by Izidoro Azevedo dos Santos (Herbert)
A catedral de Florianópolis e o Turismo
Na ação que propus contra o emprego de dinheiro público  no restauro da Catedral católica de Florianópolis, há uma participação nebulosa  do Ministério de Turismo, que as autoridades judiciárias (Justiça Federal)  não  quiseram  apurar, possivelmente porque vislumbraram maracutaia por detrás da  liberação de recursos.
Insisti e a opção do juiz federal (um que foi afastado do cargo, a posteriori, por advocacia administrativa, etc...) foi o julgamento antecipado da lide, deixando de requisitar a documentação correspondente às minhas denúncias.
Insisti e a opção do juiz federal (um que foi afastado do cargo, a posteriori, por advocacia administrativa, etc...) foi o julgamento antecipado da lide, deixando de requisitar a documentação correspondente às minhas denúncias.
Pois é: agora a CGU, que eu, à época, também procurei  para obter informações e que não se revelou nada eficiente, diz que as coisas  estão feias lá naquele mesmo Ministério. Demoraram e apuraram apenas uma pequena  parte, podem apostar:
Prejuízo com irregularidades no Turismo
pode chegar a R$ 67 mi, diz CGU
by BRENO COSTA
A CGU  (Controladoria-Geral da União) divulgou nesta quarta-feira o tamanho potencial  do rombo aos cofres públicos gerados pela relação descontrolada  entre o Ministério do Turismo e entidades sem fins lucrativos: R$ 1 em  cada R$ 4 repassados pela pasta para ONGs pode ter sido desviado.  
No entanto,  apesar de um detalhamento minucioso das fraudes ao longo de mais de 700 páginas,  ninguém foi diretamente responsabilizado pelas irregularidades.  
Os convênios  analisados foram celebrados nas gestões dos últimos três ministros: Pedro  Novais, Luiz Barretto e Marta Suplicy. 
A auditoria  na pasta começou depois de a Polícia Federal prender sete servidores da pasta em  agosto, na Operação Voucher. A ação policial foi motivada por um convênio da  pasta com uma única entidade, com prejuízo de cerca de R$ 3 milhões.  
O valor é  irrisório diante dos R$ 67 milhões de potencial prejuízo anunciado pela  controladoria, depois de quatro meses de investigação. 
O montante é  referente a 54 convênios e cinco contratos analisados, num total de R$ 281,8  milhões em verbas públicas. 
Para a CGU, o  Ministério do Turismo estava, pelo menos até o início da auditoria,  "descoordenado". O órgão, contudo, elogia a nova gestão por ter dado acesso  total aos documentos solicitados. 
Ainda assim,  o órgão recomendou que continuem suspensos os convênios firmados com as ONGs que  apresentaram problemas. 
O foco da  auditoria foi os programas de qualificação voltados para a recepção de turistas  na Copa-2014. 
Apostila para  garçons eram baseadas em textos colados da internet, sem citação de fonte e,  muitas vezes, sem relação com o tema do "curso". 
Para  atendentes de bar, por exemplo, dinheiro do Ministério do Turismo repassado para  o Instituto Quero-Quero acabou servindo para uma apostila com dicas sobre como  evitar a ressaca, com direito a "uma receita judia: uma boa canja de galinha no  dia seguinte". 
Num guia  sobre "cultura brasileira e futebol", a Fundação Universa imprimiu 24 páginas  para uma apostila, com oito linhas de texto em cada uma delas. 
Em menor  escala, também foi analisado o destino dado a verbas para a realização de festas  regionais. Em São Domingos do Prata (MG), a prestação de contas foi apresentada  com uma falsificação grosseira de uma foto. Um outdoor que nunca existiu foi  inserido numa foto. 
A  investigação da CGU também confirmou irregularidades, apontadas no fim de 2010,  em entidades do Distrito Federal que receberam recursos do Turismo por meio de  emendas do senador Gim Argello (PTB-DF). 
Fonte: FOLHA DE SP
 
 
.jpg) 
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário