by Izidoro Azevedo
Oksana Makar foi estuprada, queimada viva  e abandonada em Mykolayiv.
Caso provocou comoção, mas nomes dos 3 suspeitos  não foram divulgados.
Uma ucraniana  de 18 anos morreu nesta quinta-feira (29) quase três semanas depois de ter sido  estuprada por três homens, em um ataque que se tornou um dos maiores crimes do  país nos últimos anos.
Oksana Makar  foi estuprada por três jovens, estrangulada, queimada viva e abandonada à morte  em um ataque na cidade de Mykolayiv, no sul da Ucrânia, no dia 10 de março,  segundo os promotores.
A vítima foi  encontrada por uma pessoa que passava pelo local e a viu abandonada depois do  ataque, supostamente em um canteiro de obras. Ela foi hospitalizada em estado  crítico com 55% do corpo queimado, o que obrigou os médicos a amputarem os pés,  um braço e uma perna da moça.
Oksana Makar  morreu em decorrência dos ferimentos em um hospital especializado na cidade de  Donetsk, ao leste, para onde foi levada após o resgate, informou a clínica à  agência de notícias Interfax-Ukraine.
Oksana Makar é socorrida em hospital de Mykolayiv, no sul da  Ucrânia, em 16 de março (Foto: Reuters)
O coração  dela parou de bater após uma hemorragia que começou nos pulmões, e ela morreu,  apesar de três tentativas para ressuscitá-la, disse o médico-chefe do centro de  queimaduras de Donetsk, Emil Fistal.
O crime  causou uma comoção pública na Ucrânia, expondo a incompetência das autoridades  responsáveis e a extensão dos problemas sociais em cidades industriais como  Mykolayiv, que são atingidas por problemas com drogas e Aids.
Um dos  agressores de Makar alugou o apartamento onde ela foi estuprada. Aparentemente,  eles a estrangularam e a queimaram na tentativa de encobrir seus  rastros.
O ataque  desencadeou a indignação dos moradores locais e do grupo feminista Femen, que  protestou de topless em frente à Promotoria Geral em Kiev.
"Morte aos  sádicos!" e "Oksana, Vive!" bradavam as feministas depois de terem escalado o  pórtico de entrada do prédio da Promotoria.
A revolta  geral aumentou com um vídeo apresentado como sendo o interrogatório de um dos  torturadores de Oksana Makar e difundido no Youtube.
Nele, é  possível ver um jovem, com o rosto coberto, descrevendo o crime, no qual teria  estrangulado Oksana com as mãos e, depois, com uma corda.
Ele dizia que  a vítima tinha aceitado manter relações sexuais com seus agressores, e que  depois ameaçou "denunciá-los à polícia" por estupro.
"Ela gritava  (...) e eu a estuprei. Ela não se acalmou e decidi estrangulá-la",  contou.
Acreditando  que a jovem estivesse morta, seus agressores a jogaram em um canteiro. "Eu não  queria queimar o corpo", disse ele, que alegou ter colocado fogo apenas em um  pedaço de pano e jogado perto da vítima.
A imprensa ucraniana  informou que os suspeitos são filhos de pais ricos com fortes relações com as  autoridades do governo local.
Contudo, seus nomes ainda não foram oficialmente  revelados.
Devido ao impacto do  escândalo, os dois suspeitos voltaram a ser presos alguns dias depois de terem  sido soltos e várias autoridades da polícia e da Promotoria local foram  demitidas, segundo o Ministério do Interior.
Os supostos  autores do crime podem ser condenados à prisão perpétua, pena mais severa da  Ucrânia, disse a mesma fonte.
 
 
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