sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Tres curiosidades: As ilustrações aquareladas do livro “O Pequeno Príncipe” são feitas pelo próprio autor. No total, a sua bibliografia é composta por 8 livros – a grande maioria relatos de guerra.Há coincidências numerológicas entre o livro e a morte do autor. Saint-Exupery morreu em 1944, aos 44 anos. Na versão inglesa da obra aparece que do planeta em que o princepezinho mora, em um dia vê-se 44 pores-do-sol e 44 anoiteceres. Já na versão francesa, o número é 43. A obra foi escrita em 1943.

Verdade não é, de modo algum, aquilo que se demonstra, mas aquilo que se simplifica.”


Ele encontrou o menino de cabelos dourados em pleno deserto. Falava-lhe da rosa e de quanto os adultos não compreendiam que um dia foram crianças. O que se passa na bela fábula infantil “O Pequeno Príncipe” não poderia ter caído no esquecimento pois o livro é o preferido de 9 a cada 10 misses Universo.
Brincadeiras a parte, o autor o livro, Antoine de Saint-Exupéry não fez só uma bela obra que já é mais que reconhecida como um livro infantil feito para adultos. Ele é considerado um autor importante da literatura francesa e da literatura universal do século XX. Ele também pôs frases como “tu te torna eternamente responsável por aquilo que cativas” no inconsciente (ou deveria ser consciente) coletivo. E foi adaptado e readaptado para as mais diferentes mídias (desenhos, séries, filmes, revistas e produtos que vão de livros de colorir à sapatos!).
Quem não reconhece na sua própria vida real os personagens do livro, como o homem de negócios que está dia após dia ocupado demais? Ou o acendedor de lamparinas que executa incansavelmente sua atividade de iluminar e apagar? Ou até mesmo a raposa e seus conselhos preciosos?
Uma obra filosófica incomum para o homem das guerras. Saint-Exupéry a escreveu durante o exílio nos Estados Unidos, quando a França assinou em 1940 o armistício. Desde a infância gostava de mecânica, mesmo que as condições financeiras não fosse as mais indicadas para o sonho de ser aviador. Mas essa não era a sua única paixão. Aos 16, conheceu a poesia, que na verdade era parte da cultura familiar dele já que sua mãe, Marie Boyer de Fonscolombe, era grande apreciadora da leitura e das artes.
O que mais intriga na história de Exupéry, além de uma vida de vitórias e derrotas, é talvez a maior contradição de todas: sua morte. O aviador-escritor gostava de quebrar os próprios limites, encarava missões de resgate nos locais mais inóspitos, como o deserto do Saara, e ainda fazia marcas recordes de vôo, seja em Paris ou em Nova Iorque. Ele nunca deixou de pilotar, pois a solidão, a quietude, era m formas de refletir as coisas da vida como os valores e a amizade.
Em 31 de julho de 1944, pouco mais de 8 horas da manhã, não se ouvia mais uma notícia sequer de Saint-Exupéry. Em um vôo sob o oceano com seu Lockheed P-38, saindo de Córsega em uma missão para Paris, o piloto sumiu. Sua morte foi considerada um mistério até que em 2004 foram localizados os destroços do avião, onde se supunha que estivesse esse tempo todo. Vestígios do corpo? Nunca ninguém viu.
Desapareceu, exatamente como o principezinho. Quando questionado sobre como gostaria de morrer: no mar como se dormisse um sonho. Talvez tenha voltado ao seu planetinha. Ou então está de visita no B-612, ajudando a limpar os três vulcões, e cuidando para que a ovelha da caixa não devore as folhagem da rosa.

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