sábado, 12 de janeiro de 2013

"Prefiro a paz mais injusta à mais justa das guerras." - Cícero



Onda de violência varre o Oriente 

Médio e paz continua distante

Guerra civil na Síria provoca mais de 40 mil mortes e deixa 500 mil refugiados. Votação histórica na ONU eleva Palestina a estado observador.


Em 2012, uma onda de violência varreu a região do Oriente Médio. A Primavera Árabe ainda está longe dos seus ideais.
Malala, menina paquistanesa que sonha ser médica, foi covardemente atacada por fanáticos do Talibã. Ela se tornou um símbolo da luta pela liberdade, uma luta que tantos outros também travaram.
Síria atravessa o ano assolada pela guerra civil. O presidente Bashar Al-Assad segue com promessas de esmagar o inimigo com mão de ferro. Civis são alvos em todo o país. Já são mais de 500 mil refugiados e mais de 40 mil mortos. Não há cessar-fogo, nem acordo de paz.
O conflito extrapola as fronteiras e Síria e Turquia estremecem. Rússia e China são grandes aliados do governo, mas outras cem nações reconhecem que a oposição é a legítima representante do país.
Irã segue com seu programa nuclear, ameaça um navio de guerra americano e faz testes com mísseis no estreito de Ormuz.
O ano é de atentados devastadores no Iraque, no Líbano e no Afeganistão, mas a Primavera Árabe dá alguns sinais. A eleição no Iêmen põe fim a três décadas de poder de Ali Saleh. Na Tunísia, o ex-ditador Ben Ali é condenado à prisão perpétua, mesma punição de Hosni Mubarak. O ex-presidente do Egito chegou a ter a morte anunciada, mas não confirmada.
Na praça Tahir, no coração do Cairo, houve protestos o ano inteiro. Os egípcios entraram 2012 exigindo a saída dos militares do poder. Nas eleições, elegem Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, mas ele enfrenta uma crise após a outra. Ainda é frágil a democracia no país.
É frágil também o cessar-fogo entre Israel e a Palestina. Este ano, a escalada de provocações culminou com um ataque aéreo fulminante. O líder militar do Hamas é morto na Faixa de Gaza e o que se sucede deixa o mundo assustado. Um acordo é anunciado após oito dias.
Na ONU, uma votação histórica: a Palestina é elevada a estado observador. O ano de 2012 chega ao fim com as mesmas velhas dúvidas: a paz virá um dia?

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