sábado, 19 de julho de 2014

Morre o escritor mineiro Rubem Alves, aos 80 anos



O escritor mineiro Rubem Alves - Divulgação

A semana terminou triste para a literatura brasileira. Um dia depois de João Ubaldo Ribeiro, morreu neste sábado, no Centro Médico de Campinas, no interior de São Paulo, o escritor, pedagogo e psicanalista mineiro Rubem Alves, aos 80 anos. Ele estava internado desde o dia 10 de julho na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), com quadro de insuficiência respiratória decorrente de uma pneumonia, e sofreu falência múltipla de órgãos. Em nota, o hospital informou que o óbito foi registrado às 11h50.
Conhecido principalmente como cronista e autor de livros infantis, Rubem Alves escreveu mais de 120 títulos sobre pedagogia, teologia e psicanálise, suas áreas de formação e que pesquisou durante os anos de sua carreira acadêmica na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O escritor deixa a mulher, Lídia Nopper Alves, e três filhos, Sérgio, Marcos e Raquel. Ainda não há informações sobre velório e enterro.
Trajetória – Rubem Azevedo Alves nasceu em 15 de setembro de 1933 no Sul do Estado de Minas Gerais, na pequena cidade de Boa Esperança, na época chamada de Dores da Boa Esperança. Alves ingressou no Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas, no interior de São Paulo, e se formou em teologia em 1957, sob orientação evangélica. Concluiu mestrado e doutorado em teologia nos Estados Unidos.
Deu aulas para os cursos de Filosofia e Educação da Unicamp até se aposentar, no começo da década de 1990. Em 1995, recebeu o título de professor emérito do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Unicamp. Alves também concluiu o curso de psicanálise na Associação Brasileira de Psicanálise de São Paulo, em 1980, e manteve uma clínica própria até 2004.


Sua obra inclui livros como A Alegria de Ensinar (Papirus) e Por Uma Educação Romântica (Papirus), na área de pedagogia; os infantis A Pipa e a Flor (Edições Loyola) e A Volta do Pássaro Encantado (Paulus); e Variações sobre o Prazer (Planeta do Brasil) e Entre a Ciência e a Sapiência (Edições Loyola) sobre filosofia
by Veja

