by cenarioMT.com.br
O jornalista Thomas Traumann, porta-voz da Presidência, afirmou na sexta-feira que
o ex-diretor-geral do Dnit Luiz Antônio Pagot mente ao levantar suspeitas sobre eventuais
vazamentos ocorridos no Planalto. "Não conheço os senhores Pagot, Cachoeira,
Cláudio Abreu ou as tais ‘pessoas ligadas a eles’", disse. "A suspeita levantada pelo senhor
Pagot é caluniosa, além de absurda."
"Nunca tive acesso a nenhuma informação sigilosa do Ministério dos Transportes, portanto,
nunca poderia vazá-la. Meu único contato com a reportagem de Veja no episódio foi transferir
suas demandas para o Ministério dos Transportes", disse Traumann, que, na época, atuava
na Secretaria de Comunicação Social. "No que diz respeito ao meu nome, o senhor Pagot mente."
Em nota, o subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais,
Olavo Noleto, disse: "Nunca fui apresentado, não conheço e nunca falei com
Carlos Cachoeira, tampouco agi em benefício dele".
A revista Veja não se pronunciou.
Luiz Pagot acusou em entrevista os dois assessores do Palácio do Planalto
de atuaram para derrubá-lo durante a crise na pasta, vazando informações de interesse da
organização do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Pagot afirma que o subchefe de Assuntos
Federativos da Secretaria de Relações Institucionais, Olavo Noleto, e o porta-voz da
Presidência e do Palácio no Planalto, Thomas Traumann, repassaram dados de reunião
sigilosa da presidenta Dilma Rousseff com a cúpula dos Transportes, em 5 de junho de 2011,
para o grupo de Cachoeira, cujos detalhes e frases, em seguida,
foram reproduzidos pela revista Veja.
O jornalista Thomas Traumann, porta-voz da Presidência, afirmou na sexta-feira que
o ex-diretor-geral do Dnit Luiz Antônio Pagot mente ao levantar suspeitas sobre eventuais
vazamentos ocorridos no Planalto. "Não conheço os senhores Pagot, Cachoeira,
Cláudio Abreu ou as tais ‘pessoas ligadas a eles’", disse. "A suspeita levantada pelo senhor
Pagot é caluniosa, além de absurda."
"Nunca tive acesso a nenhuma informação sigilosa do Ministério dos Transportes, portanto,
nunca poderia vazá-la. Meu único contato com a reportagem de Veja no episódio foi transferir
suas demandas para o Ministério dos Transportes", disse Traumann, que, na época, atuava
na Secretaria de Comunicação Social. "No que diz respeito ao meu nome, o senhor Pagot mente."
Em nota, o subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais,
Olavo Noleto, disse: "Nunca fui apresentado, não conheço e nunca falei com
Carlos Cachoeira, tampouco agi em benefício dele".
A revista Veja não se pronunciou.
Luiz Pagot acusou em entrevista os dois assessores do Palácio do Planalto
de atuaram para derrubá-lo durante a crise na pasta, vazando informações de interesse da
organização do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Pagot afirma que o subchefe de Assuntos
Federativos da Secretaria de Relações Institucionais, Olavo Noleto, e o porta-voz da
Presidência e do Palácio no Planalto, Thomas Traumann, repassaram dados de reunião
sigilosa da presidenta Dilma Rousseff com a cúpula dos Transportes, em 5 de junho de 2011,
para o grupo de Cachoeira, cujos detalhes e frases, em seguida,
foram reproduzidos pela revista Veja.
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by Fábio Fabrini (agenciaestado)
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Pagot afirma que o subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais, Olavo Noleto, e o porta-voz da Presidência e do Palácio no Planalto, Thomas Traumann, repassaram dados de reunião sigilosa da presidente Dilma Rousseff com a cúpula dos Transportes, em 5 de junho de 2011, para o grupo de Cachoeira, cujos detalhes e frases, em seguida, foram reproduzidos pela revista Veja.
Pagot alega que, como diretor-geral do Dnit, afetou interesses da Delta Construções, o que teria motivado retaliação do grupo de Cachoeira. Ele cita, por exemplo, processo administrativo aberto contra a empreiteira no Dnit por irregularidades em obra da BR-116 no Ceará.
