08/07/2014
A seleção alemã não se diverte apenas em campo. Concentrados no Sul da Bahia, aproveita a Copa do Mundo como ninguém
Há um mês, a seleção alemã desembarcou em Salvador, pegou um voo fretado e foi para Porto Seguro. De lá, seguiu de barco até a Vila de Santo André, em Santa Cruz Cabrália, no Sul da Bahia. Começava a paixão da delegação alemã pelo Brasil. Ela dançou com índios Pataxós já no segundo dia no país, comemorando o aniversário do atacante Miroslav Klose (hoje consagrado como o maior artilheiro da história das Copas); vestiu a camisa do Bahia e cantou "Baêa, Baêa, Baêa" (depois, vieram as camisas do Grêmio e Flamengo); andou de jet-ski; adorou água de coco; foi à escola do povoado de Santo André. Tudo isso antes da estreia na Copa do Mundo do Brasil.
Quando a bola rolou na Arena Fonte Nova, em Salvador, no dia 16, a seleção alemã mostrou que estava bem à vontade no tão falado calor brasileiro. Os torcedores viram um atuação brilhante: 4 a 0 sobre Portugal, do melhor do mundo, Cristiano Ronaldo. O placar impressionou. Depois desta terça-feira (8), já não impressiona mais.
No segundo jogo da primeira fase, a Alemanha fez uma partida emocionante contra Gana. Umempate de 2 a 2, após ter tomado uma virada no segundo tempo.
Encerrando a primeira fase, um apertado 1 a 0 sobre os Estados Unidos.
Nas oitavas de final, Alemanha e Argélia empataram no tempo normal (no "0 x 0 mais emocionante da história", como muitos torcedores definiram). Na prorrogação, mais emoção e com gols: 2 a 1.
Nas quartas, no Maracanã, a Alemanha abriu o placar aos 13 minutos e cozinhou o galo francês.
Entre uma partida e outra, os vídeos produzidos pela Federação Alemã de Futebol mostravam que o avançar da competição não pesava sobre os jogadores. O clima da delegação seguia o mesmo: muita descontração e um grande carinho com os brasileiros – fãs da Alemanha e de futebol e aqueles que prestavam serviço para eles.
No domingo, o vídeo publicado sobre os 28 dias em terras brasileiras comprovava que os alemães encarariam a semifinal contra os anfitriões com a leveza de quem já se sentia em casa, ao som de A luz de Tieta:
"Nessa terra, a dor é grande
e a ambição, pequena
Carnaval e futebol
Quem não finge,
Quem não mente,
Quem mais goza e pena
É que serve de farol"
e a ambição, pequena
Carnaval e futebol
Quem não finge,
Quem não mente,
Quem mais goza e pena
É que serve de farol"
No Brasil, a Alemanha já penou (nem tanto) e já gozou. Após os 7 a 1 sobre o Brasil, resta uma partida para ela ser o farol do futebol mundial. Até a próxima Copa.
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