Devo me guiar pela chamada opinião pública?
É preciso cuidado e senso crítico. Os jornais, as revistas, as rádios e as televisões privadas, embora se apresentem como pretensos intérpretes isentos da opinião pública, muitas vezes representam interesses
próprios ou de grupos econômicos dos quais são donos ou sócios, inclusive de anunciantes (empresas privadas ou públicas, organizações sociais e governo federal, estaduais e municipais) e até de partidos políticos.
É verdade que a intensidade, a velocidade e a constância, quase onipresença, da exposição dos meios de comunicação perante a sociedade, fazem dela a expressão ou representação da opinião pública. Mas a chamada opinião pública – mais precisamente opinião publicada – não coincide necessariamente com a verdade e nem resulta necessariamente de reflexão e análise racional dos fatos.
A opinião pública, além da mídia, também se expressa por intermédio dos grupos organizados, das manifestações espontâneas, das pesquisas, das eleições, das discussões em situações sociais, entre outras formas. É um fenômeno social e plural.
Portanto, seja na imprensa tradicional, seja nos portais de Internet, deve-se sempre verificar que interesses defende o veículo de comunicação.
É sempre bom conhecer mais de uma opinião ou visão do sindicato, da OAB, da CNBB, de ONGs ou de partidos políticos antes de assumir as campanhas ou bandeiras da mídia
Nenhum comentário:
Postar um comentário