BBB 13
Participantes de edições passadas do 'Big Brother' fazem o programa começar com histórias e personagens prontos
João Marcello Erthal
Fani se irrita com Dhomini e Nasser após brincadeira - Rede Globo/Reprodução
O Big Brother Brasil pode ser criticado por tudo – e saibam os críticos que esse também é o fermento da popularidade do programa. Mas a Globo e os mentores do reality show jamais poderão ser acusados de não saber fazer o 'BBB'. A 13ª edição, que começou com um Pedro Bial vestindo o laranja da moda, rimando “treze com crazy”, é mais do mesmo. Tão repetitiva que enfiou na casa participantes do passado, entre eles os vencedores Kléber Bambam e Dhomini. E não é que a novidade está exatamente na velharia?
Nas duas últimas edições, a emissora viu o que é um Big Brother sem a liga, a cola que gera rapidamente uma rede de relações dentro da casa do Projac. O BBB existe de fato quando exibe uma realidade inventada que se aproxima de uma ficção bem planejada: com histórias, intrigas, contraposição de forças e, enfim, um jogo que o povo tenha prazer em assistir. O que faltou aos dois últimos BBBs já está sobrando no BBB 13: os seis brothers e sisters ressuscitados têm história desde o momento em que pisaram na casa, ao vivo, horas depois de oito participantes novos terem ingressado na mansão-cativeiro.
Boninho e seu time foram além: três dias antes do início do BBB, seis participantes candidatos a entrar na casa já estavam a serviço do programa, em uma casa de vidro que funciona tanto como aquário antropológico bizarro quanto como um outdoor gigante do Big Brother, em um shopping de São Paulo. Assim, os fãs de reality show, os inimigos mortais do BBB e, pior, os xiitas que tentam ficar indiferentes ao fenômeno foram bombardeados pelo olho indiscreto do "grande irmão". O "esquenta" rendeu, antes mesmo do início do programa, a entrada de personagens nos tópicos campeões do Twitter no Brasil. Em tempo: personagens que talvez nunca pisem na casa.
Sem sentir, o público começou mais cedo a girar a máquina do BBB. E, minutos depois do início, a primeira prova, com participantes de mãos grudadas em três automóveis, teve início a sequência fulminante de merchandising do programa. Nas redes sociais, os que amam e odeiam estão, por razões distintas, unidos para garantir à Globo o sucesso do programa pelos próximos três meses. Ainda na manhã desta quarta-feira, três dos brothers permaneciam com as mãos coladas aos três automóveis, para deleite do anunciante e da emissora: afinal, o produto BBBdá provas, nas suas primeiras 24 horas, de que é matador.
by Radar On Line
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