O inquérito da Operação Monte Carlo da Polícia Federal, que motivou a criação da CPI do Cachoeira no Congresso, indica que Noleto tem ligações com o grupo do contraventor, acusado de comandar uma rede de jogos ilegais no País. Cachoeira está preso desde 29 de fevereiro. Noleto admite ter conversado com Wladimir Garcez, ex-presidente da Câmara de Goiânia e apontado como um dos principais aliados de Cachoeira, o qual teria conhecido entre 2001 e 2002, quando trabalhava na Prefeitura de Goiânia.
Faxina
A reportagem da Veja desencadeou a chamada faxina no Ministério dos Transportes, com o afastamento e exoneração da cúpula da pasta devido a uma série de denúncias de corrupção. Pagot e demais dirigentes da área no governo deixaram os respectivos cargos.
Quase um ano depois, grampos da Polícia Federal, obtidos na Operação Monte Carlo, mostram Cachoeira e o ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu conversando sobre o vazamento das informações ao jornalista Policarpo Júnior, da Veja. 'Enfiei tudo no r... do Pagot', declarou Cachoeira, em grampo que consta no inquérito da PF.
'Se vazaram (informações detalhadas da reunião para a revista), tinha duas pessoas que tinham trânsito com o Policarpo. Uma se chamava Thomas Traumann, que tinha trabalhado junto (com o jornalista) na Veja e trocava informações. A outra pessoa era Olavo Noleto, que circulava com desenvoltura e participou dessa reunião', afirmou Pagot.
O ex-diretor se disse surpreso com a divulgação das recentes gravações, que revelaram uma 'negociata' para derrubá-lo. Questionado sobre as razões dos assessores do Planalto para tirá-lo do Dnit, foi evasivo: 'O porquê (dos vazamentos) não sei: se fizeram isso de caso pensado, se fizeram sob o comando do governo, se estavam fazendo como aloprados do PT, não sei', afirmou, ponderando não ter provas.
Pagot disse que Noleto, que é de Goiás, seria amigo de Cachoeira e Abreu, frequentando festas na casa do ex-diretor da empreiteira. 'Essa figura (Noleto) é uma figura singela, um gordinho amigo, mas é tido nos bastidores como ‘pau de dar em doido’, ‘pau para toda obra’. É um cara partidário e que está sempre a fim de fazer alguma esparrela. Lembra do caso dos aloprados? Sempre tem um cara do PT a fim de fazer alguma sacanagem', comentou.
Assim que apareceu nas gravações da Monte Carlo, Noleto alegou que negociou com o ex-vereador Wladimir Garcez apoio do senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM) à candidatura da presidente Dilma em 2010, o que não se concretizou.
Pagot afirmou que as investigações da Polícia Federal e da CPI do Cachoeira vão revelar sob encomenda de quem agiram Cachoeira e Abreu. E se houve ordem do Planalto na suposta operação para prejudicá-lo. Segundo ele, o governo se pautou por uma reportagem 'mentirosa' ao desencadear a 'faxina' nos Transportes. 'O Planalto se aproveitou para exonerar o PR e o Pagot. Fui leal ao governo', reclama. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
by Redação - Lucas Bólico
O ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot (PR) acusa o porta-voz da Presidência da República e do Palácio do Planalto, Thomas Traumann, e o subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais, Olavo Neto, de armarem um complô contra ele, enquanto ainda atuava no Dnit.
Em entrevista ao Estado de São Paulo, Pagot afirmou que ambos repassarem dados de uma reunião sigilosa com a presidente Dilma Rousseff (PT) para o grupo do contraventor Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar um esquema de jogo ilícitos no Estado de Goiás. As informações repassadas pelos assessores posteriormente fora usadas na revista Veja.
À revista Época, Pagot havia dito que ‘caiu’ do Dnit devido a negociatas do bicheiro Carlinhos Cachoeira e do diretor da Delta para o Centro-Oeste, Cláudio Abreu.
Segundo Pagot, o deputado Wellington Fagundes (PR-MT) também pressionou o Dnit em favor da Delta. O parlamentar queria que o departamento fosse menos exigente com a empresa no episódio do asfalto da BR-163. À Época, Fagundes disse não ter feito lobby pela Delta.
