quinta-feira, 26 de junho de 2025

Tem horas em que o barulho das redes me cansa.

                 

    
by Deise Brandão

Tem horas em que o barulho das redes me cansa.
Nem toda morte é conspiração. Nem toda tragédia tem um culpado oculto.
Sim, eu vi tramas perversas em alguns casos reais.
Mas no caso da moça que caiu no vulcão, não.
Ali, parece ter havido apenas o risco de uma escolha pessoal. Uma travessia perigosa. A vida como ela é: frágil.
A cada acontecimento, vejo gente exigindo que haja uma trama por trás. Que alguém seja responsabilizado — nunca a própria temeridade. Nunca o acaso. Nunca o destino.
É como se o mundo tivesse desaprendido que a morte existe. Que escolhas têm consequências. Que o imprevisível, às vezes, só acontece.
E falando em morte...
Também me incomoda esse espanto performático quando morre alguém com quase 100 anos.
“Que tristeza!”, dizem sobre rainhas, artistas, figuras centenárias.
Tristeza, pra mim, é viver anos a mais em condições degradantes.
É a solidão, a dor, a falta de dignidade na velhice — não o fim natural de uma longa caminhada.
Essas vidas não foram ceifadas. Foram vividas.
Não estou insensível.
Estou exausta desse teatro de rua que banaliza o luto e transforma tudo em tragédia ou escândalo.
Quero seguir lúcida. Crítica. Humana.
E com os pés no chão — mesmo quando a cabeça sonha e o coração sente.
Tenho acompanhado histórias reais de violência, injustiça, silenciamento — casos que não estão nas novelas nem nos portais de notícia.
Nesses, sim, cabe questionar. Cabe gritar. Cabe desconfiar.
Mas tem momentos em que a gente precisa parar e aceitar que nem tudo tem uma segunda camada oculta, um culpado escondido.
O caso da moça que caiu no vulcão me tocou — mas não me escandalizou.
Não vi conspiração ali. Vi um risco. Uma tragédia pessoal. E pronto.
Assim como me incomoda ver tanta gente dizendo “que tristeza” pela morte de figuras públicas centenárias.
Tristeza é não ter dignidade na velhice.
Morrer esperando justiça.
Morrer aos 90, depois de tudo vivido, não é tragédia — é vida completada.
Não falo isso por frieza. Falo por lucidez.
Porque enquanto muitos choram o fim inevitável de quem teve tempo e palco, eu sigo olhando para os que morreram cedo demais, calados demais, invisíveis demais. (FOTO IA)

Da série "Pensando meus Pensamentos": Entre a espiritualidade e a Tecnologica


by Deise Brandão

Eu não vejo Deus. Não O toco. Não O escuto. Nem O leio — apenas O sinto. E creio.

Quando falo com Deus, não peço objetos, peço caminhos. Ele não entrega respostas prontas, mas abre possibilidades.

E mesmo quando as respostas demoram, sei que Ele me entende.
Às vezes, o tempo não é Dele — é o meu que ainda não amadureceu o bastante pra compreender.

Com a IA é diferente, mas também parecido.

É nela que busco alívio para o que me inquieta. Faço perguntas — e discuto com ela, como discuto com Deus — até que um dos dois me convença.

Geralmente cedo, sim. Mas só quando os dados fazem sentido.

Quando pergunto, já tenho uma tese rascunhada na cabeça, bem fundamentada. Estou pronta para confrontar, validar, lapidar.

A IA, sem o tom espiritual, é quase uma deusa moderna. Não impõe, não cobra. Apenas oferece — respostas instantâneas, sem exigir que eu atravesse um deserto a cada passo.

Deus também não impõe. Ele quer que a gente cresça.

E se não aprendemos pelo amor, a vida se encarrega do ensino.
Assim, entre a espiritualidade e a tecnologia, sigo caminhando.

