domingo, 18 de dezembro de 2011

 
 
 by Blog do Paulinho

Caros Leitores,

Leiam o texto abaixo, que é um depoimento do jornalista Amaury Ribeiro Jr. em seu livro: "A Privataria Tucana" - dando conta de um episódio que quase colocou a campanha e eleição de Dilma Rousseff no ralo, patrocinada pelo chamado "fogo amigo".
PT vs. PT: Uma briga intestina no comitê da candidata de Lula e a farsa do dossiê antitucano sustentada meses a fio pela mídia.
No início de abril de 2010, cuidava das minha uvas no interior de Minas, quando recebo uma mensagem do amigo Luiz Lanzetta, então contratado para montar a assessoria de imprensa da campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República.

(…) Lanzetta estava preocupado. Havia frequentes vazamentos de informações. Instalou-se um clima de paranoia que foi se agravando gradativamente e tornando-se mais denso conforme 2010 avançava. Uma visita à casa da QI-05 serviu para aumentar minha inquietação. Todo mundo desconfiava de todos mundo. A insegurança era geral.

(…) Quando Lanzetta recebeu um telefonema às 8h30, na sua casa em Brasília, sentiu que havia alguma coisa esquisita no ar. Do outro lado da linha, (Rui) Falcão. Cedo liga de São Paulo para registrar sua mais profunda e irrestrita solidariedade a Lanzetta. Referia-se a uma diatribe do colunista Diogo Mainardi na edição da revista Veja que recém aportara nas bancas. Sob o título “O Lanzetta da Laranza”-
leia aqui - e um rasgo que evidenciava os dotes premonitórios do autor, proclamava que a campanha de Dilma Rousseff “está ruindo”. Disparava uma rajada de desaforos contra o PT e os petistas, temperava a maçaroca com o médico Roger abdelmassih e o músico Wagner Tiso, mas centrava fogo em Lanzetta. De quebra, agredia Pimentel.

Lanzetta espantou-se com a solidariedade matinal de Falcão. Sobretudo, estranha e inesperada por partir de alguém que ultimamente mal o cumprimentava. Mas a manhã solidária prometia mais emoções. Cinco minutos depois, Marcelo Parada liga também solidário. “Estamos indignados, coisa e tal”. Mas era algo recente, a edição recém-saíra.... “Não precisam assinar em baixo, pensou. As muitas pessoas que, sinceramente, prestaram solidariedade ao dono da Lanza ligariam à tarde ou no dia seguinte...

Um amigo de Lanzetta resolver fazer graça: “Vai ver eles leram a Veja juntos na cama, entre risinhos e torradas...”

Bisonho no departamento de vaticínios eleitorais, Mainardi, porém, foi esclarecedor no mesmo parágrafo. Relata que Pimentel, “quando era terrorista”, tentara “sequestrar um diplomata norte-americano cinco vezes e fracassou em todas elas”, acrescentando que o então coordenador de campanha de Dilma, era “conhecido por suas patetices”. Era praticamente o mesmo comentário que Lanzetta ouvira de Falcão sobre a atuação de Pimentel em Porto Alegre.

Na conversa, Falcão autoglorificava sua própria atuação na guerrilha, enquanto seu companheiro de Minas seria um tanto trapalhão. Mainardi revelou, ao fustigar Pimentel, mais do que gostaria sua fonte.

(…) A coluna de Mainardi foi, de fato, a senha do que viria a seguir contra Pimentel, Lanzetta e sua turma. Uma das raras atividades de Falcão como coordenador de comunicação da campanha, além de vazar informações, foi forçar a entra de seus sócios em cima da empresa já contratada. Na primeira reunião da coordenação, fez aprovar a contratação de Marcelo Parada e do jornalista Nirlando Beirão, este sem saber o que estava acontecendo com seu nome.

Na segunda reunião, já com Marcelo Parada ao seu lado, apresentou um organograma no qual só apareciam os nomes dele mesmo mais Marcelo Parada e Nirlando Beirão. Os demais jornalistas, já trabalhando e exercendo cargos de comando, como Helena Chagas – indicada por Dilma como coordenadora da imprensa da campanha e hoje ministra da Comunicação – nem sequer apareciam na hierarquia de Falcão.

