domingo, 22 de abril de 2012

Ex-DNIT acusa assessores do Planalto de complô e porta voz da presidencia, jornalista Thomas Traumann chama Pagot de Mentiroso


by cenarioMT.com.br

Jornalista chama Pagot de Mentiroso


O jornalista Thomas Traumann, porta-voz da Presidência, afirmou na sexta-feira que 
o ex-diretor-geral do Dnit Luiz Antônio Pagot mente ao levantar suspeitas sobre eventuais
 vazamentos ocorridos no Planalto. "Não conheço os senhores Pagot, Cachoeira, 
Cláudio Abreu ou as tais ‘pessoas ligadas a eles’", disse. "A suspeita levantada pelo senhor 
Pagot é caluniosa, além de absurda."
"Nunca tive acesso a nenhuma informação sigilosa do Ministério dos Transportes, portanto, 
nunca poderia vazá-la. Meu único contato com a reportagem de Veja no episódio foi transferir 
suas demandas para o Ministério dos Transportes", disse Traumann, que, na época, atuava
 na Secretaria de Comunicação Social. "No que diz respeito ao meu nome, o senhor Pagot mente."
Em nota, o subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais, 
Olavo Noleto, disse: "Nunca fui apresentado, não conheço e nunca falei com 
Carlos Cachoeira, tampouco agi em benefício dele". 
A revista Veja não se pronunciou.
Luiz Pagot acusou em entrevista os dois assessores do Palácio do Planalto 
de atuaram para derrubá-lo durante a crise na pasta, vazando informações de interesse da 
organização do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Pagot afirma que o subchefe de Assuntos
 Federativos da Secretaria de Relações Institucionais, Olavo Noleto, e o porta-voz da
 Presidência e do Palácio no Planalto, Thomas Traumann, repassaram dados de reunião
 sigilosa da presidenta Dilma Rousseff com a cúpula dos Transportes, em 5 de junho de 2011,
 para o grupo de Cachoeira, cujos detalhes e frases, em seguida, 
foram reproduzidos pela revista Veja.


                                                                                                      by Fábio Fabrini (agenciaestado)


Afas­tado do cargo na es­teira da 'fa­xina' no Mi­nis­tério dos Trans­portes, o ex-di­retor-geral do De­par­ta­mento Na­ci­onal de In­fra­es­tru­tura de Trans­portes (Dnit) Luiz Antônio Pagot lançou nesta sexta a sus­peita de que as­ses­sores do Pa­lácio do Pla­nalto atu­aram para der­rubá-lo du­rante a crise na pasta, va­zando in­for­ma­ções de in­te­resse da or­ga­ni­zação do con­tra­ventor Carlos Au­gusto Ramos, o Car­li­nhos Ca­cho­eira. 

Em en­tre­vista ao jornal O Es­tado de S. Paulo, Pagot afirma que o sub­chefe de As­suntos Fe­de­ra­tivos da Se­cre­taria de Re­la­ções Ins­ti­tu­ci­o­nais, Olavo No­leto, e o porta-voz da Pre­si­dência e do Pa­lácio no Pla­nalto, Thomas Trau­mann, re­pas­saram dados de reu­nião si­gi­losa da pre­si­dente Dilma Rous­seff com a cú­pula dos Trans­portes, em 5 de junho de 2011, para o grupo de Ca­cho­eira, cujos de­ta­lhes e frases, em se­guida, foram re­pro­du­zidos pela re­vista Veja.
Pagot alega que, como di­retor-geral do Dnit, afetou in­te­resses da Delta Cons­tru­ções, o que teria mo­ti­vado re­ta­li­ação do grupo de Ca­cho­eira. Ele cita, por exemplo, pro­cesso ad­mi­nis­tra­tivo aberto contra a em­prei­teira no Dnit por ir­re­gu­la­ri­dades em obra da BR-116 no Ceará.
O inqué­rito da Ope­ração Monte Carlo da Po­lícia Fe­deral, que mo­tivou a cri­ação da CPI do Ca­cho­eira no Con­gresso, in­dica que No­leto tem li­ga­ções com o grupo do con­tra­ventor, acu­sado de co­mandar uma rede de jogos ile­gais no País. Ca­cho­eira está preso desde 29 de fe­ve­reiro. No­leto ad­mite ter con­ver­sado com Wla­dimir Garcez, ex-pre­si­dente da Câ­mara de Goi­ânia e apon­tado como um dos prin­ci­pais ali­ados de Ca­cho­eira, o qual teria co­nhe­cido entre 2001 e 2002, quando tra­ba­lhava na Pre­fei­tura de Goi­ânia. 

