sábado, 12 de janeiro de 2013

OGX lidera altas, Pão de Açúcar movimenta R$ 1,6 bi e Vale cai 2%; veja mais


SÃO PAULO - Mais um dia de queda na BM&FBovespa, que viu o Ibovespa fechar a sessão com recuo de 0,29%, aos 61.497 pontos. A ponta positiva voltou a ser ocupada pela OGX Petróleo (OGXP3), que subiu 3,61% e fechou aos R$ 5,17, acumulando nesse começo de 2013 uma valorização de 18%. Por outro lado, o Pão de Açúcar (PCAR4) liderou as quedas do índice, com recuo de 3,22%, terminando aos R$ 89,00.

De acordo com Henri Evrard, analista da Infinity Asset, a petrolífera de Eike Batista se beneficia diretamente da descoberta de petróleo por parte de outras empresas de petróleo: a Queiroz Galvão (QGEP3) e a Petrobras (PETR3; PETR4). "Além disso, é uma empresa altamente depreciada, que se entregar 30% do que ela tem para entregar, já vai ter uma forte alta", avalia o analista.

A descoberta no campo de Atlanta foi benéfica para a empresa. "Foi muito acima do que se esperava, estavam esperando uma extração de 25 mil barris por dia, mas agora estão pensando contratar uma sonda que suporte 100 mil barris diários", afirma. A QGEP é a operadora, mas a OGX possui 40% de participação e deve se beneficiar da situação.

As descobertas da Petrobras também são positivas, já que a companhia encontrou petróleo muito perto de quatro poços da petrolífera de Eike localizados na Bacia do Espírito Santo. "E o mercado começa a acreditar e a especular que nos poços da OGX também possui petróleo de boa qualidade, impulsionando as ações", finaliza.

Pão de Açúcar despenca com leilão de Abílio e prévia operacional

O Pão de Açúcar teve uma sessão marcada pelo leilão de 13 milhões de ações PCAR4 que pertenciam à Abílio Diniz, que fez com que o papel tivesse volume financeiro de R$ 1,649 bilhão, disparado o maior volume negociado na Bovespa e também bastante acima da média das últimas 21 sessões (R$ 57 milhões).

Além disso, a empresa fechou o quarto trimestre, o mais importante para o varejo, com ritmo de crescimento inferior ao visto nos últimos três meses anteriores. A maior varejista do País registrou avanço de 5,8% nas vendas no conceito mesmas lojas - que considera aquelas em operações há pelo menos 12 meses -, bem abaixo do avanço de 7,1% apurado nos três meses anteriores.

No ano passado como um todo, as vendas líquidas somaram R$ 50,924 bilhões, 9,3% maiores ante 2011. As vendas comparáveis (mesmas lojas) foram 7% superiores em 2012, também em patamar inferior ao do ano anterior, quando houve alta de 8,8%.

Vale cai forte por conta de inflação chinesa

A alta na inflação da China movimentou as ações de mineradoras ao redor do mundo, e por aqui não é diferente. Os papéis preferenciais da Vale (VALE5) se desvalorizaram 2,56%, a R$ 39,53. Na mínima do dia, os ativos caíram 3,23%, a R$ 39,26. Os ordinários (VALE3) recuaram 2,06%, aos R$ 41,27, colaborando para a queda do Ibovespa, já que juntas representam mais de 10% do índice.

As ações da CSN (CSNA3), empresa que também tem uma importante participação na mineração, tiveram perdas de 0,71%, aos R$ 12,62. Na Europa, ações de grandes mineradoras, como Rio Tinto (-1,24%), Anglo American (-1,45%) e BHP Billiton (-1,95%), também fecharam no vermelho na bolsa de Londres.

A alta nos preços na China limita novos estímulos à economia local, o que afeta diretamente as mineradoras - visto que o gigante asiático é o principal consumidor da commodity no mundo. Dados divulgados nesta sexta-feira mostraram que a inflação chinesa chegou ao maior nível em sete meses em dezembro, com alta de 2,5% em comparação com o mesmo período de 2011, acima da expectativa do mercado.

Analistas dizem que as pressões inflacionárias vão se acentuar nos próximos meses devido à base menor de comparação do ano anterior. Mas que o cenário continua, no geral, benigno, mantendo a economia bem posicionada e não sendo necessária uma mudança nas taxas de juros.

Acordo entre BB e BTG impulsiona ação do segundo

Um possível acordo com o Banco do Brasil (BBAS3) agitou as units do BTG Pactual (BBTG11), que tiveram alta de 3,65%, terminando cotados a R$ 32,71. Na máxima do dia, os ativos chegaram a valorização de 4,73%, sendo cotados a R$ 32,99.

Também impressiona o giro financeiro dos papéis de R$ 300,85 milhões, o 2° maior volume da história, perdendo apenas para o primeiro dia de negociação das units na Bovespa, em 26 de abril do ano passado, quando movimentaram R$ 575 milhões. Esse volume é muito superior à média diária dos últimos 21 pregões de R$ 24 milhões. Sem considerar a última sessão - que também registrou um movimento atípico -, a média cai para de R$ 9 milhões.

Segundo informações do períodico diário Relatório Reservado, o banqueiro André Esteves, fundador e presidente do BTG Pactual, estaria estudando uma forma de levar o seu banco de investimento a figurar entre as cinco maiores instituições financeiras privadas antes do final desta década. Para esta missão, o empresário estaria em negociações com o Banco de Brasil para criar um braço atacadista bifronte para concorrer com os grandes do mercado.

Segundo o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos, este acordo tem chances de ocorrer, principalmente pela aproximação de Esteves com o governo, que seria o responsável por costurar essa negociação. O empresário, com isso, criaria um cerco na área financeira do governo. O BTG já é sócio da Caixa Econômica no PanAmericano, agora faltaria tornar-se sócio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Caso concretizada, esta se tornaria a maior e mais ousada das metas: fazer do banco líder na área de mercado de capitais. No segmento de emissão de títulos no exterior, por exemplo, o BB já figurava na ponta do ranking da Anbima em novembro do ano passado. Somando-se seus valores aos do BTG Pactual, a cifra chega a US$ 35 bilhões em operações, US$ 10 bilhões a mais do que o então segundo lugar, JPMorgan Chase.

Ecorodovias sobe após BTG comprar participação

As ações da Ecorodovias (ECOR3) apresentam alta de 5,82%, aos R$ 18,00, após chegarem a subir 6,41%, a R$ 18,102, na máxima do pregão. O movimento acontece após a companhia italiana Impregilo anunciar um acordo com o BTG Pactual para venda de 6,5% da empresa por US$ 255,02 milhões. Com a operação, a Impregilo não possui mais participação na companhia e a BTG possui 10,2%.

Segundo o analista Luis Gustavo Pereira, da Futura Investimentos, a notícia é positiva para a companhia. "A maior participação do BTG na Ecorodovias deve levar a uma boa reestruturação, que já acompanha a empresa há um tempo", disse o analista
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by http://dinheiro.br.msn.com




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