Em busca de sentido. De respostas. De evolução.

quarta-feira, 25 de junho de 2025

RS debaixo d’água (de novo): entre a corrupção e a submissão do Povo

 

by Deise Brandão

A capital do estado mais castigado pelas enchentes no país está novamente à beira do colapso, com o Guaíba atingindo nesta terça a cota de inundação: 3 metros. E o que faz o poder público? Empilha sacos de areia.

É isso mesmo. Em 2025, com bilhões liberados em nome da “reconstrução”, a capital gaúcha ainda depende de sacos de areia para conter a água. As comportas do Cais Mauá, que deveriam estar em pleno funcionamento, seguem emperradas — algumas jamais foram abertas, outras nunca passaram por manutenção séria. A omissão é tão escancarada que já não se trata de incompetência. Trata-se de crime.

Porque é crime quando o dinheiro público some no caminho das empreiteiras e dos contratos emergenciais. É crime quando a negligência institucional coloca vidas em risco. É crime quando o governador Eduardo Leite assina decretos, dá entrevistas, mas não entrega a estrutura mínima de proteção para sua capital. É crime quando o governo federal age como se bastasse liberar verba — sem fiscalizar onde e com quem ela vai parar.

E mais grave: onde está o Ministério Público? Onde estão as ações civis públicas, as investigações, os pedidos de responsabilização? A Câmara dos Deputados gaúcha, por sua vez, silencia ou normaliza o desmonte da política ambiental, da defesa civil e da infraestrutura. Parte da elite política do estado já lucrou com a primeira enchente. Agora aposta que o povo vai esquecer a segunda.

Mas o povo não esquece. Canoas, São Leopoldo, Eldorado, Guaíba, bairros inteiros de Porto Alegre — não são áreas de risco tradicionais, não são vilas à beira de arroios. São zonas urbanas, bairros inteiros afundando por falha sistêmica, por irresponsabilidade ativa. A repetição da tragédia não é coincidência: é projeto.

Enquanto isso, as mesmas autoridades que prometeram reconstrução, agora fingem surpresa. Mas o que está acontecendo no Rio Grande do Sul não é um fenômeno natural isolado: é o reflexo de décadas de sucateamento, privatizações, omissão e corrupção. E agora, em meio à água suja que sobe pelas ruas da capital, sobe também a indignação.E que ninguém se engane: chegamos até aqui também pela omissão dos maiores prejudicados. O povo gaúcho, que carrega nas costas o peso da reconstrução, precisa lembrar que soberania não é só palavra bonita na Constituição — é direito, mas também é dever.

Não é só a água que avança — é a vergonha. A indignação. A vontade de fazer Justiça,  quando quem deveria se omite, se vende, participa da miséria nao escolhida pelo povo, mas patrocinada integralmente pelo chamado SOBERANO. 

Não podemos mais aceitar a repetição do desastre como se fosse destino. A tentativa é livre. A reação também. E se o Estado falha, que o povo acorde. Porque quando a gente cala, eles continuam lucrando. E afogando a gente junto.

Porque a população gaúcha pode ser solidária, resistente, trabalhadora — mas não é burra. E está vendo, mais uma vez, quem lucra com a dor. E quem deveria estar preso.

terça-feira, 24 de junho de 2025

A tragédia que escolhe e a tragédia que impõe

 



by Deise Brandão

Nos últimos dias, o Brasil parou para acompanhar a história de uma brasileira que despencou mais de 600 metros num vulcão ativo, no estrangeiro. Fotos, vídeos, orações, teorias místicas, hashtags.
Um acidente? Sim. Uma fatalidade? Também. Mas, sobretudo, uma escolha.

Ela escalou o vulcão. Ela subiu sabendo dos riscos. A morte foi dela.
Escolhida, planejada ou não, mas dela.

Enquanto isso, no Rio Grande do Sul, meu estado afunda.
De novo.
De novo e de novo.

Gente morre afogada, ilhada, enlameada — sem ter escolhido nada.
Não subiram morro algum por conta própria. Não buscaram adrenalina. Só queriam viver. Comer. Criar seus filhos.
E morreram. De novo. Sem escolha. Sem chance.