21 hábitos das pessoas extremamente felizes

20 de março de 2014

Martin Seligman, o pai da psicologia positiva, teoriza que apesar de 60% da felicidade ser determinada pela genética e pelo ambiente os 40% restantes cabem a nós.
Em sua palestra na TED de 2004, Seligman descreveu três tipos de vidas felizes: a vida de prazeres, na qual você enche sua vida com quantos prazeres puder, a vida do envolvimento, em que você encontra a vida no trabalho, em ser pai, no amor e no lazer, e a vida que tem sentido, aquela que “consiste em saber quais são suas maiores forças e, também, em saber usá-las para servir e fazer parte de algo maior que você mesmo”.
Após explorar o que traz a satisfação definitiva, Seligman se disse surpreso. Buscar o prazer, determinaram as pesquisas, não contribui quase nada para a satisfação duradoura. O prazer é o “chantilly e a cereja” que dão um toque adocicado para as vidas baseadas na procura do sentido e do envolvimento.
Por mais que conceitos como sentido e envolvimento possam parecer grandiosos, as pessoas felizes têm hábitos que podem fazer parte do seu dia a dia e que podem compor o quadro total do êxtase. Pessoas felizes têm certas inclinações que ajudam na busca do sentido – e essas inclinações também funcionam como motivação.
1. Elas se cercam de pessoas felizes
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A alegria é contagiosa. Os pesquisadores do Estudo do Coração de Framingham, que investigaram a propagação da felicidade ao longo de 20 anos, descobriram que aqueles que estão cercados por pessoas felizes “têm chance maior de felicidade no futuro”. É um motivo mais que suficiente para se livrar dos amigos depressivos e passar mais tempo com gente otimista.
2. Elas não sorriem sem motivo
Mesmo que você não se sinta tão disposto, cultivar pensamentos felizes – e sorrir por causa deles – pode contribuir para sua felicidade e fazer de você uma pessoa mais produtiva, de acordo com um estudo publicado no Academy of Management Journal. É importante sorrir genuinamente: o estudo revelou que fingir um sorriso quando suas emoções, na verdade, são negativas pode piorar seu humor, em vez de melhorá-lo.
3. Elas têm o poder de se recuperar
De acordo com o psicólogo Peter Kramer, o oposto da depressão não é a felicidade, mas sim a resiliência, ou seja, a capacidade de se recuperar. Pessoas felizes sabem se levantar depois de um fracasso. A resiliência é como uma camada de espuma amortecedora para as inevitáveis dificuldades que nós humanos vamos enfrentar. Como diz o provérbio japonês: “Caia sete vezes e levante oito”.
4. Elas tentam ser felizes
Isso mesmo – é simples assim: simplesmente tentar ser feliz pode melhorar seu bem-estar emocional, de acordo com dois estudos recém-publicados no Journal of Positive Psychology. Aqueles que tentam ativamente se sentir felizes relatam os maiores níveis de humor positivo, uma defesa do argumento que diz que você pode ser feliz se tiver pensamentos felizes.
5. Elas estão atentos às coisas boas
É importante comemorar as grandes conquistas, aquelas que exigem muito esforço, mas as pessoas felizes também dão atenção às vitórias menores. “Quando prestamos atenção às coisas que dão certo, temos várias recompensas ao longo do dia”, disse Susan Weinschenk ao Huffington Post. “Isso ajuda a melhorar nosso humor.” E, como explica Frank Ghinassi, estar atento às coisas que dão certo (mesmo que seja simplesmente o fato de terem servido o café como você gosta) ajuda a ter uma sensação de conquista ao longo do dia.
6. Elas apreciam os pequenos prazeres
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Um sorvete de casquinha com uma espiral perfeita. Um cachorro feliz da vida. As pessoas felizes conseguem apreciar esse tipo de prazer cotidiano. Encontrar sentido nas pequenas coisas e serem gratos por tudo o que eles de fato têm, por acharem que está associado à ideia geral de felicidade.
7. Elas dedicam parte de seu tempo para doações
Mesmo que o dia tenha só 24 horas, pessoas positivas usam parte desse tempo para fazer bem a outras, o que, em contrapartida, faz bem a elas mesmas. Uma pesquisa de longo prazo chamada American’s Changing Lives encontrou vários benefícios ligados ao altruísmo: “O trabalho voluntário faz bem para a saúde física e mental. Pessoas de todas as idades que fazem trabalho voluntário são mais felizes e têm saúde melhor e menos depressão”, relatou Peggy Thoits, líder de um dos estudos.
Essas pessoas também experimentam o que os pesquisadores chamam de “o barato de ajudar”, um estado eufórico observado nas pessoas envolvidas em atos de caridade. “É um ‘barato’ literal, como aquele induzido por drogas”, escreve Christine L. Carter. “O ato de fazer uma doação financeira ativa o centro de recompensas no nosso cérebro responsável pela euforia mediada pela dopamina.”
8. Elas se permitem perder a noção do tempo (e às vezes sem querer)
Quando você está imerso numa atividade que é ao mesmo tempo desafiadora, revigorante e significativa, você está experimentando um estado mental chamado de “fluidez”. Pessoas felizes buscam esse “entusiasmo” ou “empolgação”, o que diminui a inibição e promove sensações associadas ao sucesso. Como explicado em Pursuit-of-happiness.org, “para que haja ‘fluidez’ é preciso encarar a atividade como voluntária e prazerosa (intrinsicamente motivadora), e ela também tem de exigir habilidade e ser desafiadora (mas não muito), com um objetivo final claro”.
9. Elas trocam o bate-papo por conversas mais profundas
Nada errado com aquele papo de vez em quando, mas sentar para conversar sobre as coisas que importam é importante para curtir a vida. Um estudo publicado na Psychological Science revelou que aqueles que conversam profundamente em vez de ficar batendo papo se sentem mais satisfeitos.
“Queria ter tido a coragem de dizer o que sentia” é um dos cinco principais arrependimento de quem está morrendo – um sentimento que indica que talvez desejemos ter passado menos tempo falando da chuva e mais tempo falando do que realmente nos toca.
10. Elas gastam dinheiro com outras pessoas
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Talvez o dinheiro compre felicidade. Um estudo publicado na Science apontou que investir o dinheiro em outras pessoas tem mais impacto na felicidade que gastar consigo mesmo.
11. Elas fazem questão de ouvir
“Ouvir desenvolve a capacidade de absorver conhecimento em vez de bloquear o mundo com suas próprias palavras ou sua mente distraída”, escreve David Mezzapelle, autor de Contagious Optimism (otimismo contagioso, em tradução livre). “Você também demonstra confiança e respeito pelos outros. Conhecimento e confiança são provas de que você é seguro e positivo e, portanto, irradia energia positiva.” Saber ouvir é uma qualidade que reforça os relacionamentos e leva a experiências mais satisfatórias. Um bom ouvinte pode sair de uma conversa sentindo que sua presença serviu para alguma coisa, uma experiência que está relacionada ao bem-estar.
12. Elas preferem conexões pessoais
Mandar um SMS ou uma mensagem de Facebook para seus amigos é rápido e conveniente. Mas gastar dinheiro numa passagem para ver sua pessoa predileta do outro lado do país tem peso quando se trata do seu bem-estar. “Há uma necessidade profunda do senso de ‘participação’ que vem das interações pessoais com amigos”, diz John Cacciopo, diretor do Centro de Neurociência Social e Cognitiva da Universidade de Chicago. As mídias sociais, por mais que nos mantenham em contato, não nos permitem o contato físico, o que ajuda a controlar a ansiedade.
