domingo, 22 de abril de 2012

Pedro Oliveira: O PT do crime não perdoa a imprensa



“O STF deve agir logo e com justiça no processo do mensalão e não se iludir pela cortina de fumaça petista. É fundamental punir os envolvidos”. (Rafael Monteiro Souto, SP. Um jovem de 14 anos falando pelo Brasil indignado).

O operário Luiz Inácio Lula da Silva, em sua primeira entrevista depois de confirmada a sua eleição para presidente, disse que o Brasil estava mudando como país e, “mais importante, a esperança venceu o medo e hoje eu posso dizer para vocês que o Brasil mudou sem medo de ser feliz”.

Teve uma posse suntuosa, como todo presidente merece, fez discursos populistas e já se viu que não teríamos ali um estadista.

Lula foi eleito presidente do Brasil, derrotando o candidato apoiado pela situação, o ex-ministro da Saúde e então senador pelo Estado de São Paulo José Serra do PSDB. No seu discurso de diplomação, Lula afirmou:“E eu, que durante tantas vezes fui acusado de não ter um diploma superior, ganho o meu primeiro diploma, o diploma de presidente da República do meu país. Conquistou a presidência , mas não ganhou cultura nem educação.

Seu patrimônio pessoal, conforme declarado à justiça eleitoral por ocasião das eleições de 2006, foi avaliado em cerca de 840 mil reais. Pasmem: 840 mil reais!

Desde o início de seu governo teve uma relação conflituosa com a imprensa livre que não se escusava em noticiar os descaminhos de sua administração e o projeto desonesto de poder por parte do Partido dos Trabalhadores. Intolerante com a crítica sempre responsabilizou jornalistas pelas mazelas de seu governo e seu partido.

Eleito presidente com uma bancada minoritária, formada pelo PT, PSB, PCB, PCdoB e PL, Lula buscou formar alianças com diversos partidos, inclusive com alguns situados mais à direita no espectro político brasileiro. Negociou e conseguiu apoio do PP, PTB e parcela do PMDB, às custas de dividir com estes o poder a qualquer custo. Após dois anos de governo mantendo maioria no congresso, o que facilitava a aprovação de projetos de interesse do executivo, resultou no escândalo do mensalão.

Após denúncias do então deputado do PTB Roberto Jefferson, envolvido em esquema de propina na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, descobriu-se enorme podridão política entre o poder executivo e sua base, aumentado o grau de ataque dos partidos de oposição.Nesse período, compreendido entre abril e dezembro de 2005, o índice de aprovação do governo Lula atingiu o seu mais baixo percentual desde o começo de seu mandato. Também houve a demissão dos ministros José Dirceu, Benedita da Silva, Luiz Gushiken, por suspeitas de envolvimento em casos de corrupção ou prevaricação. Lula consegue reagir, desvia-se dos escândalos e volta a ter altos índices de popularidade. O caso da venda de um dossiê para petistas em São Paulo, contendo informações sobre supostas irregularidades na gestão de José Serra no Ministério da Saúde, a menos de dois meses do primeiro turno das eleições de 2006, não diminuiu os índices de popularidade do presidente.

Denúncias altamente fundamentadas dando conta de que o filho de Lula, Fábio Luis Lula da Silva, o “Lulinha” teria enriquecido após fechar contratos milionários com a empresa de telefonia Telamar e outras operações ilegais e imorais vieram à tona. Lula não só desdenhou da imprensa como fez chacota com o caso.

No começo do ano de 2008 iniciou-se uma nova crise: a do uso de cartões corporativos. Denúncias sobre irregularidades sobre o uso de cartões corporativos começaram a aparecer. As denúncias levaram à demissão da Ministra da Promoção da Igualdade Racial Matilde Ribeiro, que foi a recordista de gastos com o cartão em 2007. O ministro dos Esportes Orlando Silva devolveu aos cofres públicos mais de R$ 30 mil, evitando uma demissão.

Uma denúncia que gerou um pedido de abertura de CPI por parte do Congresso foi a utilização de um cartão corporativo de um segurança da filha de Lula, Lurian Cordeiro Lula da Silva, com gasto de R$ 55 mil entre abril e dezembro de 2007. A investigação, no entanto, contou com a abrangência desde o período de governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Alguns órgãos da imprensa alegaram que o Palácio do Planalto montou um dossiê que detalhava gastos da família de FHC e que os documentos estariam sendo usados para intimidar a oposição na CPI, mas a Casa Civil negou a existência do dossiê. Meses depois, sob críticas da oposição, a CPI dos Cartões Corporativos isentou todos os ministros do governo Lula acusados de irregularidades no uso dos cartões e não mencionou a montagem do dossiê com gastos do ex-presidente FHC.

