Partido tem até o final deste mês para arrecadar recursospara diminuir
o montante
SÃO PAULO - A campanha vitoriosa do PT à prefeitura de São Paulo, a mais cara do país, fechou no vermelho e custou caro para o partido. A sigla que elegeu Fernando Haddad produziu uma dívida de cerca de R$ 26 milhões e espera reduzi-la até o final deste mês, prazo que a Justiça Eleitoral autoriza para doações eleitorais. A maior parte da dívida foi feita no segundo turno. A última prestação de contas feita pelo partido, em setembro, apontava uma dívida de R$ 6,4 milhões.
Ao todo, as despesas do PT foram em torno de R$ 50 milhões, metade da quantia investida nos palanques eletrônicos. Os maiores doadores, além dos diretórios estadual e nacional do próprio partido, foram as empreiteiras e as instituições financeiras, que chegaram a fazer doações individuais de até cerca de R$ 2 milhões.
No segundo turno, a campanha eleitoral não chegou a reduzir o contingente de cabos eleitorais, mas aproveitou o material impresso produzido no primeiro turno. Os integrantes da sigla constataram uma diminuição do número de colaboradores neste ano, tanto em virtude do cenário econômico pouco favorável como em decorrência do julgamento do mensalão.
O PSDB, por sua vez, não fechou a disputa municipal no vermelho. O tesoureiro da campanha eleitoral de José Serra, Luís Sobral, informou que, até o dia 26 de outubro, foram arrecadados R$ 33,5 milhões, enquanto as despesas foram de R$ 32 milhões. Os maiores doadores da campanha eleitoral foram os diretórios estadual e nacional do PSDB, que doaram cerca de 35% do total arrecadado pela campanha eleitoral.
Os gastos com propaganda televisiva chegaram a R$ 7 milhões e com serviços prestados por terceiros, como produção, assessoria e pesquisa, alcançaram R$ 17 milhões.
O valor arrecadado até o final de outubro é bem inferior ao teto projetado pelo PSDB no início da disputa municipal, de R$ 98 milhões. O teto de gastos definido pelo PT para a campanha paulistana foi de R$ 90 milhões.
by O Globo
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