domingo, 6 de novembro de 2011

Japonesa Kirin paga US$1,4 bi por restante da Schincariol

Por James Topham
TÓQUIO (Reuters) - A cervejaria japonesa Kirin anunciou nesta sexta-feira que vai pagar 1,4 bilhão de dólares para comprar ações dos minoritários da brasileira Schincariol, consolidando o controle sobre a companhia na primeira expansão da empresa para o Brasil.
Um mercado doméstico altamente competitivo e em diminuição tem forçado a Kirin e a rival Asahi Group a buscarem crescimento de lucro no exterior, mas só tinham concluído pequenas transações em meio à falta de grandes alvos de aquisição.
O pagamento da Kirin envolve os restantes 49,54 por cento da Schincariol, segunda maior cervejaria e terceira maior produtora de refrigerantes do Brasil. A operação acontece depois da compra de participação de 50,45 por cento da empresa em agosto, por 2,6 bilhões de dólares.
Na véspera, uma fonte informou a Reuters que a Kirin havia acertado a compra da participação restante na Schincariol, com o valor da transação entre 2,2 bilhões e 2,3 bilhões de reais.
A Jadangil Participações, holding que detém os 49,54 por cento da Schincariol, tinha questionado a venda do controle da empresa para a Kirin na Justiça, mas a cervejaria japonesa afirmou que os dois lados resolveram o desentendimento.
A Kirin planeja colocar uma nova estrutura administrativa na Schincariol em janeiro de 2012 e espera consolidar os resultados financeiros da empresa brasileira no primeiro trimestre do próximo ano.
A Schincariol --dona das marcas Nova Schin, Devassa, Glacial, Baden Baden e Eisenbahn, além de refrigerantes, sucos e água-- teve lucro de 54 milhões de reais em 2010 e receita líquida de quase 2,9 bilhões de reais.
No Brasil, a companhia japonesa passará a fazer concorrência com a AmBev, que integra a maior cervejaria do mundo, o grupo Anheuser Busch InBev. A Schincariol encerrou 2010 com quase 12 por cento de participação no mercado brasileiro de cerveja.
O mercado de cerveja do Japão encolheu mais de 15 por cento em termos de volumes durante a última década, em meio a um envelhecimento da populaço e opção dos consumidores por bebidas alcoólicas mais baratas.

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