13. Elas olham para o lado bom
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O otimismo melhora a sua saúde de várias maneiras, incluindo a redução do estresse, a tolerância à dor e a longevidade para aqueles com problemas de coração. Se você escolher olhar para o lado bom das coisas, também estará escolhendo a saúde e a felicidade.
Seligman resumiu o que talvez seja a principal característica dos otimistas em seu livro mais elogiado, Learned Optimism (aprendendo o otimismo, em tradução livre):
A característica que define os pessimistas é que eles tendem a acreditar que as coisas ruins vão durar muito tempo, vão minar tudo aquilo que eles fazem, e é tudo culpa deles. Os otimistas, quando confrontados com os mesmos problemas, pensam da maneira oposta. Eles tendem a acreditar que a derrota é só um retrocesso temporário e que as causas estão confinadas àquele caso em particular. O otimista acredita que a derrota não é culpa sua: as circunstâncias, o azar ou outras pessoas têm culpa. Essas pessoas não se abalam com derrotas. Confrontadas com problemas, elas os encaram como desafios e tentam de novo, com mais empenho.
14. Elas gostam de uma boa seleção musical
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A música tem poder. Tanto que ela pode se comparar às massagens no quesito reduzir ansiedade. Em um período de três meses, o Instituto de Pesquisa de Saúde Grupal descobriu que pacientes que simplesmente ouviam música tinham uma redução nos níveis de ansiedade iguais àqueles que recebiam dez massagens de uma hora. Escolher as músicas certas é um fator importante, entretanto. Músicas tristes ou felizes podem afetar como vemos o mundo. Em um experimento, os participantes tinham de identificar rostos tristes ou felizes enquanto ouviam música, e eram grandes as chances de que eles escolhessem rostos que combinassem com a música.
15. Elas se desplugam
Seja meditando, respirando fundo longe do computador ou deliberadamente se desconectando dos eletrônicos, desligar-se do nosso mundo hiperconectado tem vantagens comprovadas no que diz respeito à felicidade. Falar ao celular pode aumentar sua pressão arterial e seu nível de estresse. Ficar horas a fio diante de uma tela está ligado à depressão e à fadiga. A tecnologia não vai desaparecer, mas uma desintoxicação digital dá ao seu cérebro a oportunidade de se recuperar e se recarregar– e, mais que isso, isso pode aumentar sua resiliência.
16. Elas olham para o lado espiritual
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Estudos apontam uma ligação entre práticas religiosas e espirituais e jovialidade. Para começar, hábitos importantes para a felicidade costumam ser valorizados na maior parte das convenções espirituais: expressar gratidão, compaixão e caridade. E fazer as perguntas que importam ajuda a dar contexto e significado para as nossas vidas. Um estudo de 2009 aponta que crianças que achavam que suas vidas tinham um propósito (promovido por conexões espirituais) eram mais felizes.
A espiritualidade oferece aquilo a que o sociólogo Émile Durkheim se referiu como “tempo sagrado”, um ritual de desconexão que leva a momentos de reflexão e calma. Como escreve Ellen L. Idler em The Psychological and Physical Benefits of Spiritual/Religious Practices (os benefícios psicológicos e físicos das práticas espirituais/religiosas, em tradução livre):
O tempo sagrado significa um tempo longe do “tempo profano” no qual levamos a maior parte das nossas vidas. Um período diário de meditação, a prática semanal de acender as velas do shabat, ou ir a cultos ou missas, ou um retiro anual num lugar isolado, quieto e solitário: todos são exemplos de garantir um tempo longe da correria das nossas vidas cotidianas. Períodos de descanso e folga do trabalho e das demandas do dia a dia ajudam a reduzir o estresse, fator primordial nas doenças crônicas que ainda são a principal causa de morte na sociedade ocidental. Experiências transcedentais religiosas e espirituais têm efeito positivo, restaurador e curativo, especialmente se são “embutidas”, por assim dizer, no nosso ciclo de vida diário, semanal, sazonal e anual.
17. Elas priorizam o exercício
Um sábio, mas fictício, estudante da Faculdade de Direito de Harvard disse certa vez: “Exercício gera endorfinas. Endorfinas te fazem feliz.” Já se demonstrou que as endorfinas aliviam sintomas de depressão, ansiedade e estresse, graças aos vários químicos cerebrais que são liberados para amplificar as sensações de felicidade e relaxamento. Além disso, um estudo publicado pelo Journal of Health Psychology indica que o exercício melhora a percepção que as pessoas têm do próprio corpo – mesmo que elas não tenham perdido peso ou tido qualquer tipo de melhora aparente.
18. Elas gostam do ar livre
Quer se sentir vivo? Uma dose de 20 minutos de ar fresco significa uma sensação de vitalidade, segundo vários estudos publicados no Journal of Environmental Psychology. “A natureza é o combustível da alma”, diz Richard Ryan, autor principal de vários dos estudos. “Quando nos sentimos com pouca energia muitas vezes tomamos um café, mas as pesquisas sugerem que o contato com a natureza é muito mais eficaz.” E, mesmo que todo mundo prefira o café quente, é melhor tomar nossa dose de ar livre em temperatura morna: um estudo sobre o clima e a felicidade indicou que a temperatura ótima para a felicidade é 13,8 graus.
19. Elas passam tempo na cama
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Acordar com o pé esquerdo não é um mito. Quando faltam horas de sono, provavelmente falta também clareza e sobram bom humor e decisões erradas. “Uma boa noite de sono pode ajudar e muito a reduzir a ansiedade”, disse Raymond Jean, diretor de medicina do sono e diretor-associado de cuidados críticos do hospital St-Luke’s-Roosevelt, ao Health.com. “Um bom sono traz estabilidade emocional.”
20. Elas gargalham
Você já ouviu essa: a gargalhada é o melhor remédio. Se você estiver tristonho, pode ser verdade. Uma boa risada libera químicos no cérebro que, além de dar aquele barato, nos preparam melhor para tolerar a dor e o estresse. E você pode até trocar um dia na academia por uma sessão de piadas (talvez). “A resposta do corpo a repetidas risadas é similar à dos exercícios”, diz Lee Berk, líder de um estudo de 2010 focado no efeito das risadas no corpo. O mesmo estudo aponta que certos benefícios dos exercícios, como um sistema imune saudável, apetite controlado e bons índices de colesterol, podem ser alcançados com gargalhadas.
21. Elas dão passadas largas
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Já reparou quando alguns amigos estão andando nas nuvens? Tem tudo a ver com a caminhada, segundo uma pesquisa conduzida por Sara Snodgrass, uma psicóloga da Florida Atlantic University. No experimento, Snodgrass pediu que os participantes do estudo caminhassem por três minutos. Metade deles tinha de dar passadas longas, mexendo os braços e mantendo a cabeça levantada. Eles relataram estar mais felizes depois do passeio que o outro grupo, que deu passadas curtas, olhando para o chão.

