quarta-feira, 27 de março de 2013

Este ano, Revista MAD completa 61 anos


Veja infográfico com as clássicas dobradinhas da publicação, além de entrevista com o editor brasileiro

A revista MAD vai completar 61 anos em outubro. A publicação, lançada nos EUA em 1952, surgiu de uma ideia do cartunista Harvey Kurtzman, criador do mascote Alfred E. Neuman.

Em 2012, para comemorar a data, a Time Home Entertainment lançou o livro "Totally MAD: 60 Years of Humor, Satire, Stupidity and Stupidity" ("MAD Total: 60 Anos de Humor, Sátira, Idiotices e Idiotices", em português).
Veja infográfico com as clássicas dobradinhas da revista abaixo

Organizado por décadas, "Totally MAD" terá 256 páginas com informações sobre a origem da revista, além de trabalhos dos escritores e ilustradores que fizeram parte de sua história - o "grupo habitual de idiotas", como eles costumam se autodenominar.
O mascote Alfred E. Neuman em uma de suas primeiras aparições e na capa do livro de 60 anos da MAD. Foto: Divulgação
1/8
Entre os nomes famosos que passaram por sua redação, estão Al Jaffee, Dave Berg, Don Martin, Sergio Aragonés e Antonio Prohias. "Certamente a revista me influenciou. Eu adorava as sátiras, os microcartuns do Aragonés, as crônicas da classe média americana que o Dave Berg fazia, o humor enlouquecido do Don Martin. Foram modelos que me iluminaram bastante", disse o cartunista Laerte Coutinho ao iG .
Para o quadrinista  Gustavo Duarte , a MAD teve um papel importante em sua formação artística. "Nomes como Aragonés e Don Martin me influenciaram e influenciam até hoje. Esses caras eram o que eu queria ser quando crescer. Muito do que aprendi de humor e narrativa gráfica vem dali."
MAD no Brasil
No Brasil, a MAD passou por quatro editores diferentes. Sua estreia ocorreu em 1974, na Editora Vecchi. Em 1983, a publicação foi para a Record, que cancelou a revista em 2000. De 2000 a 2006, ficou com a Mythos. Em 2008, voltou às bancas pela Panini, com quem permanece até hoje. Desde a sua primeira publicação no país até 2008, a MAD brasileira foi editada pelo jornalista e cartunista Otacílio D’Assunção, o Ota. Depois de sua saída, a publicação ficou nas mãos de Raphael Fernandes, seu atual editor.


Divulgação
Capa da MAD brasileira que satiriza o seriado "Game of Thrones"

Em conversa com o iG , Raphael falou sobre as diferenças entre as publicações nos EUA e no Brasil e sobre o aniversário da edição nacional, que completa 40 anos em 2014.
iG: Como você começou a trabalhar na MAD?
Raphael Fernandes: Eu era editor assistente da Marvel e DC na editora Mythos. Um dia vi o editor que fechava a MAD Especial, que era feita em São Paulo (a MAD mensal era então feita por Ota no Rio de Janeiro), montar a revista com uma imagem que já havia sido utilizada. Comentei com ele e em poucos dias a MAD Especial já estava comigo, em 2006. A partir do número 8, lançado pela Panini em 2008, assumi a revista mensal.
iG: Qual a principal diferença entre a Mad do Brasil para a dos EUA?
Raphael Fernandes:  Eles estão muito presos à fórmula da MAD dos anos 1960. Caras como o Dave Berg, o Sérgio Aragonés, ficaram por muito tempo fazendo seções fixas, eles não ousam.
A nossa sátira é completamente anárquica. A que fizemos do seriado "Game of Thrones", por exemplo, começa como uma sátira normal da MAD e fica tão louca que vira uma história própria. Somos mais ousados. Damos liberdade para os desenhistas que temos aqui.
A vantagem deles nos EUA é ter anunciantes. Nós só vivemos de banca. Além disso, eles têm alguns artistas com os quais é difícil competir, principalmente o das dobradinhas. Elas são insuperáveis, não dá para imitar. É muito difícil fazer aquilo e o cara que faz tem 90 anos - está há 50 anos na MAD.
iG: Quanto da MAD brasileira é de material nacional?
Raphael Fernandes:  Antes havia 50% de conteúdo gringo, hoje temos 70% de material nacional. Às vezes os leitores enviam cartas dizendo que detestaram a parte nacional da MAD, mas só falam de conteúdo gringo - prova que os leitores são realmente idiotas (risos).
iG: Qual a tiragem atual da revista no Brasil? Raphael Fernandes: Em torno de 10 a 15 mil exemplares mensais.
iG: Em outubro a MAD comemora 60 anos nos EUA. Vocês pretendem fazer alguma coisa na edição nacional?
Raphael Fernandes: Por enquanto não pensamos em nada para os 60 anos da MAD gringa. Talvez algum reflexo do que sair lá fora. O lance agora é a edição número 50 da MAD brasileira. Desde a época da Record somos a primeira editora a chegar ao número 50. E tem os 40 anos da MAD no Brasil, em 2014, que está chegando.
by Ultimo Segundo

Nenhum comentário:

Em Alta

Novo HamburgoRS - Hospital do RS fecha UTI e transfere pacientes após detectar superbactéria considerada uma das mais perigosas do mundo

Acinetobacter baumannii, espécie detectada no hospital do RS, foi listada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2024 como resistente a ...

Mais Lidas