(…) Foi nesse momento que percebi qual era a intenção da turma de São Paulo: tentar plantar o factoide de que Pimentel e Lanzetta estaria no comando de novos aloprados, conforme o presidente Lula batizou os militantes petistas flagrados com malas de dinheiro em um hotel de São Paulo, às vésperas das eleições de 2006.  
Este reles blogueiro, especialista em nada, passou sábado, domingo e hoje, procurando alguma repercussão do livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr. e nada encontrou. A foto que ilustra a matéria, trata-se de uma montagem, que retrata com maestria, como eles se fazem de mortos, e publicam até receita de bolo na primeira página, mas omitem as cracas tucanas.
A blindagem não muda, quando o assunto é tucano, a imprensa simplesmente se cala, pois a indignação é sempre seletiva. Vou citar aqui, só um exemplo bem prático, sobre o acidente na Linha Amarela do Metrô, que matou 7 pessoas.
Em 12 de janeiro de 2007, o buraco de acesso às obras, que tinha cerca de quarenta metros de diâmetro, quase dobrou de tamanho em pouco menos de dois minutos, engolindo várias casas condenadas, três carros, três caminhões e um micro-ônibus que passava na região no exato instante do acidente. grande parte do túnel de acesso da construção da estação desmoronou, abrindo uma cratera de mais de oitenta metros de diâmetro.
Após uma varredura que não tinha detectado corpos, inicialmente o Consórcio Via Amarela garantia que não havia mortos e propunha que a cratera fosse aterrada, o que foi cancelado após as equipes de resgate serem avisadas por familiares das vítimas de que havia pessoas que só poderiam estar ali. Mais tarde, as buscas só não foram encerradas porque alguns bombeiros disseram ter ouvido sons de buzina. O GPS do micro-ônibus esclareceu as dúvidas, ao apontar que o veículo estava 28 metros abaixo do entulho.
O corpo da primeira vítima só seria resgatado no quarto dia de buscas; o último, no 13.º. Sete pessoas morreram no acidente, o maior da história do metrô paulista. Pergunto: Alguem "ainda" lembra disso? Passada uma semana do resgate da última vítima, NUNCA MAIS, a imprensa publicou nada de relevância. É assim o compromisso deles com a verdade. Dentro da filosofia de: "aos meus amigos a tolerância, aos meu inimigos a execração público, mesmo que sejam inocentes".

O texto abaixo, consta no blog TERRA BRASILIS - leia aqui:
http://migre.me/77ojx
A revista Veja está numa sinuca de bico com o livro de Amaury Ribeiro Jr. sobre a maior ladroagem da história do Brasil: a privataria tucana comandada por José Serra no governo FHC.

A revista não tem como contestar o conteúdo do livro, pois além das provas documentais, o livro aprofunda reportagens da própria revista Veja, de maio de 2002, sobre propinas na Privazatição da Vale e das teles, denunciadas pelo fogo amigo demo-tucano na época: o próprio comprador da Vale, Benjamin Steinbruch, os tucanos Paulo Renato de Souza e Mendonça de Barros, foram as fontes da revista.

É preciso entender o contexto da época, que levou os Civita a publicar o fogo amigo contra Serra. Eles desenganavam as chances de Serra vencer a eleição de 2002, e em conluio com o PFL de ACM e Bornhausen, procuravam eleger outro candidato que consideravam com mais chances de vencer Lula.

A aliança PSDB-PFL havia rachado. Serra trocara o PFL pelo PMDB como principal parceiro. ACM já atirava contra Serra, e era uma fonte constante de denúncias sobre Ricardo Sérgio. Em maio de 2002, Serra patinava nas pesquisas, havia abatido Roseana Sarney, a então candidata do PFL, e não conseguia herdar nem as intenções de votos que Roseana perdera. Os caciques ACM e Jorge Bornhausen desembarcaram na candidatura de Ciro Gomes, que crescia nas pesquisas, tinha um discurso de oposição, mas não sofria o preconceito e medo da elite, como Lula.

Foi nesse contexto que a revista Veja publicou denúncias envolvendo Ricardo Sérgio e Gregório Preciado, os mesmos protagonistas do livro de Amaury Ribeiro, e com as mesmas denúncias, só que desta vez com provas documentais, e acrescida a participação da filha e genro de José Serra.

A Veja não tem como apagar essas reportagens. Não pode fazer como FHC e dizer "esqueçam o que escrevi", justamente quando as suspeitas de então aparecem agora acompanhadas de provas no livro de Amaury.

A única coisa que a Veja pode fazer para proteger a corrupção tucana é o que está fazendo: silêncio sobre o assunto e cortina de fumaça com outras "denúncias" para preencher a pauta. Mas é preciso lembrar que essa conivência, mesmo que na forma de silêncio, hoje revela cumplicidade na corrupção.
O fim de José Serra e do PSDB
Não vai dar para fazer silêncio para sempre, até porque o livro é só a ponta do iceberg. Imaginamos o quanto é doloroso para alguém com Reinaldo Azevedo ter que escrever o obituário político de José Serra, (cujo futuro é o mesmo de Maluf), e o fim do PSDB como alternativa de poder, justamente no momento em que o marqueteiro Antonio Lavareda tentava resgatar o que o tucanos acham que seja o legado de FHC. Com o livro de Amaury, o único legado de FHC que sobra é a maior roubalheira que uma grande nação já sofreu em seu patrimônio, pela rapinagem de politiqueiros embusteiros e traidores da pátria que venderam as riquezas da nação a preço de banana a troco de propinas. Pobre Aécio Neves (outro vendilhão). Sua estratégia de defender FHC e a privataria acabou de falir e precisa voltar para a prancheta dos marqueteiros para recauchutagem geral.
Há 9 anos, o mesmo trololó
Em 2010, toda vez que José Serra era perguntado sobre algum dos vários escândalos de corrupção que ele estave envolvido, ele desdenhava chamando de tititi e trololó. Em 2002 ele fez a mesma coisa.

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