domingo, 24 de março de 2013

Polícia britânica abre inquérito sobre morte de Berezovsky




Magnata russo foi encontrado morto em Londres neste sábado (23).
No Brasil, ele ficou conhecido por possível ligação com o Corinthians.


Boris Berezovsky, um dos maiores críticos de Vladmir Putin, morreu neste sábado (23) (Foto: Neil Hall/Reuters)Boris Berezovsky, um dos maiores críticos de
Vladmir Putin, morreu neste sábado (23)
(Foto: Neil Hall/Reuters)
A polícia britânica disse neste sábado (23) que abriu inquérito sobre a morte em circunstâncias "não esclarecidas" do magnata russo Boris Berezovsky, em sua residência perto de Londres.
No Brasil, o magnata ficou conhecido por sua possível ligação com a MSI, parceira do Corinthians de 2004 a 2007. Ele chegou a ter sua prisão decretada pelo suposto envolvimento com o time de futebol. O empresário era acusado de ter o controle financeiro da MSI, que tinha sede em Londres e era representada no Brasil por Kia Joorabchian. A conexão entre Berezovsky e MSI foi investigada pela Interpol e, em julho de 2007, o Ministério Público pediu a prisão do empresário pela acusação de lavagem de dinheiro.
"A morte dele está sendo tratada no momento como não esclarecida e uma investigação está sendo feita", afirmou a polícia em uma declaração que não citou o nome do empresário de 67 anos.
"A área ao redor da propriedade foi isolada para permitir que a investigação ocorra", completou a fonte.
Berezovsky era um homem com forte influência política e econômica na época do falecido presidente Boris Yeltsin, antes de se desentender com Putin e seguir à Grã-Bretanha em 2001.O corpo de Berezovsky foi encontrado em uma propriedade em Ascot, uma pequena cidade localizada cerca de 40 km a oeste de Londres, acrescentou o comunicado.
"Posso confirmar que ele morreu em sua casa. Eu o conheço há muito tempo, passamos muito tempo juntos. Estou chocado. É o fim de uma era", disse à Reuters Andrei Sidelnikov, amigo de Berezovsky.
O magnata perdeu um importante processo judicial contra o proprietário do time de futebol Chelsea, Roman Abramovich, em Londres, no ano passado, depois de uma batalha legal de seis bilhões de dólares relacionada a uma divisão dos vastos recursos naturais da Rússia pós-soviética.
Berezovsky, que orquestrou a reeleição de Boris Yeltsin em 1996 e teve um papel importante na ascensão ao poder de Putin, tendo recebido asilo político da Grã-Bretanha em 2003.
Pedido de prisão no Brasil

Em julho de 2007, a Justiça Federal determinou a prisão de Boris Berezovsky e dos iranianos Kia Joorabchian e Nojan Bedroud, seus representantes no Brasil, com a suspeita de lavagem de dinheiro na parceria da empresa MSI com o Corinthians.  A denúncia do Ministério Público que baseou o pedido de prisão indicava que Berezovsky utilizou o Corinthians para lavar dinheiro obtido de forma ilícita no exterior.

Além de Kia e Nojan, foram denunciados na época por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha o ex-presidente do Corinthians, Alberto Dualib, o ex-vice-presidente, Nesi Curi, o ex-diretor de futebol Paulo Angioni, o empresário Renato Duprat e o advogado Alexandre Verri, da empresa Veirano Advogados.

Entretanto, em 2009 o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu uma liminar que suspendeu a decisão judicial que condenava Berezowsky e Kia a pagar R$ 37,2 mil cada por litigância de má-fé (quando uma das partes de um processo recorre apenas para retardar a tramitação de uma ação). O STF entendeu na época que os dois não tiveram assegurado o direito de ampla defesa, porque o juiz teria negado aos advogados dos réus a formulação de perguntas durante o interrogatório judicial –direito previsto em lei. Os advogados entraram então com a ação de suspeição contra o juiz.
*com informações da BB
G1

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