Isto foi o que o petista Luiz Eduardo Greenhalgh publicou em sua conta no Twitter e no Facebook na noite de domingo, 26 de outubro, durante a apuração do segundo turno das eleições presidenciais no Brasil:
Repararam no horário de ambas as postagens? Isso mesmo: 19h26min. A essa hora, Greenhalgh parecia ter certeza de que Dilma estava reeleita.
E só para ter uma ideia do naipe do sujeito, para além da estupidez sobre o fascismo, veja um tuíte posterior daquela noite, no qual ele exalta petistas criminosos condenados pelo mensalão e divide com eles os méritos da vitória:
Ainda mais cedo, às 18h59min, um ativista petista também soube do resultado eleitoral por uma fonte do Planalto:
Agora veja o gráfico sobre a apuração elaborado pelo TSE e publicado no G1:
Dizia a matéria: “A presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) só passou à frente de Aécio Neves (PSDB) durante a apuração dos votos no domingo (26) às 19h32, com 88,9% do total apurado.”
Como Greenhalgh podia ter certeza às 19h26min que Dilma estava reeleita, se ela só passou à frente de Aécio 6 minutos depois, às 19h32min? Como o Planalto podia saber o mesmo, de acordo com o post de Eduardo Guimarães, às 18h59min?
Na hora da corrupção, eles não sabem de nada, mas na hora da apuração, sabem tudinho.
E eu sei, sim, que não faltariam respostas a essas perguntas. Os petistas poderiam alegar que era torcida de Greenhalgh e Guimarães – o que definitivamente não foi o caso -; que a projeção indicava a vitória de Dilma, que ainda faltava a apuração em regiões onde ela tendia a ser mais votada e até que a equipe de Aécio estava recebendo as mesmas informações, de modo que restaria saber então se às 19h26min o PSDB também já sabia da derrota.
Mas como não desconfiar da lisura do TSE de Dias Toffoli, inclusive em matéria de contagem de votos, se ele não consegue impedir nem o vazamento do resultado – supostamente por whatsapp - antes da divulgação oficial, como ficou claro até pelos tuítes precoces de alguns jornalistas?
Onde passa boi passa boiada, dizia o velho ditado. Uma auditoria transparente é o mínimo que Toffoli deve ao público diante de toda essa aparente bagunça.
Felipe Moura Brasil
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