Maioria no voo MH17 era de holandeses; veja perfis das vítimas

18/07/2014

Havia 298 passageiros no avião que partiu de Amsterdã e caiu na Ucrânia.
Pessoas a bordo eram de pelo menos dez nacionalidades diferentes.

Do G1, em São Paulo
A maioria dos passageiros a bordo no voo MH17 da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia na quinta-feira (17), era de holandeses. Mas o Boeing 777 que decolou de Amsterdã, na Holanda, rumo a Kuala Lumpur, na Malásia, carregava pessoas de todas as idades e de mais de dez nacionalidades. Entre os 298 passageiros estavam pesquisadores comprometidos à luta contra a Aids a caminho da maior conferência anual da área, torcedores fervorosos de um time de futebol inglês a caminho de uma partida do clube na Ásia, uma professora de 77 anos, que trabalhava em um colégio católico só para meninas na Austrália, muitos jovens animados pelas férias no Sudeste Asiático e famílias, como a de uma indonésia casada com um holandês, e seus dois filhos pequenos.
Até o momento não há informações se havia brasileiros no voo, porém a nacionalidade de quatro passageiros ainda não foi identificada.
Até o início da tarde desta sexta-feira (18), a última atualização das autoridades da Malásia e da companhia aérea já tinha identificado a nacionalidade de 294 dos 298 passageiros a bordo:
-189 holandeses, 
- 44 malaios (inclui os 15 tripulantes),
- 27 australianos,
- 12 indonésios,
- 9 britânicos,
- 4 alemães,
- 4 belgas,
- 3 filipinos,
- 1 canadense,
- 1 neozelandês
Apesar de não constar nas listas malaias, os Estados Unidos confirmaram que havia um cidadão norte-americano no voo. Segundo oficiais americanos, ele tinha dupla nacionalidade, e também era holandês.
Veja abaixo informações das vítimas já confirmadas da queda do avião:
Glenn Thomas (britânico)
O britânico Glenn Thomas, jornalista da Organização Mundial da Saúde (OMS), em divulgada nesta sexta-feira (18). Ele estava no avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia (Foto: Organização Mundial da Saúde/AFP)O britânico Glenn Thomas, jornalista da Organização Mundial da Saúde (OMS), em divulgada nesta sexta-feira (18). Ele estava no avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia (Foto: Organização Mundial da Saúde/AFP)
Entre os britânicos que estavam no avião estava Glenn Thomas, de 49 anos, funcionário das ONU. Ele era jornalista e trabalhava como na área de relações com a imprensa da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Glenn era casado com o brasileiro Claudio Manoel Villaça Vanetta, que lembra exatamente a hora da última ligação que recebeu do marido: 11h32, horário de Amsterdã. Como fazia sempre que viajava, Glenn, que era jornalista da Organização Mundial da Saúde (OMS), ligava para o companheiro logo antes de embarcar. “Ele me mandou um beijinho e disse: ‘Assim que eu chegar eu te ligo’”, conta.
Ele seguia para a 20ª Conferência Internacional de Aids, realizada em Melbourne, na Austrália. Estima-se que cerca de 100 passageiros do voo iriam para a conferência.
Foto de 2003 mostra Joep Lange durante uma conferência; pesquisador estava entre os passageiros do voo MH17, que caiu na Ucrânia nesta quinta-feira (Foto:  AFP Photo/Jean Ayissi)Foto de 2003 mostra Joep Lange durante uma
conferência (Foto: AFP Photo/Jean Ayissi)
Joep Lange (holandês)
Um dos pesquisadores na área que também estava a bordo era Joep Lange, que pesquisava a doença havia mais de 30 anos e era considerado uma das maiores autoridades na pesquisa sobre Aids.
Ele admirado por sua defesa incansável da garantia do acesso barato a drogas de combate à Aids em países pobres.
"Ele é um dos ícones de todo esse campo de pesquisa. Sua perda é imensa", disse Richard Boyd, professor de imunologia na Universidade Monash, de Melbourne, à Reuters.
Segundo o Instituto para o Desenvolvimento da Saúde Global de Amsterdã, Lange atuava na área de pesquisas sobre Aids desde 1983 e, entre 1992 e 1995, foi o chefe de pesquisas clínicas e desenvolvimento de medicamentos do Programa Global de Aids da OMS.
Jacqueline van Tongeren era holandesa e diretora do Instituto para o Desenvolvimento da Saúde Global de Amsterdã; ela viajava para a Austrália para participar da conferência sobre Aids (Foto: Divulgação/PharmAcces Foundation)Jacqueline era diretora do Instituto para o
Desenvolvimento da Saúde Global de Amsterdã
(Foto: Divulgação/PharmAcces Foundation)
Jacqueline van Tongeren (holandesa)
Jacqueline ocupava o cargo de diretora do Instituto para o Desenvolvimento da Saúde Global de Amsterdã e viajava com Lange para a Austrália, onde também participaria da conferência de Aids.
"É com profunda tristeza que recebemos a notícia de que nossos estimados e admirados colegas Joep Lange e Jacqueline van Tongeren estavam a bordo do voo MH17 da Malaysia Airlines", disse a Fundação PharmAccess, fundada por Lange, em um comunicado.
Mo, Evie e Otis Maslin, e Nick Norris (australianos)
Mo Maslin, de 12 anos, o irmão Otis, de 8, e a irmã Evie, de 10, voltavam para casa, na Austrália, depois de férias na Europa com os pais. Eles eram acompanhados pelo avô, Nick Norris, mas os pais ficaram na Europa para aproveitar o fim das férias, enquan (Foto: Reprodução/Facebook/Rin Norris)Mo Maslin, de 12 anos, o irmão Otis, de 8, e a irmã Evie, de 10, voltavam para casa, na Austrália, na companhia do avô, Nick Norris (Foto: Reprodução/Facebook/Rin Norris)
Os três irmãos Mo, Evie e Otis Maslin viajavam no voo MH17 de Amsterdã para Kuala Lumpur na companhia do avô Nick Norris. Seu destino final seria a Austrália, segundo o jornal australiano Herald Sun. Mo tinha 12 anos, sua irmã Evie tinha dez e Otis era o caçula, com oito anos.
O jornal afirma que os três tinham tirado férias pela Europa com seus pais, Rin Norris e Anthony Maslin, mas voltavam para casa com o avô, que havia estado em Londres a trabalho, porque tinham que voltar às aulas. Rin e Anthony ficaram em Amsterdã, para viajar durante mais dias.
O casal Elaine Teoh e Emiel Mahler trabalhou junto em uma empresa do setor financeiro, segundo o canal de notícias australiano ABC. Elaine nasceu na Malásia, e Emiel era cidadão holandês (Foto: Reprodução/Facebook/Fiona Lim)O casal Elaine Teoh e Emiel Mahler
(Foto: Reprodução/Facebook/Fiona Lim)
Elaine Teoh (malaia-australiana) e Emiel Mahler (holandês)
O casal de namorados Elaine Teoh e Emiel Mahler viajava junto no avião da Malaysia Airlines. Elaine nasceu na Malásia, mas cresceu em Melbourne, na Austrália, e se formou pela Universidade de Melbourne. "Estamos especialmente tristes em ouvir relatos de que Elaine Teoh está entre os mortos", disse a instituição, em um comunicado.
"Teoh se formou na Universidade de Melbourne com um diploma de bacharelado em comércio em 2008. Nossos pensamentos estão com sua família e amigos neste momentol", afirma a nota.
A informação de que Elaine estava a bordo do avião foi confirmada pelo seu irmão, em seu perfil no Facebook, diz a ABC. O canal de notícias afirmou que ela trabalhava em uma empresa do setor de finanças, que emitiu um comunicado dizendo que Emiel também trabalhou lá.
A  irmã Philomene Tiernan tinha 77 anos e era professora de um colégio católico só para meninas em Sidney, na Austrália (Foto: Divulgação/Kincoppal-Rose Bay School)A irmã Philomene tinha 77 anos e era professora
de um colégio católico só para meninas em Sidney
(Foto: Divulgação/Kincoppal-Rose Bay School)
Philomene Tiernan (australiana)
A escola católica para meninas Kincoppal-Rose Bay, de Sidney, na Austrália, confirmou pelo Facebook a morte da irmã Philomene Tiernan, uma das professores da instituição.

