Petistas mostraram apreensão com o impacto das denúncias durante o segundo turno. Dilma determinou que ministros não comentem o caso
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff (Reprodução)
Os depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef à Justiça Federal levaram preocupação ao Planalto e ao comando da campanha da presidente-candidata Dilma Rousseff. Em conversas reservadas, integrantes da equipe da presidente disseram ter certeza de que os áudios dos depoimentos serão um "prato cheio" para o candidato do PSDB, Aécio Neves, usar na propaganda da TV.
Os petistas mostraram apreensão com o impacto das denúncias, principalmente porque agora se ouve a voz do delator, e acreditam que as acusações podem ter potencial tão explosivo como o mensalão. Dilma estava em Aracaju, Sergipe, quando soube dos vídeos e baixou a lei do silêncio. Na tarde de quinta-feira, coordenadores da campanha e ministros não estavam autorizados a comentar as denúncias de corrupção.
O presidente do PT, Rui Falcão, e o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, divulgaram notas repudiando com veemência as declarações de Costa. A candidata do PT à reeleição foi aconselhada a reagir "à altura", partindo para o confronto público com Aécio, que já chama o escândalo de "petrolão", termo usado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A campanha do tucano, por sua vez, decidiu não abordar as novas denúncias na noite de ontem, no primeiro programa de TV do 2.º turno. Mas o tema será incluído nas próximas propagandas de dez minutos e nos comerciais diários, a partir de hoje.
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(Com Estadão Conteúdo)
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