segunda-feira, 14 de janeiro de 2013


Analfabetismo funcional, a realidade que ninguém lê!


analfabetismo funcional é grande
O Instituto Paulo Montenegro por meio do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), revelou em seu último levantamento no ano de 2011, novos, porém não otimistas, dados sobre as habilidades de leitura, escrita e matemática dos brasileiros.
Segundo a pesquisa, apenas 62% das pessoas com ensino superior e 35% das pessoas com ensino médio estão plenamente alfabetizadas e em perspectiva, apenas um em cada quatro brasileiros efetivamente domina as três habilidades.
Manchete em diversos veículos de comunicação importantes do país como: BandVejaTv CulturaCorreio do Povo e Exame; a notícia causa polêmica porque incita em alguns a necessidade de encontrar os culpados pelo resultado e ainda medir as inevitáveis consequências do mesmo.
Entre as causas, aponta-se o aumento das vagas, muitas vezes sem qualidade, no ensino superior; a má formação dos professores, o pouco investimento em Educação e, ainda, as más condições de um adolescente permanecer na escola. Entre as consequências, pensou-se, na maioria dos casos, na situação econômica do indivíduo e do país, em sentido geral.
Acontece que o analfabetismo funcional não relaciona-se apenas com a economia. Obviamente não há como termos profissionais qualificados com índices tão desastrosos, porém; não é possível também que tenhamos a capacidade de consumir literatura de qualidade, escolher e calcular o valor real dos produtos, opinar nos assuntos de nosso interesse, avaliar a qualidade das informações que a mídia, as telenovelas e os políticos nos ofertam, tampouco de nos defender enquanto consumidores  entre tantas outras ações que constituem direitos básicos do ser humano enquanto cidadão.
Como aponta Paulo Freire no livro Ação Cultural para a Liberdade, (Paz e Terra, 1981):

Para a concepção crítica, o analfabetismo nem é uma “chaga”, nem uma “erva daninha” a ser erradicada, nem tampouco uma enfermidade, mas uma das expressões concretas de uma realidade social injusta. Ninguém é analfabeto por eleição, mas como consequência das condições objetivas em que se encontra. Em certas circunstâncias, o analfabeto é o homem que não necessita ler; em outras, é aquele ou aquela a quem foi negado o direito de ler.

by colegioallianca.com.br

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