Afastado do cargo na esteira da “faxina” no Ministério dos Transportes, o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Luiz Antônio Pagot lançou nesta sexta-feira, 20, a suspeita de que assessores do Palácio do Planalto atuaram para derrubá-lo durante a crise na pasta, vazando informações de interesse da organização do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira
Em entrevista ao Estado, Pagot afirma que o subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais, Olavo Noleto, e o porta-voz da Presidência e do Palácio no Planalto, Thomas Traumann, repassaram dados de reunião sigilosa da presidente Dilma Rousseff com a cúpula dos Transportes, em 5 de junho de 2011, para o grupo de Cachoeira, cujos detalhes e frases, em seguida, foram reproduzidos pela revista Veja.
Pagot alega que, como diretor-geral do DNIT, afetou interesses da Delta Construções, o que teria motivado retaliação do grupo de Cachoeira. Ele cita, por exemplo, processo administrativo aberto contra a empreiteira no Dnit por irregularidades em obra da BR-116 no Ceará.
O inquérito da Operação Monte Carlo da Polícia Federal, que motivou a criação da CPI do Cachoeira no Congresso, indica que Noleto tem ligações com o grupo do contraventor, acusado de comandar uma rede de jogos ilegais no País.
Cachoeira está preso desde 29 de fevereiro. Noleto admite ter conversado com Wladimir Garcez, ex-presidente da Câmara de Goiânia e apontado como um dos principais aliados de Cachoeira, o qual teria conhecido entre 2001 e 2002, quando trabalhava na Prefeitura de Goiânia.
Faxina
A reportagem da Veja desencadeou a chamada faxina no Ministério dos Transportes, com o afastamento e exoneração da cúpula da pasta devido a uma série de denúncias de corrupção. Pagot e demais dirigentes da área no governo deixaram os respectivos cargos.
Quase um ano depois, grampos da Polícia Federal, obtidos na Operação Monte Carlo, mostram Cachoeira e o ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu conversando sobre o vazamento das informações ao jornalista Policarpo Júnior, da Veja. “Enfiei tudo no r... do Pagot”, declarou Cachoeira, em grampo que consta no inquérito da PF.
“Se vazaram (informações detalhadas da reunião para a revista), tinha duas pessoas que tinham trânsito com o Policarpo. Uma se chamava Thomas Traumann, que tinha trabalhado junto (com o jornalista) na Veja e trocava informações. A outra pessoa era Olavo Noleto, que circulava com desenvoltura e participou dessa reunião”, afirmou Pagot.
O ex-diretor se disse surpreso com a divulgação das recentes gravações, que revelaram uma “negociata” para derrubá-lo. Questionado sobre as razões dos assessores do Planalto para tirá-lo do Dnit, foi evasivo: “O porquê (dos vazamentos) não sei: se fizeram isso de caso pensado, se fizeram sob o comando do governo, se estavam fazendo como aloprados do PT, não sei”, afirmou, ponderando não ter provas.
Pagot disse que Noleto, que é de Goiás, seria amigo de Cachoeira e Abreu, frequentando festas na casa do ex-diretor da empreiteira. “Essa figura (Noleto) é uma figura singela, um gordinho amigo, mas é tido nos bastidores como ‘pau de dar em doido’, ‘pau para toda obra’. É um cara partidário e que está sempre a fim de fazer alguma esparrela. Lembra do caso dos aloprados? Sempre tem um cara do PT a fim de fazer alguma sacanagem”, comentou.
Assim que apareceu nas gravações da Monte Carlo, Noleto alegou que negociou com o ex-vereador Wladimir Garcez apoio do senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM) à candidatura da presidente Dilma em 2010, o que não se concretizou.
Pagot afirmou que as investigações da Polícia Federal e da CPI do Cachoeira vão revelar sob encomenda de quem agiram Cachoeira e Abreu. E se houve ordem do Planalto na suposta operação para prejudicá-lo. Segundo ele, o governo se pautou por uma reportagem “mentirosa” ao desencadear a “faxina” nos Transportes. “O Planalto se aproveitou para exonerar o PR e o Pagot. Fui leal ao governo”, reclama.
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