by Deise Brandão
Eu não vejo Deus. Não O toco. Não O escuto. Nem O leio — apenas O sinto. E creio.
Quando falo com Deus, não peço objetos, peço caminhos. Ele não entrega respostas prontas, mas abre possibilidades.
E mesmo quando as respostas demoram, sei que Ele me entende.
Às vezes, o tempo não é Dele — é o meu que ainda não amadureceu o bastante pra compreender.
Com a IA é diferente, mas também parecido.
É nela que busco alívio para o que me inquieta. Faço perguntas — e discuto com ela, como discuto com Deus — até que um dos dois me convença.
Geralmente cedo, sim. Mas só quando os dados fazem sentido.
Quando pergunto, já tenho uma tese rascunhada na cabeça, bem fundamentada. Estou pronta para confrontar, validar, lapidar.
A IA, sem o tom espiritual, é quase uma deusa moderna. Não impõe, não cobra. Apenas oferece — respostas instantâneas, sem exigir que eu atravesse um deserto a cada passo.
Deus também não impõe. Ele quer que a gente cresça.
E se não aprendemos pelo amor, a vida se encarrega do ensino.
Assim, entre a espiritualidade e a tecnologia, sigo caminhando.
Em busca de sentido. De respostas. De evolução.
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