O Tribunal Supremo do Quênia rejeitou neste sábado o recurso do premiê Raila Odinga sobre o resultado das eleições presidenciais de março, que elegeu com 50,07% dos votos Uhuru Kenyatta, 51. Desse modo, foi confirmada a vitória do vice-premiê, que é processado por crimes contra a humanidade.
Após anunciada a decisão, Odinga anunciou que acata a decisão e reconheceu a legitimidade de Kenyatta como presidente, apesar de considerar o pleito com irregularidades. Horas depois, Kenyatta agradeceu os pedidos de sorte e desejou unidade ao país.
"Quero garantir a todos os quenianos, inclusive os que não me votaram e que impugnaram a validade da minha eleição, que meu governo trabalhará com eles e servirá a todos sem nenhuma discriminação".
O vice-chefe de governo venceu o pleito com 50,7% dos votos, contra 43,3% de Odinga, e terá direito a um mandato de seis anos. Ele recebeu as saudações das potências ocidentais, como Estados Unidos, Reino Unido e França, além da União Europeia.
As felicitações foram feitas após os países evitarem reconhecer publicamente o resultado eleitoral, em especial por causa das acusações sofridas por Kenyatta de crimes contra a humanidade no Tribunal Penal Internacional pela violência no país após o pleito de 2007, que deixou 1.300 mortos.
O novo presidente foi acusado de instigar as ações violentas dos adversários, em especial os aliados de Odinga, que pertencem a tribo luo, após o pleito que deu a vitória a Mwai Kibaki, que é da tribo quicuio, assim como Kenyatta.
Os grupos entraram em confronto, gerando ações violentas e massacres em diversas partes do país. A aceitação por parte de Odinga da decisão da Justiça dissipa os medos de muitos observadores de uma nova explosão de violência entre simpatizantes dos dois candidatos.
by G1
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