Política salarial e passivos
do Estado de Santa Catarina
                          Por Esperidião  Amin
      Recentemente, a imprensa  catarinense divulgou os grandes passivos que atormentam o Governo e, por  conseqüência, o contribuinte de nosso Estado.
     São eles: a INVESC, as letras  (Obrigações do Tesouro de SC) dos precatórios, a “concessão” da SC 401. O que  caracteriza esses “fantasmas”? São bilionários e têm o mesmo  DNA!
     Sobre esses casos deixo de  fazer comentários. Seria interessante um debate a respeito.
     Quero, porém, acrescentar um  quarto fantasma, igualmente bilionário, cuja aparição vai sendo descortinada  pelo anúncio da “nova” política salarial anunciada pelo governador Raimundo  Colombo.  A propósito, sou levado a cumprimentá-lo pela coragem de  optar pela seriedade e pela responsabilidade de “desinventar” espertezas  pirotécnicas adotadas por seu antecessor. Lembro do conselho que recebi de meu  grande professor de gestão pública, Leone Carlos Martins: “o governo só pode  atender uma determinada categoria DEPOIS de repor as perdas de todos os  servidores, inclusive os inativos!”. Como, aliás, manda a Constituição, a  Cidadã, como diria o Dr. Ulisses. Foi o que fizemos, depois de pagar salários  ditos “atrasados” pelo governo, coincidentemente do mesmo DNA, que nos  antecedeu.
     Acontece que, no Supremo  Tribunal Federal, tramitam várias ações (inclusive da bancada estadual do PP/SC)  cobrando a não concessão, de 2003 até 2010, da reposição salarial preconizada  pelo artigo 37, inciso X, da Constituição. Já estão escritos vários votos. É  virtualmente (e virtuosamente) impossível que o Supremo deixe de, no devido  tempo, dar sua decisão a favor do cumprimento desse dispositivo “anti-roubo”,  que protege o poder aquisitivo do servidor público das espertezas de governantes  e suas maiorias eventuais e oportunistas.
     Uma vez decidida essa  questão, um novo fantasma bilionário – de DNA conhecido – ombreará com seus  “irmãozinhos”, ampliando a galeria de malfeitos não punidos da administração  pública de nosso Estado.
     Por isto, junto com os  cumprimentos ao governante por sua decisão corajosa e honesta, creio que cabem  advertências republicanas!

 
 
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