"Estamos devastados pela perda de uma mulher tão maravilhosamente boa, sábia e de compaixão, que era muito amada por todos mós. Phil contribuiu enormemente para a nossa comunidade e tocou as vidas de todos nós de uma maneira muito positiva e significativa", afirmou a diretora da escola, Hilary Johnston-Croke, em um comunicado publicado no perfil oficial da escola no Facebook.
Philomene tinha 77 anos, segundo o colégio, e trabalhava lá havia mais de 30 anos, ocupando diversos cargos.
De acordo com o comunicado, a religiosa deu aulas a milhares de alunos, e ainda cuidava do lado pastoral "dentro e fora da escola".
Andrei Anghel (romeno-canadense)
Andrei Anghel tinha 24 anos e era o único passageiro canadense no avião. Ele nasceu na Romênia, mas mudou para Ontario aos 8 anos. Depois da faculdade de ciências biomédicas, foi estudar medicina na Romênia. Ele e a namorada iriam de férias para Bali (Foto: Reprodução/Facebook/Andrei Anghel)Andrei tinha 24 anos, era estudante de medicina e o único passageiro canadense no avião. Ele embarcou para a Malásia, mas passaria férias com a namorada em Bali (Foto: Reprodução/Facebook/Andrei Anghel)
A rede de televisão canadense CTV afirmou que a única vítima do país na tragédia foi o estudante de medicina Andrei Anghel. Segundo a CTV, ele tinha 24 anos e era da cidade de Ajax, ao leste de Toronto. Andrei estudou ciências biomédicas na Universidade de Waterloo e depois voltou para a Romênia, onde nasceu, para fazer a faculdade de medicina.
"Ele sempre foi uma criança esperta e nunca se meteu em encrencas", disse Lexi. Segundo ela, os dois nasceram na Romênia, mas se mudaram para o Canadá em 1998, quando Andrei tinha apenas oito anos.
A irmã dele, Lexi Anghel, afirmou à TV que o destino de Andrei não era a Malásia, mas sim Bali, na Indonésia, seu destino de férias. Lexi disse que Andrei viajava acompanhado da namorada, que ele conheceu durante a faculdade, e que o objetivo do casal era fazer uma viagem de trilhas durante cinco semanas.
John Alder, em foto não datada: britânico estava entre os passageiros do voo que caiu na Ucrânia. Segundo o clube de futebol inglês Newcastle United, ele viajava para a Nova Zelândia com o amigo Liam Sweeney: os dois eram torcedores fanáticos do time e as (Foto: AP Photo/Paul English/Press Association)John, em foto não datada: ele e Liam Sweeney
iriam à Nova Zelândia acompanhar o Newcastle
United, segundo comunicado do clube inglês
(Foto: AP Photo/Paul English/Press Association)
John Alder e Liam Sweeney (britânicos)
O clube de futebol inglês Newcastle United publicou uma nota em seu site oficial afirmando que dois de seus torcedores, John Alder, e Liam Sweeney, estão entre os passageiros a bordo do voo MH17. De acordo com o clube, Alder e Sweener eram "dois dos torcedores mais leais do clube", e estariam viajando até a Nova Zelândia com o objetivo de assistir a partidas do Newcastle United no tour que o clube fará pela Ásia.
"Os dois homens eram rostos conhecidos em todos os jogos do Newcastle United fora de casa e assistiam não só aos primeiros jogos do time, mas também às partidas das categorias de base", diz o comunicado. Ainda de acordo com a nota, Alder frequentou o estádio "por quase meio século" e raramente perdia um jogo. Já Sweeney ajudava a organizar os ônibus de torcedores para jogos fora de casa.
Quinn Schansman (americano-holandês)
O americano Quinn Lucas Schansman foi confirmado pelo governo dos EUA como a única vítima do país na tragédia (Foto: Reprodução/Facebook/Quinn Schansman)O americano-holandês Quinn Lucas Schansman foi confirmado pelo governo dos EUA como a única vítima do país na tragédia (Foto: Reprodução/Facebook/Quinn Schansman)
Quinn Lucas Schansman era o único cidadão dos Estados Unidos a bordo do MH17, segundo informações confirmadas pelo presidente do país, Barack Obama. Segundo a rede de televisão norte-americana CNN, oficiais dos EUA afirmaram que Quinn tinha dupla nacionalidade: a americana e a holandesa.
Em seu perfil no Facebook, Quinn afirmaram que estudou na Escola Internacional de Negócios da universidade Hogeschool, em Amsterdã.
O senador holandês Willem Witterveen era casado e deixa um filho e uma filha, segundo informações do Senado da Holanda (Foto: AFP/Paul Dijkstra/ANP)O senador holandês Willem Witterveen
