segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

PACTO DE LA HABANA


Morte de Chávez leva à criação do “Pacto de La Habana”, que garante transição pacíficaImpasse sem fim – A enxurrada de mentiras que o núcleo duro do Palácio Miraflores tem despejado sobre o crédulo povo venezuelano é uma ode à covardia. Antes de seguir para Cuba, onde acabou fazendo um acerto com a morte, Hugo Chávez deixou em Caracas o roteiro do golpe, caso não retornasse para assumir o novo mandato presidencial. E seus comandados foram incapazes de seguir o roteiro.



(Foto: Associated Press)

Depois da cirurgia de seis horas para tentar conter a metástase de um sarcoma que da região pélvica se espalhou e atingiu a coluna cervical, o tiraneteHugo Rafael Chávez Frías está há mais de três semanas em coma induzido, sem saber o que está acontecendo com ele próprio e ao seu redor. Isso prova que a declaração de Nicolás Maduro de que viu Chávez fazendo exercícios e dele recebeu um forte aperto de mão após uma conversa, é a mais colossal das mentiras. De igual maneira falta com a verdade o ministro Jorge Areaza, de Ciência e Tecnologia, e também genro de Chávez, quando informa pelo Twitter que o sogro está estável, tranquilo e se recuperando.

Tão logo chegou a Caracas, na noite de quinta-feira (3), acompanhado por Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Maduro disse que Chávez está lutando e que retornará ao país muito antes do que se imagina. Hugo Chávez, na verdade, voltará à Venezuela para o próprio funeral, pois a notícia da sua morte só não foi divulgada ainda porque o núcleo do governo bolivariano busca o momento adequado para fazer o anúncio, reduzindo as possibilidades de uma comoção social que leve o país a uma guerra civil entre partidários e adversários do tiranete.

Enquanto o tal momento da divulgação da notícia não chega, autoridades venezuelanas que estão na ponte-aérea Caracas-Havana aceitaram participar de negociações sobre o futuro da Venezuela sem Chávez, com a mediação e o comando do ditador Raúl Castro. O grande mote dessas negociações é estabelecer como será o procedimento do governo venezuelano em relação aos países que gravitam em sua órbita e dele dependem financeiramente, como é o caso de Cuba, que nos últimos viu os cofres oficiais da ditadura sendo invadidos pelos petrodólares venezuelanos.

Salvando a ilha e confundindo a imprensa

Enquanto os irmãos Castro buscam a salvação financeira da ilha caribenha, Maduro e seus assessores mais próximos tentam, como informações desconexas e mentirosas, desacreditar a imprensa, cada vez mais perto da verdade, apesar de toda a blindagem do governo de Havana. Quem confirma as mentiras de Nicolás Maduro é o embaixador do Panamá na Organização dos Estados Americanos (OEA), Guillermo Cochez, que assegura que há vinte três dias Chávez não se levanta da cama e que está com os membros inferiores paralisados devido à pressão exercida pelos tumores em sua coluna cervical. O ditador venezuelano continua sedado e em coma induzido, respirando por ventilação mecânica e recebendo alimentação por sonda, garantiu Cochez.

Para os jornalistas do ucho.info, de acordo com as informações recebidas de alguns integrantes do serviço secreto de vários países, Hugo Chávez está morto e seu corpo está sendo preservado à espera do momento adequado para se dar a notícia.

Transição venezuelana negociada por Cuba

Em menos de duas semanas, três reuniões ocorreram entre o comando chavista – leia-se Nicolás Maduro, Adán Chavez, Diosdado Cabello, o genro e ministro Jorge Arreaza e a procuradora-geral da Venezuela Cilia Flores – e dupla formada pelo presidente cubano Raúl Castro e seu vice Ramiro Valdés. O objetivo dos encontros, que não produziram um consenso, é garantir uma transição pacífica na Venezuela sem a presença de Hugo Chávez. Esses seguidos encontros, que podem continuar acontecendo, foram batizados de “Pacto de La Habana”.

O plano inicial produzido nesses encontros é instalar Diosdado Cabello na interinidade da presidência da Venezuela, onde permaneceria por de três meses, com direito de prorrogação por igual período. Ao mesmo tempo, Nicolás Maduro seria o vice-presidente do país, assim desejou Chávez.

Essa manobra está sendo analisada sob o aspecto legal, uma vez que não está prevista na Constituição da Venezuela. O que estabelece a legislação vigente é que na vacância do cargo, o presidente da Assembleia Nacional assume interinamente o poder, com o compromisso de convocar nova eleição em até trinta dias.

by  Blog do Beto

Nenhum comentário:

Em Alta

Novo HamburgoRS - Hospital do RS fecha UTI e transfere pacientes após detectar superbactéria considerada uma das mais perigosas do mundo

Acinetobacter baumannii, espécie detectada no hospital do RS, foi listada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2024 como resistente a ...

Mais Lidas