Dois anos depois da tragédia na região serrana do Rio de Janeiro, os moradores das sete cidades atingidas ainda sofrem com a falta de ajuda, e continuam esperando pelas 5 mil casas prometidas.
Uma sexta-feira de lembranças. Choveu na região serrana, fraco, mas o suficiente para um barranco deslizar e atingir uma casa em Petrópolis. No município vizinho, Teresópolis, fitas brancas foram distribuídas à população.
É uma forma de pedir a paz que os moradores deixaram de ter depois do 12 de janeiro de 2011. Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, 377 pessoas ainda estão desaparecidas nas sete cidades atingidas pelo maior desastre natural do Brasil, e 911 pessoas morreram. Muitas, até hoje, não receberam o aluguel social.
Cinco mil casas populares foram prometidas pelo governo, mas ainda não estão prontas. Algumas estão condenadas, como o da cabeleireira Úrsula Carvalho, e na fila de demolição. Às 19h, os clientes já foram embora e Úrsula também deveria ir para casa, mas não consegue. Há quase dois anos, mora no mesmo local onde trabalha, porque, até hoje, não recebeu o aluguel social.
O governo do estado justificou a demora na entrega das casas e fez nova promessa. “Depois que nós achamos esse terreno, tem todo o trabalho burocrático de desapropriação. Acredito que, no segundo trimestre desse ano, a gente já comece a inaugurar as unidades habitacionais”, diz José Beraldo, subsecretário estadual de Reconstrução da Região Serrana.
by G1
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