“Quando se respeita alguém, não queremos forçar a sua alma sem o seu consentimento”
(Simone de Beauvoir)
Em 2010, Lula inaugurou uma Unidade de Pronto Atendimento do SUS em Recife e disse
(segundo Elio Gaspari) que “ela está tão bem localizada, tão bem estruturada, que dá até
vontade de ficar doente para ser atendido”
Horas depois, teve uma crise de hipertensão e internou-se num hospital privado.
Segundo o jornalista, “os companheiros descobriram as virtudes da medicina privada, mas em nove anos de poder, pouco fizeram pelos pacientes da rede pública. Lula, é claro, cuidou bem de si mesmo.
Em 2006, afirmou que “o Brasil não está longe de atingir a perfeição no tratamento da saúde.”
Seria escárnio? Seria chacota? Seria ignorância?
Roberto Freire diz que a mídia não fala, “mas o lulopetismo representou atraso social: IDH cai de 63º para 84º lugar; desigualdade social sobe de 8º para a 3º pior do mundo”.
Que o nosso Pequeno Napoleão se cure, mas para felicidade dos nossos ouvidos, os médicos
do caríssimo hospital (quem pagará a conta?) poderiam prescrever - além de remédios - uma
espécie de “silêncio obsequioso”.
Dirão que eu estou sendo cruel.
E quem tem compaixão dos milhões de brasileiros que esperam e morrem nas filas do SUS à espera de atendimento.
(Salvador, novembro de 2011)
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