10 (8 meses de trabalho para um cubano)
Em pesos cubanos: 3,118.10 (8 meses de trabalho para um cubano)
Feitos os devidos cálculos, o cubano médio precisa trabalhar no mínimo 3 anos e 4 meses se quiser passar uma única semana de cinco dias num hotel desses. Um brasileiro médio, ganhando R$1200 por mês, faria o mesmo com um mês de economia. Se você acha que isso não deixa o cubano irado, não se encante: até os sindicalistas mais vermelhos estão putos da cara com o desgoverno do Partido Comunista.
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by http://direitasja.com.br
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