by Fernando Jorge
UM LIVRO REPLETO DE
ERROS DE PORTUGUÊS
Um livro de Paulo Coelho, intitulado O demônio e a srta. Prym está repleto de cacofonias, redundâncias, disparates, lugares-comuns, afirmativas absurdas, deficiências linguísticas, frases mal construídas e erros de regência verbal e colocação pronominal. Além disso, o escritor carioca não sabe inserir as vírgulas nos seus devidos lugares. Não sabe virgular. Também ignora que não se separa por vírgula o verbo do sujeito.
Mais do que o enredo anêmico, fragilíssimo, o que impressiona no livro é a enorme quantidade de solecismos, de erros de português. Examinemos alguns desses erros, apenas uma pequena parte. Já na página 35 encontrei este:
“...começou a rezar para sua avó, morta há algum tempo atrás...”
Eis aí uma expressão redundante. A ideia de passado está bem presente no verbo haver, não sendo necessário, portanto, o uso do advérbio atrás. Paulo Coelho repete o erro em outras páginas do livro:
“Há muitos anos atrás...” (página 36) – “Há três anos atrás...” (página 49) – “Há quatro dias atrás...” (página 58) – “...há milênios atrás” (página 60) – "Há três dias atrás..." (página 67).
Paulo não sabe usar a combinação da preposição em com o pronome demonstrativo aquele, na sua forma feminina, como se vê na página 37 de “O demônio e a srta. Prym”:
“De modo que resolveu matá-lo aquela mesma noite...”
A noite decidiu matar alguém, era uma criminosa? Se pudesse ser claro, correto, Paulo teria escrito assim:
“De modo que resolveu matá-lo naquela mesma noite...”
Monumental erro de concordância resplandece na página 121:
“Nada de apostas: aquele povo não merecia a fortuna que quase tiveram ao alcance das mãos.”
O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. É a regra geral, acima violada. Convido o amigo leitor para corrigir, junto de mim, a frase do Paulo Coelho:
“Nada de apostas: aquele povo não merecia a fortuna que quase teve ao alcance das mãos."
Paulo Coelho não conhece as regras básicas de colocação pronominal, é incapaz de meter o pronome se no seu devido lugar:
".. .desconhecendo que na maior parte das vezes comportam-se. . ." (página 23).
Eu e você, amigo leitor, vamos agora corrigir o autor de “O alquimista”:
“...desconhecendo que na maior parte das vezes se comportam...”.
Mas Coelho é teimoso, insistente e reincidente. Para ele o que não atrai pronome se:
“... o que mais temia transformou-se em realidade” (página 98) – "...há um momento em que um homem importante aproxima-se de Jesus" (página 138) – "E que, durante todos estes anos, tornou-se...” (página 160) – “... de modo que ninguém ali descobrisse que, em sua curta viagem até a cidade, transformara-se numa mulher rica”. (página 211).
Observem o cacófato da última frase: “numa mulher”. Aliás, na página 40 há este cacófato medonho: “uma maneira macabra”... É mamar demais, sem ter muito leite!
Aconselho a editora do Paulo Coelho a contratar um professor do nosso idioma para corrigir os gravíssimos erros de português desse escritor. Tais erros ensinam os seus leitores a falar errado, fazem a propaganda da ignorância.
Mais do que o enredo anêmico, fragilíssimo, o que impressiona no livro é a enorme quantidade de solecismos, de erros de português. Examinemos alguns desses erros, apenas uma pequena parte. Já na página 35 encontrei este:
“...começou a rezar para sua avó, morta há algum tempo atrás...”
Eis aí uma expressão redundante. A ideia de passado está bem presente no verbo haver, não sendo necessário, portanto, o uso do advérbio atrás. Paulo Coelho repete o erro em outras páginas do livro:
“Há muitos anos atrás...” (página 36) – “Há três anos atrás...” (página 49) – “Há quatro dias atrás...” (página 58) – “...há milênios atrás” (página 60) – "Há três dias atrás..." (página 67).
Paulo não sabe usar a combinação da preposição em com o pronome demonstrativo aquele, na sua forma feminina, como se vê na página 37 de “O demônio e a srta. Prym”:
“De modo que resolveu matá-lo aquela mesma noite...”
A noite decidiu matar alguém, era uma criminosa? Se pudesse ser claro, correto, Paulo teria escrito assim:
“De modo que resolveu matá-lo naquela mesma noite...”
Monumental erro de concordância resplandece na página 121:
“Nada de apostas: aquele povo não merecia a fortuna que quase tiveram ao alcance das mãos.”
O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. É a regra geral, acima violada. Convido o amigo leitor para corrigir, junto de mim, a frase do Paulo Coelho:
“Nada de apostas: aquele povo não merecia a fortuna que quase teve ao alcance das mãos."
Paulo Coelho não conhece as regras básicas de colocação pronominal, é incapaz de meter o pronome se no seu devido lugar:
".. .desconhecendo que na maior parte das vezes comportam-se. . ." (página 23).
Eu e você, amigo leitor, vamos agora corrigir o autor de “O alquimista”:
“...desconhecendo que na maior parte das vezes se comportam...”.
Mas Coelho é teimoso, insistente e reincidente. Para ele o que não atrai pronome se:
“... o que mais temia transformou-se em realidade” (página 98) – "...há um momento em que um homem importante aproxima-se de Jesus" (página 138) – "E que, durante todos estes anos, tornou-se...” (página 160) – “... de modo que ninguém ali descobrisse que, em sua curta viagem até a cidade, transformara-se numa mulher rica”. (página 211).
Observem o cacófato da última frase: “numa mulher”. Aliás, na página 40 há este cacófato medonho: “uma maneira macabra”... É mamar demais, sem ter muito leite!
Aconselho a editora do Paulo Coelho a contratar um professor do nosso idioma para corrigir os gravíssimos erros de português desse escritor. Tais erros ensinam os seus leitores a falar errado, fazem a propaganda da ignorância.
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