Fa­xina

 A re­por­tagem da Veja de­sen­ca­deou a cha­mada fa­xina no Mi­nis­tério dos Trans­portes, com o afas­ta­mento e exo­ne­ração da cú­pula da pasta de­vido a uma série de de­nún­cias de cor­rupção. Pagot e de­mais di­ri­gentes da área no go­verno dei­xaram os res­pec­tivos cargos.
Quase um ano de­pois, grampos da Po­lícia Fe­deral, ob­tidos na Ope­ração Monte Carlo, mos­tram Ca­cho­eira e o ex-di­retor da Delta Cons­tru­ções Cláudio Abreu con­ver­sando sobre o va­za­mento das in­for­ma­ções ao jor­na­lista Po­li­carpo Jú­nior, da Veja. 'En­fiei tudo no r... do Pagot', de­clarou Ca­cho­eira, em grampo que consta no inqué­rito da PF.
'Se va­zaram (in­for­ma­ções de­ta­lhadas da reu­nião para a re­vista), tinha duas pes­soas que ti­nham trân­sito com o Po­li­carpo. Uma se cha­mava Thomas Trau­mann, que tinha tra­ba­lhado junto (com o jor­na­lista) na Veja e tro­cava in­for­ma­ções. A outra pessoa era Olavo No­leto, que cir­cu­lava com de­sen­vol­tura e par­ti­cipou dessa reu­nião', afirmou Pagot. 
O ex-di­retor se disse sur­preso com a di­vul­gação das re­centes gra­va­ções, que re­ve­laram uma 'ne­go­ciata' para der­rubá-lo. Ques­ti­o­nado sobre as ra­zões dos as­ses­sores do Pla­nalto para tirá-lo do Dnit, foi eva­sivo: 'O porquê (dos va­za­mentos) não sei: se fi­zeram isso de caso pen­sado, se fi­zeram sob o co­mando do go­verno, se es­tavam fa­zendo como alo­prados do PT, não sei', afirmou, pon­de­rando não ter provas.
Pagot disse que No­leto, que é de Goiás, seria amigo de Ca­cho­eira e Abreu, fre­quen­tando festas na casa do ex-di­retor da em­prei­teira. 'Essa fi­gura (No­leto) é uma fi­gura sin­gela, um gor­dinho amigo, mas é tido nos bas­ti­dores como ‘pau de dar em doido’, ‘pau para toda obra’. É um cara par­ti­dário e que está sempre a fim de fazer al­guma es­par­rela. Lembra do caso dos alo­prados? Sempre tem um cara do PT a fim de fazer al­guma sa­ca­nagem', co­mentou.
Assim que apa­receu nas gra­va­ções da Monte Carlo, No­leto alegou que ne­go­ciou com o ex-ve­re­ador Wla­dimir Garcez apoio do se­nador De­mós­tenes Torres (sem par­tido, ex-DEM) à can­di­da­tura da pre­si­dente Dilma em 2010, o que não se con­cre­tizou.
Pagot afirmou que as in­ves­ti­ga­ções da Po­lícia Fe­deral e da CPI do Ca­cho­eira vão re­velar sob en­co­menda de quem agiram Ca­cho­eira e Abreu. E se houve ordem do Pla­nalto na su­posta ope­ração para pre­ju­dicá-lo. Se­gundo ele, o go­verno se pautou por uma re­por­tagem 'men­ti­rosa' ao de­sen­ca­dear a 'fa­xina' nos Trans­portes. 'O Pla­nalto se apro­veitou para exo­nerar o PR e o Pagot. Fui leal ao go­verno', re­clama. As in­for­ma­ções são do jornal O Es­tado de S. Paulo.


 by  Redação - Lucas Bólico


                                                                                               Foto: Reprodução
Ex-diretor do Dnit acusa porta-voz de presidente Dilma de ter feito complô

O ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot (PR) acusa o porta-voz da Presidência da República e do Palácio do Planalto, Thomas Traumann, e o subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais, Olavo Neto, de armarem um complô contra ele, enquanto ainda atuava no Dnit. 

Em entrevista ao Estado de São Paulo, Pagot afirmou que ambos repassarem dados de uma reunião sigilosa com a presidente Dilma Rousseff (PT) para o grupo do contraventor Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar um esquema de jogo ilícitos no Estado de Goiás. As informações repassadas pelos assessores posteriormente fora usadas na revista Veja.

