Criaturas microscópicas estariam biodegradando toneladas de rejeitos.
Principal alvo são os microplásticos, partículas com menos de 5 mm.
Micróbios podem estar contribuindo para reduzir a quantidade de lixo no mar "comendo" o plástico que contamina as águas do planeta, de acordo com uma pesquisa conduzida por oceanógrafos da University of Western Australia, publicada na "PLOS One".
Essas criaturas microscópicas parecem estar biodegradando toneladas de rejeitos que flutuam no mar. Os investigadores analisaram mais de mil imagens de dejetos em frente ao litoral australiano e documentaram pela primeira vez as comunidades biológicas que vivem nestas pequenas partículas de lixo, conhecidas como microplásticos.
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"Parece que a degradação do plástico está acontecendo no mar, explicou Julia Reisser, uma das encarregadas do estudo. "Estou entusiasmada porque os micróbios comedores de plástico poderiam ser uma solução para melhorar os sistemas de tratamento de lixo no continente", assegurou.
Embora já tenha sido observada a existência de micróbios que comem plástico em depósitos de lixo, o estudo destaca que seus equivalentes no mar poderiam ser igualmente eficazes. "Os micróbios terrestres precisam de água para crescer e o processo é muito caro. Mas os micróbios marinhos crescem na água salgada e poderiam ser uma foma mais barata de reduzir o volume de lixo", afirmou Reisser.
A ação desses micróbios também poderia explicar porque o aumento de rejeitos plásticos nos oceanos não é tão importante quanto previam os cientistas, segundo a pesquisadora.
Os cientistas têm advertido reiteradamente para a ameaça dos microplásticos - partículas de plástico com menos de cinco milímetros - para os oceanos e em 2012 o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) estimou em cerca de 13.000 os pedaços de microplásticos por quilômetro quadrado de mar, um fenômeno que se intensifica no Pacífico Norte.
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