Nesta semana, STF julga se petistas são culpados por compra de votos.
'É preciso que o colarinho branco também vá para a cadeia', disse procurador.
A quatro dias do primeiro turno das eleições municipais, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta quarta-feira (3) que seria "bom" que o julgamento do mensalão tivesse reflexo na escolha de prefeitos, vice-prefeitos e
vereadores.
O Supremo Tribunal Federal (STF) julga, nesta semana, dez réus acusados de terem comprado votos parlamentares em troca de apoio político no Congresso no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os principais réus estão ex-dirigentes do PT. O chefe do Ministério Público, no entanto, não citou nenhum partido político em seu comentário.
"As urnas dirão se houve alguma repercussão [do julgamento do mensalão nas eleições]. A meu ver, era bom que houvesse, seria salutar", enfatizou Gurgel no intervalo da sessão desta quinta.
Indagado sobre a possibilidade de parte dos réus condenados conseguir protelar uma eventual prisão com recursos, Gurgel defendeu que "a lei valha para todos".
"De uma vez por todas, é preciso que, no Brasil, a lei valha para todos. Se o criminoso comum vai para a cadeia, é preciso que o colarinho branco também vá para a cadeia. Todos são brasileiros igualmente", ressaltou.
O procurador-geral também voltou a defender que todos os réus condenados a penas que culminem em prisão sejam encaminhados para os presídios assim que acabar o julgamento. Gurgel já havia reivindicado a execução imediata das punições em sua sustentação oral.
"Se alguém pegar cadeia, deve ir para a cadeia. O que o Ministério Público sustenta é que a execução das penas que sejam eventualmente fixadas pelo Supremo devem se fazer logo em seguida à conclusão do julgamento", disse.
by G1
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