(Foto: AFP/Paul Dijkstra/ANP)
Willem Witteveen (holandês)
O senador Willem Witteveen nasceu em 1952 e era seguidor de uma corrente filosófica do islamismo chamada sufismo, segundo o jornal holandês NL Times.
Ele era casado e tinha um filho e uma filha.
Willem ocupava um assento no senado da Holanda desde janeiro de 2013, mas já havia atuado como político antes: ele foi senador na Holanda entre os anos de 1999 e 2007.
O holandês Cor aparece ao lado da namorada que viajou com ele (Foto: Reprodução/Facebook/Neeltje Tol)Cornelis aparece ao lado da namorada. que viajou
com ele (Foto: Reprodução/Facebook/Neeltje Tol)
'Cor' Pan e Neeltje Tol (holandeses)
Um holandês que postou no Facebook uma foto de um avião da Malaysia Airlines e uma piada sobre acidentes aéreos estava no voo MH17, que caiu na quinta na Ucrânia, afirmou um tio do rapaz.
No Facebook, ele se identificava com o apelido Cor Pan. "Sim, é isso mesmo, meu sobrinho e sua namorada estavam nesse voo", confirmou ao G1, por chat, Jan Veerman.
Ele afirmou que a família toda está reunida em Volendam, cidade de origem do garoto, de luto por causa da perda de duas pessoas "boas, felizes e cheias de vida".
Yuli Hastini, John, Arjun e Sri Paulissen (holandeses)
Widi Yuwono mostra foto da irmã Yuli Hastini com o marido holandês John Paulissen e os filhos Arjun e Sri. Os quatro embarcaram em Amsterdã no voo MH17 (Foto: AP)Widi Yuwono mostra foto da irmã Yuli Hastini com o marido holandês John Paulissen e os filhos Arjun e Sri. Os quatro embarcaram em Amsterdã no voo MH17 (Foto: AP)
Uma família com duas crianças estava entre os passageiros do voo MH17. A jovem Yuli Hastini era casada com o holandês John Paulissen, tinha dois filhos, Arjun e Sri. O irmão de Yuli, Widi Yuwono, mostrou uma foto da família à agência de notícias Associated Press em sua casa, no centro de Java, na Indonésia.
Karlijn Keijzer, holandesa que fazia doutorado na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, tinha 25 anos e, além dos estudos, também era atleta de remo (Foto: Divulgação/Indiana University)Karlijn fazia doutorado nos Estados Unidos e tinha
25 anos (Foto: Divulgação/Indiana University)
Karlijn Keijzer (holandesa)
A holandesa Karlijn Keijzer vivia em Bloomington, no estado de Indiana, nos Estados Unidos. Segundo a Universidade de Indiana, ela era estudante de doutorado da instituição e também participou do time de remo da universidade no ano letivo de 2011.
"Karlijn era uma estudante excelente e uma atleta talentosa, e sua partida é uma perda para o campus e a universidade", afirmou o presidente da Universidade de Indiana, Michael A. McRobbie, em comunicado divulgado no site da instituição.
Karlijn tinha 25 anos, segundo a universidade, e era ligada ao Departamento de Química da Faculdade de Artes e Ciências.
"Estamos com o coração partido pela morte trágica da nossa estudante", disse Larry Singell, chefe da faculdade. "Karlijn era, de todos os lados, uma estrela brilhante na constelação da Universidade de Indiana."
Irene, Sheryl, Darryl e Budy Janto Gunaway (indonésios)
Uma família da Indonésia também está entre as vítimas da tragédia, segundo o canal de televisão indonésio ANC e o site de notícias ABS-CBN. Peter Overbeek, holandês amigo da família, afirmou à ANC que Irene Gunaway, seu marido identificado como Budy Janto Gunamay, sua filha Sheryl Shanta, de 15 anos, e seu filho Darryl Dwight, de 20, viviam na Holanda, mas viajavam de férias para Manila, na Indonésia. Ainda segundo Overbeek, o pai da família era funcionário da Malaysia Airlines, e por isso a família teria preferido voar para a Malásia, para depois seguir para a Indonésia.
O jovem Regis Crolla, que postou bilhete do voo da Malaysia no Facebook (Foto: Reprodução/Facebook/Regis Crolla)Regis postou foto da passagem na web
(Foto: Reprodução/Facebook/Regis Crolla)
Regis Crolla (holandês)
Regis Crolla postou nas redes sociais uma foto da passagem aérea do voo MH17, ao lado da frase: "Estou tão animado!". Ele postou o texto e a foto no Instagram dez horas atrás, antes de o acidente com o avião da Malaysia Airlines acontecer. Ele também escreveu  "AMS --> Kuala Lumpur --> Bali", dando a entender que viajaria de Amsterdã para Bali, com escala em Kuala Lumpur, na Malásia.