Consegui catalogar mais de 300 escândalos envolvendo o governo Lula e o PT mas para não cansar o leitor estou apenas listando alguns ( em meu livro RESUMO POLÍTICO estarei mostrando todos). Aqui estão:Correios, IRB,Portugal Telecom, Leão & Leão (República de Ribeirão), Celso Daniel com morte de 7 testemunhas, Farra com o fundo partidário, Daniel Dantas, Toninho da Barcelona, Waldomiro Diniz, Fundos de pensão e o Marcelo Sereno, Aerolula FARC,ONG Ágora, Palocci 1 e Palocci 2, Paulo Okamoto e SEBRAE, Dólares na Cueca, Firmas do Lulinha,Presidente da Casa da Moeda, Passeio de Boeing dos filhos de Lula, Esquema de Licitações Fraudadas em Prefeituras petistas (coleta de lixo), Dinheiro ilegal para MST, UNE,UBES, Dinheiro do BNDES para o Globo, Fraudes em licitações para plataformas para a Petrobrás, Marcos Valério, Banco Rural, O Caixa 2 de Aloisio Mercadante, O Jogo do Bicho no Rio Grande do Sul, Silvinho e o seu Land Rover, Os negócios de José Genoino, Caso dos Vampiros no Ministério da Saúde, Compra do apartamento da ex-esposa de José Dirceu, Superfaturamento de contratos de patrocínio pelo Banco do Brasil, Compra de votos no primeiro turno das eleições para a presidência do PT, Violação da conta bancária do caseiro que desmentiu Antonio Palocci.

O Mensalão que eles tentam desqualificar é devastador

“Os denunciados operacionalizaram desvio de recursos públicos, concessões de benefícios indevidos a particulares em troca de dinheiro e compra de apoio político, condutas que caracterizam os crimes de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, corrupção e evasão de divisas.” (Procurador Federal Antonio Fernando de Souza)

O PT e os petistas sabem que se acontecer o julgamento ainda este ano suas maiores lideranças não serão poupadas e o partido tende a naufragar de vez na lama da corrupção.

Para o procurador federal Antonio Fernando de Souza “todas as imputações feitas pelo ex-deputado Roberto Jefferson ficaram comprovadas”. As apurações “evidenciaram o loteamento político dos cargos públicos em troca de apoio às propostas do governo, prática que representa um dos principais fatores do desvio e má aplicação de recursos públicos, com o objetivo de financiar campanhas milionárias nas eleições, além de proporcionar o enriquecimento ilícito de agentes públicos e políticos, empresários e lobistas que atuam nessa perniciosa engrenagem”.

Ao abordar a movimentação financeira dos investigados, Antonio Fernando de Souza apontou: os denunciados “mantinham um intenso mecanismo de lavagem de dinheiro com a omissão dos órgãos de controle, uma vez que possuíam o apoio político, administrativo e operacional de José Dirceu, que integrava o governo e a cúpula do Partido dos Trabalhadores”.

Sobre José Dirceu: “É certo que José Dirceu, então ocupante da importante chefia da Casa Civil, em razão da força política e administrativa de que era detentor, competindo-lhe a decisão final sobre a indicação de cargos e funções estratégicas na administração pública federal, foi o principal articulador dessa engrenagem, garantindo-lhe a habitualidade e o sucesso”.

O relatório traz capítulo com o sugestivo nome de “Quadrilha”. Refere-se à “existência de uma sofisticada organização criminosa, dividida em setores de atuação, que se estruturou profissionalmente para a prática de crimes como peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, gestão fraudulenta, além das mais diversas formas de fraude”.

“Pelo que já foi apurado até o momento, o núcleo principal da quadrilha era composto pelo ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, Delúbio Soares, o ex-secretário-geral do Partido dos Trabalhadores, Silvio Pereira, e o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores, José Genoino.”

“O objetivo desse núcleo principal era negociar apoio político, pagar dívidas pretéritas do partido e também custear gastos de campanha e outras despesas do PT e dos seus aliados.”

O que terá mais o PT a dizer depois de tantas e vergonhosas acusações de formação quadrilha, estelionato, prevaricação, corrupção, fraude em licitações e todo tipo de crime alcançado pela improbidade administrativa?

A imprensa nada inventou, nada criou, mas apenas cumpriu o seu papel de informar ao Brasil e aos brasileiros as falcatruas de um governo e de um partido parceiros em práticas criminosas e abomináveis. Este é o papel da imprensa livre.

Pedro Oliveira é Jornalista, escritor, colunista do Jornal Extra, Tribuna do Sertão, Site Tudo Global, resumopolitico.blogspot.com, Presidente do Instituto Cidadão, Coordenador do MCCE ( Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral).

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