Estadão
A corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana  Calmon, revelou ontem que o órgão está investigando operações suspeitas  envolvendo um grupo de juízes em um esquema de compra de terras e grilagem em  áreas de grande extensão em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e divisa  entre Bahia e Goiás. A trama envolve tabelionatos e cartórios de registro de  imóveis, informou a corregedora.
 Os casos incluem cancelamento de títulos e matrículas em  cartórios por ordem judicial, intervenções e ações reivindicatórias sem título  adequado, concessão de liminares para imissão de posse indevida e tutela  antecipada em ação por uso capião, entre outros expedientes. De acordo com a  ministra, as terras têm sido usadas para o cultivo de soja.
 'Estão ocorrendo, pelas informações que estamos recebendo e que  chegam em razão de denúncias, grilagens de terras que não valiam nada, que eram  absolutamente inservíveis, e que hoje são riquíssimas com o agronegócio, com  participação de magistrados,', afirmou a ministra, ao participar da 9.ª Reunião  Plenária Anual da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de  Dinheiro (ENCCLA), em Bento Gonçalves (RS). 'Isso está nos preocupando  sobremaneira', afirmou.
 Na avaliação de Eliana, trata-se de um esquema semelhante ao  que já ocorreu no sul do Pará. 'Eram terras absolutamente sem valor econômico e,  no entanto, elas começaram a ser valorizadas de repente em razão do agronegócio.  O sul do Piauí está com um problema sério, porque aquilo ali era terra de  ninguém, abandonadas, de repente, cresceu'. As informações são do jornal O  Estado de S. Paulo.
 
 
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