by Estadão
'Não darei declarações sobre o tema antes de responder à  presidente da República, o que pretendo fazer na segunda-feira', disse ontem o  presidente da comissão, José Paulo Sepúlveda Pertence, após encerramento de  seminário em Brasília sobre ética na gestão. Por determinação de Dilma, a  ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) encaminhou ofício solicitando  esclarecimentos à comissão.
 Na última quarta-feira, a Comissão de Ética Pública recomendou,  por unanimidade, a exoneração de Lupi. Em relatório, a conselheira Marília  Muricy sustenta que a 'enxurrada de denúncias' no Ministério do Trabalho abala  'a administração pública federal como um todo'.
 'A conduta do sr. Carlos Lupi, seja por suas inquestionáveis e  graves falhas como gestor, seja pela seja pela irresponsabilidade de seus  pronunciamentos públicos, não se coaduna com os preceitos éticos estabelecidos  pela alta administração federal', destaca o relatório. Questionada se mantinha o  tom do relatório, a relatora disse: 'Palavra por palavra, vírgula por vírgula,  ponto e vírgula por ponto e vírgula'.
 Para Marília Muricy, Dilma não desafia a comissão. 'A  presidenta não está subordinada à comissão. Ao contrário, a comissão é criada  por decreto presidencial, os membros são nomeados pela presidenta da República e  a Comissão de Ética assessora a Presidência', disse.
 Pertence afirmou ter votado 'absolutamente convencido' no  processo de Lupi, observando que o pedido de reconsideração do ministro deve ser  'examinado e estudado'.
 Ele aproveitou o seminário para enaltecer o trabalho do grupo.  Disse que debates como o que se encerrou ontem vem 'marcando desde o início da  fundação dessa comissão de mentirinha, como já dizem uns'. Depois, explicou que  fez referência ao 'caríssimo amigo senador Pedro Simon (PMDB-RS)'. Simon  afirmou, no dia 21 de novembro, que a comissão é 'de mentirinha, foi feita para  não valer'.
 
 
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