À revista Época, Pagot havia dito que ‘caiu’ do Dnit devido a negociatas do bicheiro Carlinhos Cachoeira e do diretor da Delta para o Centro-Oeste, Cláudio Abreu. 



Segundo Pagot, o deputado Wellington Fagundes (PR-MT) também pressionou o Dnit em favor da Delta. O parlamentar queria que o departamento fosse menos exigente com a empresa no episódio do asfalto da BR-163. À Época, Fagundes disse não ter feito lobby pela Delta.

Afastado do cargo na esteira da “faxina” no Ministério dos Transportes, o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Luiz Antônio Pagot lançou nesta sexta-feira, 20, a suspeita de que assessores do Palácio do Planalto atuaram para derrubá-lo durante a crise na pasta, vazando informações de interesse da organização do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira

Em entrevista ao Estado, Pagot afirma que o subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais, Olavo Noleto, e o porta-voz da Presidência e do Palácio no Planalto, Thomas Traumann, repassaram dados de reunião sigilosa da presidente Dilma Rousseff com a cúpula dos Transportes, em 5 de junho de 2011, para o grupo de Cachoeira, cujos detalhes e frases, em seguida, foram reproduzidos pela revista Veja. 

Pagot alega que, como diretor-geral do DNIT, afetou interesses da Delta Construções, o que teria motivado retaliação do grupo de Cachoeira. Ele cita, por exemplo, processo administrativo aberto contra a empreiteira no Dnit por irregularidades em obra da BR-116 no Ceará.

O inquérito da Operação Monte Carlo da Polícia Federal, que motivou a criação da CPI do Cachoeira no Congresso, indica que Noleto tem ligações com o grupo do contraventor, acusado de comandar uma rede de jogos ilegais no País.

Cachoeira está preso desde 29 de fevereiro. Noleto admite ter conversado com Wladimir Garcez, ex-presidente da Câmara de Goiânia e apontado como um dos principais aliados de Cachoeira, o qual teria conhecido entre 2001 e 2002, quando trabalhava na Prefeitura de Goiânia.

Faxina

A reportagem da Veja desencadeou a chamada faxina no Ministério dos Transportes, com o afastamento e exoneração da cúpula da pasta devido a uma série de denúncias de corrupção. Pagot e demais dirigentes da área no governo deixaram os respectivos cargos.

Quase um ano depois, grampos da Polícia Federal, obtidos na Operação Monte Carlo, mostram Cachoeira e o ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu conversando sobre o vazamento das informações ao jornalista Policarpo Júnior, da Veja. “Enfiei tudo no r... do Pagot”, declarou Cachoeira, em grampo que consta no inquérito da PF.

“Se vazaram (informações detalhadas da reunião para a revista), tinha duas pessoas que tinham trânsito com o Policarpo. Uma se chamava Thomas Traumann, que tinha trabalhado junto (com o jornalista) na Veja e trocava informações. A outra pessoa era Olavo Noleto, que circulava com desenvoltura e participou dessa reunião”, afirmou Pagot.

O ex-diretor se disse surpreso com a divulgação das recentes gravações, que revelaram uma “negociata” para derrubá-lo. Questionado sobre as razões dos assessores do Planalto para tirá-lo do Dnit, foi evasivo: “O porquê (dos vazamentos) não sei: se fizeram isso de caso pensado, se fizeram sob o comando do governo, se estavam fazendo como aloprados do PT, não sei”, afirmou, ponderando não ter provas.

Pagot disse que Noleto, que é de Goiás, seria amigo de Cachoeira e Abreu, frequentando festas na casa do ex-diretor da empreiteira. “Essa figura (Noleto) é uma figura singela, um gordinho amigo, mas é tido nos bastidores como ‘pau de dar em doido’, ‘pau para toda obra’. É um cara partidário e que está sempre a fim de fazer alguma esparrela. Lembra do caso dos aloprados? Sempre tem um cara do PT a fim de fazer alguma sacanagem”, comentou.

Assim que apareceu nas gravações da Monte Carlo, Noleto alegou que negociou com o ex-vereador Wladimir Garcez apoio do senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM) à candidatura da presidente Dilma em 2010, o que não se concretizou.

Pagot afirmou que as investigações da Polícia Federal e da CPI do Cachoeira vão revelar sob encomenda de quem agiram Cachoeira e Abreu. E se houve ordem do Planalto na suposta operação para prejudicá-lo. Segundo ele, o governo se pautou por uma reportagem “mentirosa” ao desencadear a “faxina” nos Transportes. “O Planalto se aproveitou para exonerar o PR e o Pagot. Fui leal ao governo”, reclama.

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