A promoção post-mortem do ex-capitão do Exército e líder guerrilheiro Carlos Lamarca e a indenização para a viúva, Maria Lamarca, provocaram reações nos círculos militares. Os pais do soldado Mário Kozel Filho, morto aos 18 anos em atentado liderado por Lamarca, também vão pleitear reparações na Comissão de Anistia do governo federal.
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A comissão concedeu indenização de R$ 300 mil à viúva e aos filhos pelos dez anos em que estiveram exilado em Cuba. Com a promoção post-mortem, Maria passa a receber do Ministério da Defesa uma pensão de R$ 12 mil, correspondente ao montante pago para um general de brigada do Exército.
Lamarca era capitão do Exército quando desertou da corporação para ingressar na luta armada, na qual foi um dos mais ativos militantes da oposição ao regime militar. Segundo nota do Ministério da Justiça, o líder guerrilheiro teria se aposentado como coronel se seguisse na carreira militar.
O órgão ainda tem pela frente outro caso polêmico: o pedido de aposentadoria e de reconhecimento de identidade formal do ex-marinheiro José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo. Ele militou na esquerda, depois de sair da Marinha, mas mudou de lado e se tornou traidor dos grupos guerrilheiros que combatiam o regime militar. Seu processo está na fase inicial de tramitação na Comissão de Anistia.
O brigadeiro reformado e ex-presidente do Supremo Tribunal Militar (STM) Sérgio Ferolla declarou-se radicalmente contrário à indenização e não poupou ofensas a Lamarca. "Ele foi um traidor. Cometeu crimes militares hediondos como desertar, roubar armamento e matar um oficial da PM. Se fosse processado pelo STM, seria condenado", disse.
O homem que matou Lamarca em 1971, o general e ex-secretário de Segurança do Rio Nilton Cerqueira, disse ter ficado revoltado. "Ele é um traidor, desertor, assaltante e assassino", afirmou Cerqueira, que era major na época em que liderou a emboscada a Lamarca no sertão da Bahia.
Favorável à medida, o coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Ariel de Castro Alves, disse que o líder guerrilheiro - que desertou do Exército retirando 62 fuzis FAL e munição de um quartel para combater a ditadura - é "um ícone da resistência armada ao regime militar". "Lamarca foi vítima da ditadura e morreu combatendo o regime de exceção".
Na quarta-feira, a Comissão de Anistia aprovou o pagamento de pensão vitalícia à viúva de Lamarca, Maria Pavan, no valor de R$ 12.125, equivalente ao soldo de general-de-brigada. Também foi aprovada indenização de R$ 100 mil para Maria e seus dois filhos, Cláudia e César, somando R$ 300 mil.
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A comissão concedeu indenização de R$ 300 mil à viúva e aos filhos pelos dez anos em que estiveram exilado em Cuba. Com a promoção post-mortem, Maria passa a receber do Ministério da Defesa uma pensão de R$ 12 mil, correspondente ao montante pago para um general de brigada do Exército.
Lamarca era capitão do Exército quando desertou da corporação para ingressar na luta armada, na qual foi um dos mais ativos militantes da oposição ao regime militar. Segundo nota do Ministério da Justiça, o líder guerrilheiro teria se aposentado como coronel se seguisse na carreira militar.
O órgão ainda tem pela frente outro caso polêmico: o pedido de aposentadoria e de reconhecimento de identidade formal do ex-marinheiro José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo. Ele militou na esquerda, depois de sair da Marinha, mas mudou de lado e se tornou traidor dos grupos guerrilheiros que combatiam o regime militar. Seu processo está na fase inicial de tramitação na Comissão de Anistia.
O brigadeiro reformado e ex-presidente do Supremo Tribunal Militar (STM) Sérgio Ferolla declarou-se radicalmente contrário à indenização e não poupou ofensas a Lamarca. "Ele foi um traidor. Cometeu crimes militares hediondos como desertar, roubar armamento e matar um oficial da PM. Se fosse processado pelo STM, seria condenado", disse.
O homem que matou Lamarca em 1971, o general e ex-secretário de Segurança do Rio Nilton Cerqueira, disse ter ficado revoltado. "Ele é um traidor, desertor, assaltante e assassino", afirmou Cerqueira, que era major na época em que liderou a emboscada a Lamarca no sertão da Bahia.
Favorável à medida, o coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Ariel de Castro Alves, disse que o líder guerrilheiro - que desertou do Exército retirando 62 fuzis FAL e munição de um quartel para combater a ditadura - é "um ícone da resistência armada ao regime militar". "Lamarca foi vítima da ditadura e morreu combatendo o regime de exceção".
Na quarta-feira, a Comissão de Anistia aprovou o pagamento de pensão vitalícia à viúva de Lamarca, Maria Pavan, no valor de R$ 12.125, equivalente ao soldo de general-de-brigada. Também foi aprovada indenização de R$ 100 mil para Maria e seus dois filhos, Cláudia e César, somando R$ 300 mil.
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