quinta-feira, 28 de março de 2013

Ato contra aumento da passagem em Porto Alegre termina em tumulto


Foto: Futura Press
Manifestantes tentaram invadir o prédio da prefeitura, diz Brigada Militar
Manifestantes tentaram invadir o prédio da prefeitura, diz Brigada Militar
Um novo protesto contra o aumento da passagem de ônibus em Porto Alegre terminou em tumulto e depredação no final da tarde desta quarta-feira (27), segundo a Brigada Militar. Manifestantes tentaram invadir o prédio da prefeitura, mas foram impedidos pela polícia e pela Guarda Municipal. Uma pessoa foi presa e pelo menos três ficaram feridas.
Desde o final da tarde, centenas de manifestantes se reuniram em frente ao Paço Municipal, no centro da capital, portando faixas e cartazes. Eles protestavam contra o reajuste da tarifa de ônibus, elevada para R$ 3,05 na última segunda-feira (25). Atos semelhantes foram realizados em vários pontos da cidade durante a semana.
Segundo a Brigada Militar, o tumulto começou quanto um grupo de manifestantes tentou invadir a prefeitura. Eles foram contidos pelos policiais e começaram a reagir, arremessando pedras, pedaços de madeira, bolas de gude, tinta e outros objetos contra o prédio. Janelas foram quebradas e algumas pessoas, atingidas. As paredes do prédio também foram pichadas;
De acordo com o relato de testemunhas, pelo menos três pessoas ficaram feridas: dos membros da Guarda Municipal e um manifestante, que teria sido encaminhado para o Hospital de Pronto Socorro (HPS). Um manifestante que conseguiu ingressar dentro do Paço Municipal acabou preso, segundo a prefeitura.
O Batalhão de Operações Especiais (BOE) usou bombas de efeito moral para dispersar a multidão. No deslocamento do grupo, houve mais quebra-quebra, ainda conforme o relato de testemunhas. O para-brisas de um carro da Guarda Municipal foi quebrado. Outros veículos, inclusive particulares, também teriam sido depredados. 
O secretário de Governança de Porto Alegre, Cezar Busatto, foi atingido com tinta pelos manifestantes. Minutos depois, ele concedeu uma entrevista coletiva na prefeitura e classificou o protesto como “selvageria”.
“Não houve nenhum espaço para diálogo. O que se viu foi uma fúria enlouquecida de alguns jovens, que simplesmente começaram a avançar para cima de nós. Agrediram um guarda, arrancaram os meus óculos e começaram a jogar essa tinta para cima de nós”, descreveu Busatto. 
O secretário afirmou que ele e o guarda municipal que ficou ferido no confronto vão registrar ocorrência na Polícia Civil. As imagens das câmeras de segurança da prefeitura serão usadas para tentar identificar os envolvidos no tumulto e responsabilizá-los por crimes como lesão corporal e depredação do patrimônio público. 
“Nós repudiamos e exigimos providências das autoridades constituídas. Vamos fazer uma ocorrência na polícia para que se abra um inquérito e os responsáveis sejam identificados. Pessoas que fazem isso não podem ficar impunes”, declarou o secretário de Governança.
Depois do tumulto, os manifestantes subiram em caminhada pela Avenida Borges de Medeiros. Houve uma concentração no Largo Zumbi dos Palmeiras, na Avenida Loureiro da Silva. Em seguida, o grupo seguiu para a Avenida João Pessoa, bloqueando o trânsito na avenida.
A manifestação, organizada nas redes sociais, já era prevista e sucedeu uma série de outras semelhantes. Na segunda-feira (25), um grupo bloqueou a Avenida Ipiranga, em frente à Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS), por mais de três horas. Na ocasião, também houve princípio de tumulto entre os manifestantes e a Brigada Militar.
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Paredes da prefeitura de Porto Alegre também foram pichadas / Reprodução / RBSTV

BY g1

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