No Facebook, o garoto, que colocou em seu perfil que mora em Amsterdã, também comentou sobre a viagem antes do voo sair. "Voltando às minhas raízes. Te vejo muito em breve, Bali!", escreveu, junto com o comentário "viajando para Bali de Malaysian Airlines". Nas duas redes sociais, seus amigos comentaram os posts com dizeres como "Não pode ser verdade" e "Rezando por um milagre".
Shazana Salleh (malaia)
Shazana Salleh era funcionária da Malaysia Airlines. Segundo seu perfil no Facebook, a jovem vivia na cidade de Pataling Jaya, na Malásia (Foto: Reprodução/Facebook/Shazana Salleh)Shazana Salleh era funcionária da Malaysia Airlines. Segundo seu perfil no Facebook, a jovem vivia na cidade de Pataling Jaya, na Malásia (Foto: Reprodução/Facebook/Shazana Salleh)
Em seu perfil no Facebook, Shazana Salleh afirmava ser funcionária da Malaysia Airlines. Nos últimos meses, ela postou informações e fotos sobre viagens a Los Angeles e Katmandu. Sua última atualização pública no perfil é de 13 de julho, e desde então a publicação recebeu comentários de amigos da jovem malaia enviando suas condolências.
Shazana era uma das 15 tripulantes a bordo do avião que caiu na Ucrânia, segundo informações da CNN, que ouviu a melhor amiga dela. Carmen Low Kar Marn afirma que foi ela que a levou até o aeroporto, antes do voo. "Eu disse 'Vou esperar você voltar', e ela nunca voltou", disse Low à rede de televisão americana. "Eu tento enviar mensagens para ela, mas não tenho resposta.
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Corpos caíram do céu após explosão de avião na Ucrânia, dizem moradores