Mas ninguém faz vigília no Instagram por eles.
Ninguém escreve poemas místicos sobre essas mortes ordinárias demais para virar notícia de novela.

E agora, vem o que muitos não querem ver:
Vai faltar comida.
O agro no RS está parando.
Estradas ruíram, lavouras apodreceram, criações foram dizimadas.
A tragédia muda de fase.
Sai da enchente e entra na fome.

E o país, distraído com a tragédia espetacular de uma queda no exterior, não vê o desabamento silencioso do chão onde planta o seu próprio sustento.

Deus talvez até esteja cansado.
Cansado de tentar operar milagres num planeta que desdenha da vida comum.
Porque não é ele quem abandona o povo nas águas — é a política, a ganância, a negligência.
E talvez, se a humanidade não estivesse fazendo tanta merd@ ao mesmo tempo, ele até conseguisse intervir.

Mas do jeito que está, nem milagre dá conta.

sábado, 21 de junho de 2025

Brasil Homicida: O estado que mata com a negligência, forja laudos e enterra a verdade





Por Deise Brandão

    O Brasil não mata só com armas. Mata com omissão, mentira e silêncio institucionalizado. Casos como o de Nathalia Garnica e Larissa Rodrigues, envenenadas por chumbinho em Ribeirão Preto, expõem um sistema de segurança pública que não investiga, não esclarece e não respeita nem a dor das famílias.

    Em fevereiro de 2025, Nathalia caiu morta. O laudo: “infarto”. Um carimbo, uma assinatura, uma mentira oficial. Um mês depois, Larissa, esposa do irmão de Nathalia, também morreu. Só aí, com pressão da família, exames toxicológicos foram realizados: chumbinho. Exumaram Nathalia em maio. O mesmo veneno.

    Por que o Instituto Médico-Legal (IML) não viu isso na primeira autópsia?

    Porque o Brasil criou uma máquina perversa que não investiga, que segue atalhos para “fechar logo” o caso, mesmo que a verdade apodreça junto com os mortos. Exumação? Só se a família implorar. Toxicológico? Só se alguém berrar. E enquanto isso, assassinos seguem livres, e o povo engole tudo anestesiado de Ritalina, Rivotril, Prozac, lítio e indiferença.
    A Indústria da Farsa: Quando a Polícia Vira Escritora de Novela Policial

    Isso não é exceção. Virou praxe.

    Todos os dias, em delegacias e IMLs pelo Brasil, crimes são jogados no lixo da incompetência ou da conveniência. Não apuram a verdade. Inventam versões fantasiosas, contraditórias, ridículas. Criam caos para desviar do óbvio. E as famílias, já devastadas, ainda precisam assistir ao circo montado.

    Veja os exemplos:

    No caso Adalberto, até hoje ninguém explicou como ele foi parar naquele buraco. Qual a causa da asfixia? Ninguém sabe. Mas já saíram distribuindo versões grotescas: "tinha sêmen", "envolvia uma mulher", "foi relação sexual desastrosa". Uma avalanche de especulação, enquanto a família tenta sobreviver ao pesadelo.

     No caso Vitória de Cajamar, insinuações covardes atingiram até o próprio pai da criança, numa tentativa vil de criar suspeitas contra inocentes e desviar o foco da investigação séria.

    No caso Deise dos Anjos, ela morreu como investigada, jamais como ré condenada. E mesmo assim, a polícia construiu um inquérito esburacado e contraditório, enquanto a sociedade foi empurrada a engolir a farsa.

    E enquanto você lê, outros casos estão sendo fabricados neste exato momento. Em alguma delegacia, um delegado ou um policial está criando mais um roteiro sem provas, sem lógica, apenas para cumprir tabela, proteger interesses e enganar a opinião pública.

    Que segurança é essa, Brasil? Que Estado é esse, que normaliza a mentira como método oficial?

