21/03/2013
Bombeiros encontraram três corpos no bairro do Quitandinha, nesta quinta-feira. As buscas continuam para achar um morador desaparecido desde o temporal de domingo
Chuvas na cidade de Petrópolis (RJ) provocaram mortes e deixaram centenas de pessoas desalojadas e desabrigadas(Tânia Rêgo/ABr)
O número de mortos em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, subiu para 31 nesta quinta-feira. No total do dia, foram encontradas mais três vítimas da chuva que atingiu a cidade no início da semana e provocou alagamentos e deslizamentos de terra. Os três corpos localizados são de homens e estavam no bairro do Quitandinha, o mais atingido.
O 29º cadáver foi encontrado às 8h45 em meio a escombros, dentro de um córrego perto da rodoviária do município. O 30º foi achado às 11h25, em um deslizamento da Rodovia BR-040. A Defesa Civil localizou a 31ª vítima por volta das 16h30. Bombeiros ainda trabalham com mais uma pessoa desaparecida.
Petrópolis se desmancha: com obras paradas, uma nova tragédia
De acordo com a prefeitura, 14 dos 44 feridos estão hospitalizadas. Dos que estão internados em unidades de terapia intensiva (UTIs), quatro apresentam um quadro de saúde grave. O total de desabrigados ou desalojados caiu de 1.463 para 1.237. Nesta quinta-feira, quatro vítimas foram enterradas. O temporal causou 21 pontos de deslizamentos ou enchentes em seis bairros de Petrópolis.
Entre os mortos estão uma filha e dois netos do pedreiro Jamil Luminato, de 53 anos, que mora no bairro Independência. Em 31 de dezembro de 1981, após uma tempestade que matou 67 habitantes da cidade, Luminato foi fotografado carregando um bebê que havia resgatado já morto. Publicada na capa do "Jornal do Brasil" do dia seguinte, a foto rendeu o Prêmio Esso, principal distinção do Jornalismo brasileiro, ao repórter-fotográfico Carlos Mesquita. Depois o documentário "Primeira Página", do diretor de cinema e professor Eduardo Escorel, tentou reconstruir a situação que o pedreiro viveu naquele dia. Passados 31 anos, na chuva de domingo, no dia 17 de março deste ano, Luminato perdeu a filha, de 31 anos, e os netos de 2 e 4 anos. O genro está na UTI de um hospital de Petrópolis.
O 29º cadáver foi encontrado às 8h45 em meio a escombros, dentro de um córrego perto da rodoviária do município. O 30º foi achado às 11h25, em um deslizamento da Rodovia BR-040. A Defesa Civil localizou a 31ª vítima por volta das 16h30. Bombeiros ainda trabalham com mais uma pessoa desaparecida.
Petrópolis se desmancha: com obras paradas, uma nova tragédia
De acordo com a prefeitura, 14 dos 44 feridos estão hospitalizadas. Dos que estão internados em unidades de terapia intensiva (UTIs), quatro apresentam um quadro de saúde grave. O total de desabrigados ou desalojados caiu de 1.463 para 1.237. Nesta quinta-feira, quatro vítimas foram enterradas. O temporal causou 21 pontos de deslizamentos ou enchentes em seis bairros de Petrópolis.
Entre os mortos estão uma filha e dois netos do pedreiro Jamil Luminato, de 53 anos, que mora no bairro Independência. Em 31 de dezembro de 1981, após uma tempestade que matou 67 habitantes da cidade, Luminato foi fotografado carregando um bebê que havia resgatado já morto. Publicada na capa do "Jornal do Brasil" do dia seguinte, a foto rendeu o Prêmio Esso, principal distinção do Jornalismo brasileiro, ao repórter-fotográfico Carlos Mesquita. Depois o documentário "Primeira Página", do diretor de cinema e professor Eduardo Escorel, tentou reconstruir a situação que o pedreiro viveu naquele dia. Passados 31 anos, na chuva de domingo, no dia 17 de março deste ano, Luminato perdeu a filha, de 31 anos, e os netos de 2 e 4 anos. O genro está na UTI de um hospital de Petrópolis.
Ministério Público - Ministério Público do estado do Rio vai acionou, nesta quinta-feira, a prefeitura de Petrópolis, o governo do estado e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Uma ação civil pública proposta pelas promotoras Zilda Januzzi Veloso Beck e Mariana Mascarenhas Ferreira Gomes exige que o poder público realize obras para evitar o transbordamento dos rios Quitandinha e Piabanha. O MP também pede indenizações por perdas patrimoniais das vítimas da tragédia desta semana e por dano moral e coletivo, com verbas do Fundo Nacional dos Direitos Difusos.
A ação pede que seja elaborado, em um prazo de 30 dias, “um projeto de engenharia e a recomposição da mata ciliar do Quitandinha e do Piabanha”. O prazo para a execução dessas obras é de 180 dias. O MP afirma que não se tem notícia de nenhuma medida estrutural de engenharia para melhorar a drenagem urbana, “suficientes senão para resolver, ao menos para mitigar os efeitos das inundações constantes e, portanto, previsíveis em Petrópolis”. O Ministério Público também prepara uma segunda ação, pedindo que sejam apontadas soluções para o problema das encostas no município, como obras de contenção e remoção de famílias em áreas de risco.
by Veja
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