Reuters
18/07/2014 12h52 - Atualizado em 18/07/2014 15h25

Ucraniana disse que corpo atravessou o telhado e caiu dentro de sua casa.

Avião com 298 pessoas a bordo caiu no leste do país nesta quinta (17).

Da Reuters
Equipes de resgate trabalham em meio aos destroços da queda do voo MH17 nesta sexta-feira (18) perto de Shaktarsk, no leste da Ucrânia (Foto: Dominique Faget/AFP)


Voo saiu da Holanda para a Malásia
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Primeiro veio uma grande explosão que fez sacudir as casas e prédios, depois começaram a chover corpos. Um dos cadáveres atravessou o telhado frágil da casa de Irina Tipunova em uma tranquila aldeia, logo após o voo MH17 daMalaysia Airlines explodir no céu da Ucrâniaoriental, onde os separatistas pró-Rússia lutam contra as forças do governo.
"Houve um barulho alto e tudo começou a sacudir. Então objetos começaram a cair do céu", disse a aposentada de 65 anos diante de sua casa.
"E então eu ouvi um barulho e ela caiu na cozinha, o telhado foi quebrado", disse, mostrando o buraco feito pelo corpo quando caiu através do teto da cozinha.
O corpo nu da mulher morta ainda estava dentro da casa, ao lado de uma cama.
A cerca de 100 metros da casa de Irina, mais dezenas de corpos estavam nos campos de trigo, onde o avião caiu na quinta-feira, matando todas as 298 pessoas a bordo.
Ainda visivelmente abalada pela experiência, Irina disse: "O corpo ainda está aqui porque eles me disseram para esperar especialistas virem buscá-lo."
Outra moradora local com cerca de 20 anos, que não quis dar seu nome, disse que correu para fora de casa depois de ouvir o avião explodir.
"Eu abri a porta e vi as pessoas caindo. Uma caiu na minha horta", disse ela.
Não foram apenas corpos que caíram do céu. Pedaços de metal, peças de bagagem e outros detritos desabaram no chão nesta área agrícola a cerca de 40 quilômetros da fronteira com aRússia.
A parte da frente do avião caiu em um campo de girassóis a cerca de um quilômetro da casa de Irina. Partes da fuselagem e partes de corpos estavam espalhadas por quilômetros ao redor.
Equipes de resgate dizem ter encontrado a maior parte dos cadáveres, alguns deles intactos, outros despedaçados. Alguns foram empilhados juntos, mas outros ficaram onde caíram, com os locais identificados por varas fixadas no solo com tecidos brancos anexados.
Alguns dos cadáveres foram embrulhados em folhas de plástico quase transparentes, com os cantos presos com pequenos montes de terra ou pedras. Algumas pernas ficaram descobertas. Em um deles, um cravo vermelho foi colocado por cima.
Entre os mortos estão muitas mulheres e crianças, incluindo um menino de cerca de 10 anos ainda caído ao lado da cabine do avião, o seu pequeno corpo coberto por uma folha de plástico.
Depois de 24 horas da queda do avião, o caos ainda imperava no local. Sapatos espalhados, remédios que caíram de compartimentos do avião, malas vazias e artigos de vestuário espalhados nos campos.
Em um esforço para limpar a cena, partes de corpos foram retiradas da estrada esburacada onde caíram, junto às partes da fuselagem e asas com o logotipo vermelho e azul da Malaysia Airlines.
Equipes de resgate, em reduzido número na quinta-feira, começaram a chegar em peso na sexta-feira, montando suas bases em duas grandes tendas. Jornalistas e moradores da região vagavam livremente pelas cinzas e destroços.
Combatentes rebeldes em uniforme de combate observavam os procedimentos nervosamente. Kiev acusou-os de derrubar o avião, mas eles negam e prometem não impedir a realização de uma investigação internacional.
O som constante de morteiros e disparos à distância era um alerta de que ainda não terminou o conflito entre os rebeldes separatistas e as forças do governo, que tentam acabar com três meses de revolta contra as autoridades de Kiev.
Destroços do avião da Malaysia que caiu na quinta (17) continam no local da queda na Ucrânia (Foto: Dmitry Lovetsky/AP)Destroços do avião da Malaysia que caiu na quinta (17) continuam no local da queda na Ucrânia (Foto: Dmitry Lovetsky/AP)

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