Nova ponte do Guaíba deve custar cerca de R$ 900 mi
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR/Divulgação
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                                                                             Daniel Favero
Porto Alegre
Porto Alegre
A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira, em Porto Alegre, a  construção da segunda ponte que passa pelo Guaíba. De acordo com ela, o projeto  deve custar cerca de R$ 900 milhões e o processo de licitação deve durar até um  ano e meio.
"Nós começamos liberando hoje o direito do Dnit (Departamento Nacional de  Infraestrutra de Transportes) para investir, porque vai ser um obra pública de  R$ 900 milhões. Nós pretendemos licitar diretamente o projeto executivo, não  queremos que haja nenhum problemas daqueles que dá quando se licita o básico, e  quando vai se fazer a obra é outro, o risco é outro, o projeto de engenharia é  outro", afirmou a presidente.
"Nós já temos o estudo de viabilidade técnica porque nós contratamos. Por  exemplo, vamos explicar como é o traçado, como é que vai ficar (...) e  pretendemos lançar a licitação em janeiro. Esse projeto executivo, no Brasil,  demora em média um ano e três meses, um ano e meio e, partir daí, nós licitamos  a obra, e acreditamos que ela leva, pela complexidade da ponte, geralmente obra  de arte desse tamanho e tendo que passar em cima de água, ela levará em torno de  dois anos e meio a três", disse.
De acordo com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, o projeto  envolve pouco mais de 8 km de intervenções: "nós temos a ponte, com os elevados  de cerca de 1,9 km, mas temos todo o conjunto de acessos e articulações". "Nós  vamos já, ao final do mês de janeiro, colocar na rua o edital de licitação do  projeto executivo. É bom sublinhar, projeto executivo, a presidenta não quer que  trabalhemos com projeto base", disse o ministro, explicando que projetos básicos  criam incertezas em relação a custo.
Segundo ele, a ponte terá um vão livre de 36 m de altura, projetado com base  na maior cheia registrada no Guaíba, que vai permitir que as embarcações  transitem sem necessidade de paralisar o trânsito, como ocorre com a ponte  atual, que se eleva para permitir a passagem dos barcos. Serão duas pitas de  cada lado, com a possibilidade de ampliação para três faixas no futuro.
Dilma afirmou que a ponte é uma promessa de campanha, mas que possui  "consistência". "Nós fizemos em Rio Grande um pólo naval, necessariamente, vai  ter um escoamento maior ainda do que temos no porto de Rio Grande, um dos portos  desse País que tem um movimento de commodities imenso. Necessariamente, isso vai  significar escoamento dessa produção, e passa por onde? Pela ponte pequenininha,  mecânica. Não pode. Então nós consideramos a ponte do Guaíba como um processo  estruturante para o Estado", afirmou.  
Segundo a presidente, desde o governo Lula, a União passou a ter obrigação de  realizar obras que não podem ser comportadas pelos Estados ou municípios. "Eu  tenho de olhar para uma obra mais difícil de ser feita, que exige mais recursos,  porque o orçamento que nós fizemos de R$ 900 milhões é estimado, pode dar menos,  como pode dar mais. Então, é uma obra que apresenta um nível de risco compatível  com a União. Com o que a União tem de recurso. Hoje é diferente porque, no  passado, a União nem se mexeria para fazer uma obra dessas, 'porque não era  minha obrigação', mas para nós é obrigação. Desde o governo do presidente Lula,  é obrigação. Nós achamos que as obras que as unidades federadas não tem  condições de fazer, é obrigação da União nacional."  
Eleições municipais
Perguntada sobre se já tinha escolhido um candidato para as eleições municipais em Porto Alegre, a presidente Dilma, que começou sua carreira política no Estado pelo PDT, disse que está cada vez mais inclinada a não participar de eleições quando sua base de apoio está incluída.
"Eu sou uma pessoa está cada vez mais inclinada a não participar de eleições  quando a minha base está envolvida. Tenho de ter responsabilidade com o País. Eu  posso ter até aqui dentro (disse ao apontar para o peito), mas aqui dentro é uma  coisa, e como presidenta, não".
 
 
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