Em conversas telefônicas com seu psiquiatra gravadas pela promotoria, o ex-médico condenado a 278 anos por estupro admite que teve relações sexuais com suas pacientes
Alexandre Hisayasu
Roger Abdelmassih é preso no Paraguai (Divulgação/Secretaria Nacional De Antidrogas do Paraguai/VEJA)
Um dos pontos de partida para a investigação que prendeu o ex-médico Roger Abdelmassih em agosto foram números de telefone encontrados pela polícia civil em maio, em uma operação em uma fazenda da família dele. Quando um dos agentes do Ministério Público salvou os números em um telefone e entrou no aplicativo de troca de mensagens Whatsapp, em um dos contatos apareceu a foto de Larissa Sacco, a mulher de Abdelmassih. A Promotoria grampeou todos os números. As conversas que mais chamaram a atenção das autoridades foram as consultas do ex-médico com seu psiquiatra, por telefone. Nas conversas, a que VEJA teve acesso, ele refere a si mesmo como “o grande comedor” e admite pela primeira vez que teve relações sexuais com várias de suas pacientes, embora negue as acusações de estupro. Abdelmassih sugere que que apenas cedia ao assédio das pacientes: “A mulher jogava o milho e eu ia comer, e levei ferro (...) Mulher é um bicho desgraçado mesmo.” Condenado a 278 anos de prisão, ele está preso no interior de São Paulo. Ouça aqui suas confissões.veja.abril.com.br/noticia/brasil/roger-abdelmassih-mulher-e-um-bicho-desgracado
(Com Reportagem de Lucas Souza)
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