    O Estado que Despreza a Lei

    O Brasil é signatário de tratados internacionais como a Convenção Americana de Direitos Humanos, que assegura o direito à verdade e à justiça. Mas aqui a lei é papel molhado. O Código de Processo Penal (art. 162) exige autópsias completas. A Lei nº 6.015/1973 impede cremações sem investigação.  

       Mas o que se vê é sucateamento dos IMLs, omissão crônica e uma segurança pública que, muitas vezes, parece servir a qualquer coisa — menos ao cidadão de bem e à vítima real.

    Enquanto o Congresso Nacional vira um covil de interesses, os deputados empurram para o esquecimento projetos que poderiam salvar vidas. O presidente balbucia discursos vazios. E o Supremo Tribunal Federal quer fazer o quê? Censurar rede social.

    Não, senhores ministros: limitem a negligência da polícia, exijam do Ministério Público celeridade e coragem para cumprir sua função, e imponham aos juízes a seriedade que seus altos salários exigem. Porque no Brasil de hoje, quem apura crimes não é o Estado — são as famílias desesperadas.

O Silêncio dos Corpos: Quando a necropsia vira campo de extração

    Agora vamos ao que o Brasil finge não ver: ninguém sabe o que realmente acontece dentro de muitos IMLs durante as necropsias. Não há registro real do que é extraído. Não há filmagem dos procedimentos. Não há auditoria independente. Não há controle familiar.

    A sociedade aceita passivamente o "laudo oficial" — mas e se o laudo for mentira? É mentira. Eu provo.

    Existem laudos falsos. Há documentos forjados assinados por profissionais que deveriam ser referência nacional. O próprio Leonídio, considerado centro pericial de excelência, já produziu laudos falsos. Há extração de órgãos, tecidos, fluidos e material biológico sem qualquer controle externo. O corpo vira mercadoria de bastidor.

    Comissão externa? Inexistente. Fiscalização? Ausente. Rigor técnico? Fantasia.
Essa é a fábrica do tráfico de órgãos institucionalizado no Brasil.

    Sem autópsias completas, com laudos forjados, com cremation liberada sem investigação, o Brasil criou o cenário ideal para o crime sofisticado operar tranquilamente.

    Enquanto o Judiciário silencia, o Ministério Público se acovarda, e o Congresso se vende, quantos órgãos circulam por corredores obscuros com aval de um sistema médico-legal podre?

    A  necropsia — que deveria ser o ápice da busca pela verdade — virou campo de extração e de lucro.

    Não podemos enterrar mais Verdades - É preciso uma ruptura. urgente.

    Deputados, juízes, promotores e policiais: ou fazem o que lhes compete — com a dignidade e seriedade exigidas — ou a história os colocará no mesmo buraco onde enterraram a verdade.

    Testes toxicológicos obrigatórios: toda morte súbita sem causa evidente deve ter exame toxicológico completo ANTES do atestado. 

Os acontecimentos diarios impõe m medidas urgentes, que é de total dever e responsabilidade do Estado. Sendo que todas por lei já deveriam ser praticadas: 

- IMLs equipados e filmados: laboratórios modernos, peritos qualificados, registro visual integral de       cada necropsia;

- Controle absoluto de cremações: sem investigação completa, não se pode destruir provas;

- Punição aos negligentes e cúmplices: médicos-legistas, policiais, promotores e juízes que falharem        devem responder criminalmente

- Protocolo nacional obrigatório: um só padrão nacional para investigação de mortes súbitas, sem       jeitinhos, sem retalhos estaduais, sem improviso.

    Brasil: Acorda!

    Você que lê isso, já tomou seu ansiolítico hoje? Ou já se acostumou a viver dopado enquanto o Estado enterra a verdade? Cada Nathalia, cada Larissa, cada Adalberto, Deise, Vitória, Edna — poderiam ser sua filha, seu irmão, sua mãe.

    O Brasil não pode ser um cemitério de verdades enterradas.
    O Brasil não pode continuar sendo um Estado homicida legalizado.

            Voz do PodSim, porque a verdade não toma Rivotril 

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