A graça da vida é não saber.
Fica sereno quem
Fica sereno quem
arruma, com os entes e as coisas, o seu museu de
encantamentos. 
Sem fichas.
Nunca que eu quis
Sem fichas.
Nunca que eu quis
explicações sobre o que eu tenho sentido. Vejo os
meus sonhos. 
Ouço as minhas músicas.
Ando pelos
Ouço as minhas músicas.
Ando pelos
meus jardins.
Dou à minha gulodice o prazer que ela me
Dou à minha gulodice o prazer que ela me
fantasia.
Estas mãos, tantas vezes pousadas em livros,
Estas mãos, tantas vezes pousadas em livros,
em flores, em outros alimentos terrestres, continuam
mãos abertas a todas as surpresas.
 Um dia, na praia, o
cavalheiro erudito, indo até lá, como disse: “para sorver
o ar isolado”, porque me encontrou adorando a cor do
céu, logo se manifestou:
 — Sabe por que é azul a cor do
céu? 
Confessei humilde:
 — Não.
 E não me conte,
pelo amor de Deus!
MOREYRA, Álvaro. As amargas, não. RJ: Editora Lux, 2ª ed., 1955
 
 
.jpg) 
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário